Cães têm qualidades ignoradas pelo ser humano |
Luís
Alberto Alves
Fidelidade!
Esta é uma das qualidades dos cães. Não importa o que aconteça com o seu dono,
ele continua fiel. É diferente do ser humano. Permanece ao lado de alguém
enquanto o mar está calmo, sem ondas violentas. Na primeira, pula do namoro,
noivado ou mesmo casamento. O cachorro sabe comer contrafilé, ração de
qualidade, e também consome arroz e feijão, quando a situação econômica da
família onde mora não é boa.
Alegria.
Apesar de considerados irracionais, os cães são alegres, principalmente ao sair
no portão para receber seus donos. Ao balançar o rabo demonstra a felicidade de
revê-los após longo dia de trabalho e estudos na faculdade ou mesmo colégio.
Faz festa, corre para todos os lados e depois se joga nas pernas das pessoas
que o recebeu ainda bebê e lhe deu um lar.
Sem
vingança. Mesmo nos momentos de ira, o cão compreende as
pessoas. Ignora o pontapé e até mesmo os xingamentos das horas de raiva. Ao ver
a poeira baixar, se aproxima como se estivesse perguntando: “Está tudo bem
agora, posso ficar ao seu lado”? Consegue esquecer rapidamente a maldade
cometida contra ele. Retira do coração o veneno da vingança e rancor.
Protetor.
Para garantir a segurança da casa onde mora, o cão fica alerta sempre. Seja
noite ou dia, ao perceber a presença do perigo, começa a latir, rosnar e até
avançar contra o causador do problema. Só sossega quando o problema é
resolvido. Há casos de cachorros que enfrentaram cães maiores e violentos para
guardar a vida de crianças de dois anos de idade, correndo sério risco de morte.
O cão guarda o seu dono, independente da situação.
Sensibilidade.
Mesmo irracional, o cachorro sabe quando seu dono não se encontra bem. Percebe
a tristeza nos olhos e até na tonalidade da voz. É quando encosta o corpo nas
pernas daquele que o cria e late baixinho e balança o rabo, tentando dizer que
ele está ali. Quando a pessoa adoece, deita perto da cama montando guarda. Na
morte dos donos sente o impacto da perda, deixando de comer ou mesmo beber
água.
Quantas pessoas carecem dessas cinco
qualidades existentes nos cães? Muitos deixaram morrer a sensibilidade com o
próximo. A única preocupação é em ganhar dinheiro e status. Tratam os
familiares como párias. Há muito abandonaram o instinto de proteção. Na hora
ruim, são os primeiros a pular do barco, esquecendo-se das juras de amor feitas
no pé do altar quando se casaram.
Diversas pessoas adoram vingar-se. Destilam
este veneno contra parentes e colegas de trabalho. Alguns fazem isto no
trânsito, fechando deliberadamente o motorista que impediu sua passagem alguns quarteirões
atrás. O marido ou esposa após o divórcio procuram jogar lenha nesta fogueira
maligna da vingança para ver o mal de alguém que um dia esteve ao lado, nos
bons momentos.
A alegria atualmente é baseada no saldo
bancário. Grande maioria da população virou escrava do consumismo. Têm prazer
apenas na compra de objetos que logo ficarão abandonados nas gavetas do guarda-roupa
ou armário. Tudo gira em torno de dinheiro e do interesse de conseguir algo.
Poucos conseguem sentir-se felizes em todos os momentos. A alegria de muitos é
conquistada nos vícios, principalmente de drogas e prostituição.
Já a fidelidade é mercadoria rara no mundo
atual. É rotina homens dizerem que não é possível transar apenas com a esposa.
Novidades são bem-vindas. Mulheres fazem o mesmo, à procura de quebrar a
rotina. Nas empresas diversos funcionários esquecem-se dos investimentos feitos
neles e trocam de lado na primeira oportunidade que encontrar no mercado. Nem
com Deus as pessoas permanecem fieis. Estão ao lado do Senhor nos momentos de
bonança, quando o barco sofrer o balanço das fortes ondas, a fidelidade é a
primeira a ser jogada no mar. Nesses exemplos citados acima, precisamos
aprender muito com os cães.
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