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Refugiados sírios são tratados como animais no campo de Roszke |
Luís Alberto Alves
Um vídeo gravado de maneira oculta dentro do
maior campo de migrantes na Hungria, na fronteira com a Sérvia, mostra as
condições "desumanas" da distribuição de alimentos. Na quarta-feira
(9), uma voluntária austríaca, que trabalhou em Roszke, mostra 150 refugiados
dentro um cercado num salão na busca desesperada por sanduíches jogados por
policiais.
Era igual alimentar animais, quando o dono
encosta no cercado e lança pedaços de legumes ou grãos para os bichos saciarem
a fome. A cena revela o quanto são humanistas alguns países europeus. Deixam em
segundo plano a sensibilidade. Procuram desconhecer que milhares de pessoas que
atravessam as fronteiras, estão fugindo da morte e até mesma da extinção de sua
família nas mãos de fanáticos.
Outros perdem a vida na travessia do
mediterrâneo, golpeados pela fome e sede ou mesmo afogados. Os latinos
americanos sempre são rotulados de população bárbara, desconhecedora dos bons
costumes. Mas com raras exceções, eles recebem de braços abertos os imigrantes
em busca de nova vida e socorro.
É horripilante mulheres carregando crianças de
colo sendo maltratadas por policiais, quando apenas lutam para continuar
sobrevivendo. É o direito sagrado de viver. Para tristeza dos direitos humanos
recebem péssimo tratamento das autoridades européias. Elas se parecem com os
simpatizantes do nazismo, que ajudaram a aniquilar milhões de judeus na Segunda
Guerra Mundial, negando o socorro. Cenas deste tipo mostram que o mundo entrou
no triste processo da barbárie.
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