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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Estados Unidos acenam para Irã combater Estado Islâmico



Iranianos resistiram ao boicote dos Estados Unidos e agora podem ajudar o algoz

Luís Alberto Alves

Nem o norte-americano mais fanático iria acreditar na proposta que o presidente Barack Obama tem na manga: reatar amizade com o Irã para que o país dos aiatolás resolva a crise internacional criada pelos malucos do Estado Islâmicos, semeada de extremismo, onde pregam conversão à força ao islamismo, além de estupros coletivos de adolescentes.

 Os fanáticos do Estado Islâmico já dominam parte da Síria e Iraque, cujo sonho é criar um califado, implantando uma modalidade radical do islamismo, só praticada no Afeganistão. Os Estados Unidos perceberam cedo que só bombardeios aéreos não serão suficientes para mandar à sepultura os loucos que estão transformando o Oriente Médio em outro pesadelo.

 Ninguém duvida da capacidade do Irã em mexer com extremistas. Hezbollah e Hamas sobrevivem no Líbano e Faixa de Gaza por causa do apoio dos aiatolás, baseados na mina de dinheiro jorrada dos seus inúmeros poços de petróleo. Desde 1979, quando passaram a enfrentar o boicote econômico liderado pelos norte-americanos, não desapareceram da face da terra. Pelo contrário se mantiveram de pé, exportando terror para o restante do Ocidente.


 Em obediência ao dito popular: “Quando não puder vencer teu inimigo, una-se a ele”. Meio a contragosto, e sob ameaças de atentados nos principais aeroportos e metrôs da Europa e Estados Unidos, Barack Obama percebeu que não vale mais a pena ignorar o Irã de fora da pauta para resolver e acabar com várias guerras no Oriente Médio. Parece filme de terror, mas tudo isso é verdade.

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