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Dinheiro em campanha política vira moeda de troca no Congresso Nacional |
Luís
Alberto Alves
Responda rápido: “Por que grandes
empresas doam dinheiro para campanhas políticas?” Se visualiza neste tipo de
postura amor pela democracia, errou feio. No circuito do mundo dos negócios é
moeda corrente investir durante as eleições para colher os frutos depois.
Ninguém tem interesse no voto em si, mas no
resultado final: por meio do voto de deputados e senadores garantir negócios
nas estatais e obras faraónicas, implementados para aumentar o cabide de
emprego e ganhar fortuna na construção de obras sem qualquer importância ao
povo.
Após o STF (Supremo Tribunal Federal) votar
pela inconstitucionalidade de empresas doarem dinheiro nas eleições, e valendo
para o próximo ano, a dupla Renan Calheiros (PMDB/PB) e Eduardo Cunha
(PMDB/RJ), com poderes de fogo no Senado e Câmara dos Deputados, decide votar
PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para legalizar doações de empresas.
O desespero é tamanho que os dois
tentarão a quebra de interstício (quando os prazos regimentais de três
sessões entre uma votação e outra não
são cumpridos), visto que PECs precisam passar por dois turnos. O objetivo é
garantir dinheiro para os políticos que disputarão as eleições de 2016.
Para colocar mais pimenta nesta
comida, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, defende a restrição a esse
tipo de financiamento já, a partir do próximo ano. Não é novidade de que Cunha
luta há muito tempo para deixar legal as doações feitas por empresários. No
primeiro semestre tentou uma série de articulações para votar projeto de lei
sobre o tema. Chegou ao absurdo de realizar duas votações na mesma semana.
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