O passado não deve nos escravizar |
Luís
Alberto Alves
Em nossa vida é preciso colocar em
pratica o que o sábio Salomão reitera no capítulo 3, versículo 3, do livro de
Eclesiastes, que ele escreveu e faz parte do Velho Testamento na Bíblia: “... tempo
de derrubar e tempo de edificar...” Quantas vezes insistimos na guarda do lixo
depositado no fundo da nossa alma?
As pessoas viram museus. Insistem
e ficam teimosas quando alguém aconselha a se livrar de objetos que não servem
mais para ocupar espaço seja na casa, apartamento, sítio ou mesmo na memória do
computador. Aliás, após determinado tempo a nossa caixa de e-mail vai deixando para
trás as mensagens antigas. Perderam a importância, não terão mais impactos ou
qualquer resultado para nós.
O ser humano vira refém, na
maioria das vezes, das lembranças de maus momentos. Tenta inutilmente retornar
no tempo, quando começa a pensar, o que poderia ter feito para que aquela
situação não acontecesse. Mantém objetos guardados para que sirvam de alerta
quanto àquela situação ocorrida há muito tempo.
Não é sábio fazer isto. O passado
deve ficar preso no local onde se encontra. Distante na longa e interminável
estrada do tempo. Apenas precisam resistir dentro da nossa mente os bons
momentos, as alegrias de termos vencido batalhas, que muitos apostavam na
derrota. Essa regra não se aplica ao sofrimento. Basta apenas a dura lição
proporcionada pela decepção, servindo de alerta para que não ocorra em eventos
futuros. Ou seja, aprender com o erro.
Ninguém pode viver eterno luto.
Precisa dar um basta na tristeza, melancolia e decepção e olhar para o
horizonte. Vivendo intensamente os momentos proporcionados pelo presente, sem a
neurose de antecipar o futuro. É desta forma que precisamos olhar para nossa
vida.
Não é fácil romper cadeias e
correntes enferrujadas e potentes colocadas em nossa alma pelo tempo, deixando
de vigia seu carrasco passado. Mas ao quebrá-las voltamos respirar vida e
ganhar energia para continuarmos na corrida rumo ao futuro. Ele chega a cada
nascer do sol do dia seguinte.
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