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Senador Aécio Neves (PSDB/MG), retrato da intolerância política no Brasil |
Luís
Alberto Alves
Radicalismo não é bom para nenhum segmento nem
para nossa vida. Excesso é ruim em tudo. É preciso existir e prevalecer,
sempre, o bom senso. Parece que nos últimos meses a política brasileira optou
pela triste aposta do quanto pior melhor para o destino do nosso país.
O senador playboy tucano Aécio Neves (PSDB/MG)
não se conformou ainda pela derrota nas urnas em 2014 contra a petista Dilma
Rousseff. Desde então não cessa os ataques contra a atual gestão. É tanto
desvario que o cacique maior do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, entrou em campo para jogar água fria na fogueira, apoiado pelo
governador Geraldo Alckmin, aposta do partido para 2018.
Comportamento semelhante ao de criança pirracenta,
nada merece crítica positiva. Qualquer ação do governo federal é alvo de
comentários maldosos. Não aparecem sugestões. A intenção é bombardear
seguidamente Dilma Rousseff. Igual boxeador encostado nas cordas recebendo
inúmeros golpes, à beira do desmaio ou colapso total.
Pior
O
Brasil é considerado, atualmente pela maioria da oposição, a pior nação do
mundo. Enquanto isso a economia entra na UTI, provocando milhares de demissões,
falências, concordatas e estagnação no comércio e indústria. Soluções? Poucos
apresentam, apenas críticas destrutivas. Visam apenas sentar na cadeira da
presidência, como se tivessem soluções para todos os nossos problemas.
É triste quando nos depararmos com esse tipo
de política rasteira, onde prevalece a aposta no pior, quando o correto seria lutar
pela melhoria da qualidade de vida da população, a maior vítima das trapalhadas
cometidas pelos nossos governantes, em grande número incompetentes.
Agem igual o passageiro que trabalha para
perfurar o casco do navio, desconhecendo o risco de morrer afogado. Nesta
insana empreitada procuram jogar mais pólvora no fogo atiçando a intolerância.
Deixam em segundo plano as regras democráticas, de respeitar a vontade das
urnas. Forçam a qualquer custo um terceiro turno.
Know How
Este caldo fica mais grosso ao entrar em cena
nossa retrógrada elite amparada numa mídia corrupta e sem qualquer tipo de
moral, pois nunca defende os ideais da boa convivência. A todo instante
manipulam informação visando unicamente envenenar cada vez mais uma população,
com rara exceção, analfabeta política, sem know how para discernir golpe de
estado de oposição.
Não foi em vão, que um dos proprietários das
Organizações Globo, dono da quarta maior emissora de televisão do mundo, a
Globo, João Roberto Marinho, optou em pisar no freio, deixando de atacar
ferozmente, por enquanto, a gestão Dilma Rousseff. Percebeu que a situação saiu
do controle. O ódio tomou o lugar da crítica.
Escolado na arte de ficar sempre ao lado do
poder, como fez seu pai, Roberto Marinho na época da Ditadura Militar de 1964,
visualizou que a saída precoce da presidente Dilma pode jogar o Brasil numa
aventura e talvez em outra ditadura pior do que há de 51 anos atrás. Viajou até
Brasília e conversou com vários políticos, inclusive com Dilma Rousseff.
Alternativa
Aos poucos os podres do playboy Aécio Neves
estão aparecendo, mostrando o quanto é vazio o seu discurso de alternativa ao
atual regime em vigor desde 2002, quando o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da
Silva assumiu o poder no País. Lideranças empresariais de vários segmentos se
cansaram das bravatas visando à retirada do PT da governança.
Perceberam nas entrelinhas o recado enviado
pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao dizer em discurso, durante
visita àquele país, de que Dilma Rousseff contava com o seu apoio e confiança,
mesmo após a enrascada dos grampos eletrônicos nos telefones de ministros e da
nossa presidente em Brasília.
CIA
Quando o chefe político da maior nação
econômica do mundo, e grande consumidor de nossos produtos, avaliza o atual
comando do executivo nacional, quem poderá ir contra? Tem nas mãos a terrível e
responsável por grande maioria de golpes de estado em todo o mundo, a CIA; o
eficiente serviço secreto hábil na arte de construir e destruir lideranças
políticas.
Não foi à toa que os Estados Unidos abriram o
seu mercado para exportação da carne bovina brasileira e assinou outros acordos
econômicos. Sabem onde pisam. Os únicos a ignorar o bom senso é a nossa
corrupta e atrasada elite, insistente na arte de criticar por criticar a atual
gestão petista.
Tão cega que até agora não conseguiu entender
o recado enviado pelo dono do Banco Itaú, um dos maiores do Brasil, ao dizer de
forma firme que é errado defender a saída da presidente Dilma Rousseff. Na
opinião dele, a chefe da nação precisa concluir seu mandato, o qual ganhou numa
eleição, a forma mais justa, até agora, de assumir o comando de qualquer país. Opiniões
fora deste contexto são de pessoas ou partidos antipáticos à democracia.
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