A traição é igual golpe de faca |
Luís Alberto Alves
Em grande parte do mundo cristão, amanhã (18)
é dia de reverenciar a morte de Jesus Cristo. Período de reflexão para quem
realmente segue os seus mandamentos, não se ocultando por baixo da capa da
hipocrisia. Infelizmente, muitos procuram esconder suas maldades atrás das
palavras sábias ditas pelo filho de Deus.
Até em inúmeras igrejas evangélicas e
católicas o mau caráter encontrou morada. As pessoas agem como Judas Iscariotes
os 364 dias do ano e na Sexta-Feira da Paixão resolvem esconder os pêlos e as
unhas de lobo. Tratam Deus, como se Ele fosse bobo, um velho caduco que pode
acabar driblado por palavras vazias e cheias de frases de efeito.
Quantas pessoas, de fato pregam e vivem o
Evangelho recomendado por Jesus Cristo no início da nossa era? Quantas
realmente amam o próximo, inclusive a sogra, o vizinho barulhento, o chefe
irritante, o motoboy no trânsito que quase arrancou o retrovisor externo com um
chute? Quantas oferecem o outro lado do rosto ao sofrer injustiça, perseguição
ou mesmo acabar atacado por alguém no qual depositava grande confiança e foi
apunhalado pelas costas?
Atualmente, quando vivemos um evangelho de
resultados, com inúmeras denominações evangélicas mais parecendo supermercados,
onde se vende a mercadoria milagre, a custo de dinheiro, os conselhos deixados
por Jesus Cristo são sinônimos de caretice. Até alguns líderes cristãos famosos
vivem de aparência. No púlpito interpretam o papel de grandes homens de Deus,
mas nos bastidores agem como verdadeiros ditadores, mais parecidos com
simpatizantes de Satanás.
Outro grande problema é que os canalhas
resolveram se esconder nas igrejas cristãs. Como bons atores, adotaram o
personagem do santo de pau oco. Ali dentro parecem pessoas honestas, caridosas
e humildes. Mas na rotina diária a verdadeira capa da bondade é retirada,
deixando à mostra o gosto amargo da maldade. Tratam os familiares,
principalmente, e os amigos com falta de educação e compaixão.
Na luta pelo poder, tanto em
casa quanto no serviço, passam por cima de qualquer um que estiver na frente. Aplicam
na prática o ditado de Maquiavel, onde os fins justificam os meios. Não se
importam com o próximo, o importante é atingir o alvo. Caso tenha provocado
ferimentos em alguém pelo caminho, isto é problema de quem teve a infelicidade
de aparecer na hora e local errado.
Mas quando chega o feriado de SextaFeira da
Paixão é preciso vestir a capa de cordeiro, por cima da horrível pele de lobo.
A unha comprida e suja com sangue inocente é cortada e polida. Até o sorriso
muda. Tudo para parecer bom, enganando quem estiver à volta. Quando o correto é
ser bom sempre, amando o nosso próximo como Jesus Cristo pediu que fizéssemos,
mas infelizmente o mundo está cheio de santidade... contaminada com maldade!
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