Churchill, Roosevelt e Stalin; três homens que dividiram o mundo em 1945 |
Luís Alberto Caju
Dos dias 5 a 11 de fevereiro de 1945, os então
donos do mundo da época se reuniram no vilarejo de Yalta, Criméia, para acertar
a divisão do planeta após o final da Segunda Guerra Mundial. Winston Churchill,
da Grã-Bretanha, Franklin Roosevelt (Estados Unidos) e Joseph Stalin
(secretário-geral do PC soviético) foram ao encontro para impor, cada um, suas
regras.
O trio Itália, Japão e Alemanha virava farelo
nas mãos das Forças Armadas soviéticas, norte-americanas e britânicas. O
conflito, na prática já estava selado. As bombas atômicas que os Estados Unidos
soltariam sobre o Japão seriam para mostrar sinal de força ao ditador Stalin,
comandante em chefe do temível Exército Vermelho que aniquilou a poderosa
máquina de guerra nazista criada por Adolf Hitler.
A vingança foi tão impactante que quase
dominam toda a Alemanha, no retorno de Stalingrado, quando exterminaram o que
restou do Exército alemão. Chegaram até Berlin e poderia passar, caso as forças
aliadas não estivessem no local. Aliás,
sem os homens do Exército Vermelho, Hitler sairia vencedor da Segunda Guerra
Mundial, pois Estados Unidos e Grã-Bretanha e demais aliados não teriam
estrutura para derrotar os nazistas.
Luvas
de pelica
Depois daquele encontro reunindo Churchill,
Rooselvet e Stalin o mundo passou por diversas mudanças. De um lado ficaram os
países capitalistas, a maioria na Europa e América; do outro os socialistas,
englobando grande parte da Ásia e Oriente. Veio a Guerra Fria, onde soviéticos
e norte-americanos passaram a brigar com luvas de pelica em várias regiões do
planeta.
Como grande potência saída da Segunda Guerra
Mundial, os Estados Unidos adotaram o papel de polícia do planeta. Ajudaram a
derrubar vários presidentes, inclusive no Brasil em 1964, fortaleceram aliados
que depois viraram inimigos no Oriente Médio, caso de Irã e Iraque por exemplo.
Quase perderam a Coreia na década de 1950, que se dividiu em duas nações, a do
Norte apoiada pelos soviéticos e depois chineses atualmente.
Passaram o vexame de sair fugidos do então Vietnã
do Sul, quando os vietcongues, apoiados por soviéticos e chineses, do Vietnã do
Norte, entrou definitivamente naquela região e sacramentou a derrota do
Exército dos EUA, para criar em 1976 a República Socialista do Vietnã. No final
daquela mesma década perderam a Nicarágua, onde o ditador Anastácio Somoza, com
apoio norte-americano, ficou muitos anos no poder.
Regime
de terror
O descaso com a América do Sul,
principalmente, resultou na eleição de vários presidentes afinados com a
esquerda, na década de 1990, como ocorreu no Chile, Argentina, Peru, Equador,
Brasil, Uruguai e Venezuela, onde o ditador falastrão Hugo Chávez foi uma pedra
no sapato dos EUA enquanto esteve vivo.
Stalin ainda sobreviveu com seu regime de
terror até os anos de 1950, até encontrar a morte. Os horrores de sua gestão
provocou um racha na ideologia socialista em diversos países. A miséria e falta
de liberdade só ganharam adeptos entre universitários. Mesmo assim investiu
muito na tecnologia espacial, inclusive lançando vários satélites ao espaço.
O sonho da implantação do comunismo durou até
1992, quando o colosso soviético explodiu. O capitalismo entrou naquela região,
onde a boa comida só estava presente nas mesas dos puxa sacos do regime
socialistas. Antes em 1988, o muro de Berlin foi derrubado e as duas Alemanhas
voltaram a ser um único país.
Ogivas
nucleares
O mesmo ocorre nas nações eslavas, como a Tchecoslováquia
e Iugoslávia que foram administradas por mão de ferro desde o final da Segunda
Guerra Mundial. Hungria, Polônia e várias nações satélites que faziam parte da
então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas aderiram ao capitalismo,
recusando o regime de terror herança de Stalin.
Hoje o mundo é refém dos Estados Unidos, a
nação militar mais forte do planeta, sem qualquer opositor que tenha poder de
fogo para derrotá-la no campo de batalha. As várias ogivas nucleares soviéticas
viraram sucatas e se encontram nas mãos de países, onde o fanatismo religioso
pode explodir a terra a qualquer momento.
A Rússia perdeu grande parte do poder bélico e
sobrevive das bravatas do seu primeiro-ministro Vladimir Putin, ditador que não
conseguiu até agora derrotar os rebeldes que lutam na Chechênia. A Coreia do
Norte se escora num minúsculo arsenal atômico igual o cachorro vira lata que
late muito, mas corre ao primeiro bater de pé no chão.
A China com Exército de 100 milhões de homens
preferiu minar as forças dos Estados Unidos pelo dinheiro. Adquiriu quase 50%
dos títulos comercializados naquele país. Virou credor dos norte-americanos. Se
hoje executasse a dívida, os EUA deixariam de existir da noite para o dia. Forte
na parte militar e fraco financeiramente, os Estados Unidos viraram reféns de
várias nações que compraram seus títulos, inclusive o Brasil, quem diria,
também credor do país administrado por Barack Obama.
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