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Arrastões se tornaram rotina nas praias do Rio de Janeiro |
Luís
Alberto Alves
O Rio de Janeiro não continua lindo. Nos últimos
dias diversos arrastões nas praias do centro da cidade tiraram o sossego do
carioca. Pior: eles começam dentro dos ônibus que passam perto da favela do
Jacarezinho, onde segundo a Polícia, sobem os adolescentes e jovens que começam
a trilha do terror.
Assaltam passageiros e pessoas paradas nos
pontos à espera do coletivo. Explorando as brechas do ECA (Estatuto da Criança
e Adolescente), cometem os crimes na certeza da impunidade. Dias atrás a
polícia perdeu o direito na Justiça de revistar passageiros menores de idade,
suspeitos, no interior dos ônibus.
Os criminosos mirins aproveitaram e semearam o
terror na praia e no comércio ao redor. Saquearam bares, farmácias e
supermercados, além de turistas pegos de surpresas por gangues de cinco ou mais
bandidos roubando celulares, dinheiro, máquinas fotográficas e tudo que estivesse ao alcance das mãos.
A população esperou reação da polícia. Ela não
veio. De forma radical, grupos de moradores da região se reuniram e passaram a
fazer justiça com as próprias mãos. Engrossando com lutadores de artes
marciais, qualquer menor suspeito era alvo de agressões.
Tardiamente a Justiça reconheceu o equívoco e
publicou nota dizendo que não havia impedido o trabalho da polícia, apenas
preservou o estatuto da criança e adolescente. Infelizmente muitas decisões são
tomadas no interior de gabinete refrigerados, onde na maioria das vezes as
autoridades não têm contato com a realidade. O resultado é essa guerra
anunciada nas praias do Rio de Janeiro, que aos poucos perde sua beleza.
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