Zagueiro carniceiro fica livre de punição |
Luís Alberto
Alves
Desconheço as razões para Fifa não punir o
carniceiro Zúñiga, zagueiro colombiano responsável pela fratura na vértebra de
Neymar, após joelhada no atacante brasileiro, na partida em que o Brasil
derrotou a Colômbia por 2 x 1, na sexta feira passada. Mais estranho foi o rigor
aplicado ao atacante uruguaio Luis Suárez, condenado a ficar quatro meses longe
do futebol, não sendo permitido que ele pise os pés num estádio para treinar,
após morder um jogador da seleção italiana.
Qual é mais perigoso e grave? Ferimento
causado por mordida ou joelhada nas costas que poderia provocar a quebra de
algum osso da coluna e deixar Neymar paralítico? Desde o início da partida era visível
a atuação irresponsável do árbitro. Permitiu lances violentos, principalmente
contra os atletas da Seleção Brasileira. Zúñiga em outra dividida quase quebra
a perna do atacante Hulk. O juiz sequer tirou cartão amarelo para o carniceiro
zagueiro.
Mas não se pode esperar nada de bom de uma
entidade acusada de corrupção em diversos países. Aliás, hoje (07), a polícia
do Rio de Janeiro prendeu Ray Whelan, um dos diretores da Match Services,
empresa associada à Fifa e com direitos exclusivos para vender pacotes para os
jogos da Copa do Mundo. A Match Services pertence a Philip Blatter, sobrinho do
presidente da Fifa, Joseph Blatter. Essa mesma empresa deu calote em 40
turistas equatorianos, que compraram os ingressos, mas não receberam.
Ray Whelan é diretor da empresa do sobrinho do presidente da Fifa, Joseph Blatter |
Não é descartado que após a prisão da
quadrilha, onde o franco argelino Mohamadou Lamine Fofana servia como testa de
ferro do esquema, o resultado apareça em campo, com marcação de pênaltis
duvidosos, expulsão de jogadores brasileiros e todo tipo de expediente visando
retirar o Brasil das finais no próximo domingo.
Desta forma seria viável uma final entre
Holanda e Alemanha, dois países europeus, que provavelmente nunca causaram
encrencas a Don John Blatter. Só o fato dos acusados do esquema usarem
celulares da Fifa para fazer as negociatas, é impossível que Blatter não tivesse
conhecimento desse crime. De acordo com a polícia, a máfia dos ingressos
movimentava R$ 200 milhões por Mundial.
Numa decisão, as entradas tinham custo de R$
51 mil cada e renderia R$ 1,3 milhão aos bandidos. Caso o Brasil perca a
partida de amanhã (8), contra a Alemanha, podem ter certeza que o resultado foi
provocado pela ação policial que retirou bastante dinheiro que seria enviado à
Fifa. Afinal de contas, qual tio não gostaria de ter um sobrinho com tanto
dinheiro nas mãos, caso de Philip Blatter?
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