Na curta ou longa estrada da vida, as pessoas determinam seu destino |
Luís
Alberto Caju
A palavra destino é carregada de
pesado simbolismo: definir o futuro de alguém, bom ou ruim. Em cima disso
vários espertalhões ganham dinheiro ao propor a mudança de algo trágico na
vida, como se fosse possível barrar a trajetória errada que determinadas
pessoas insistem em tomar, mesmo alertadas várias vezes.
Citarei alguns exemplos de
comportamentos que podem levar à destruição rápida ou demorada. O drogado,
principalmente em tóxicos pesados como heroína, cocaína, crack ou morfina, vai
se acabar lentamente, caso não sofra overdose nesta triste estrada. Aliás, é
interessante notar as diferenças visuais e comportamentais no dependente
químico.
No início do martírio do vício o
visual ainda é bonito, predominando o aspecto sadio. Porém o avanço da química
do entorpecente, que mata várias células no organismo, principalmente no
sistema nervoso, vai acelerando a degradação. É tão forte a agressão sofrida
pelo corpo que o drogado deixa de se preocupar consigo mesmo, como ocorre com
os viciados em crack, por exemplo.
Ao escolher o mortal caminho dessas
substâncias ilícitas, essa pessoa selou o próprio destino. De morrer degradada,
virar refém da loucura, de abraçar o crime visando encontrar dinheiro para
sustentar a dependência química instalada em seu corpo. As mulheres, antes
recalcadas, mergulharão na prostituição sem qualquer preocupação de se
contaminar com doenças sexualmente transmissíveis. Importa é o dinheiro para
comprar a próxima dose.
Há o alcoolismo, outra tortuosa
estrada responsável pela destruição de famílias, principalmente casamentos,
onde nem a força do amor foi suficiente para manter aquela união. Os
dependentes das bebidas cavam, também, a própria sepultura de um destino
trágico. No estágio mais avançado vão morar nas ruas, dormindo ao relento,
comendo restos de alimentos encontrados no lixo, trajando farrapos e perdendo toda
alta estima.
O caminho do crime é mais
explosivo, reservando o destino da privação da liberdade e paz para quem escolheu
andar nesta trilha. Tem a sedução do ganho fácil do dinheiro e falso poder. Mas
o tempo mostrará o peso do engano numa vida que pode terminar de três formas:
morte violenta, privado da liberdade e condenando a viver vários anos longe da
civilização nos imundos presídios brasileiros ou encontrar a paz nos braços de
Deus.
Nesses três exemplos é visível perceber
que o destino está nas mãos da própria pessoa. Ela é que escreverá os próximos
capítulos de sua vida. Tudo fica sob seu poder. Ninguém nasce criminoso,
drogado, mendigo ou prostituta. As atitudes e o meio onde sobrevive é que
exercerão influência de qual reta seguir. Portanto cai por terra o argumento de
que as pessoas nascem para sofrer. Mentira! O homem é quem faz opção pela vida
ou morte. Tudo depende da estrutura emocional e resistência aos apelos do mal.
Que, aliás, anda de mãos dada com o bem.
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