Nas redes sociais existem muitos lobos prontos para dar o bote |
Luís
Alberto Caju
As redes sociais provocaram um
efeito em cascata na maioria dos internautas: muitos sem qualquer malícia,
principalmente adolescentes, postam fotos de objetos de valor, falam onde
compraram e até quanto pagaram. Para jogar mais lenha na fogueira da inocência
descrevem a rotina, desde o colégio ou faculdade, até o trabalho; com quem sai
para passear ou mesmo paquerar.
Há fotos do interior das casas,
principalmente na sala, onde ganham destaque os objetos eletro eletrônicos. No
caso de Ipads ou tablets, diversos internautas descrevem como compraram e até a
forma de pagamento ou se ganhou de presente do namorado (a) ou dos pais.
Objetos de valor
A polícia desaprova esse tipo de
conduta. Alerta que a internet é um lugar onde existem pessoas boas e ruins. Já
ocorreram assaltos e sequestros em que os bandidos chegaram até a vítima pela
rede social onde ela postava seus objetos de valor.
Descobriram o endereço, copiaram
a foto da casa e só a aguardaram chegar. Ela não pode desmentir os criminosos,
porque os objetos existentes nas fotos daquela rede social eram os mesmos que
se encontravam na residência.
Intimidade
Outro problema grave é a
exposição de assuntos relativos à vida íntima. Há mulheres (adolescentes e
jovens) que escrevem e colocam fotos de namorados quando se encontram deitados
em camas de motéis ou mesmo no local onde residem. Dizem, sem qualquer malícia,
que saiu com alguém e que ele não era bom na arte do sexo.
Essas pessoas imaginam que ao
colocar esses assuntos na internet é o mesmo de fofocar para o colega de escola
ou de trabalho. Desconhecem que tudo que é inserido numa página da rede social,
logo é copiado pelo Google e espalhado mundo afora. É igual subir no último
andar de um edifício bem alto e dali soltar grande quantidade de penas. Será
impossível recolhê-las depois.
Vida profissional
No caso de emprego, a rede social
virou depósito de críticas à empresa onde o internauta trabalha. É comum se
deparar com xingamentos a chefes e até mesmo patrões. Reclamam que o dono anda
de iate e os funcionários ganham salário de miséria ou que o local mais se
parece com banheiro sujo por causa das falcatruas ali feitas.
Para deixar o currículo mais
feio, determinadas pessoas postam fotos onde aparecem sentados em mesas de
bares, bebendo e até insinuando uso de drogas mais pesadas. Ao lado da foto
escrevem que ninguém é de ferro e precisam relaxar. Esquecem-se de que ao
procurar outro trabalho, o gerente de RH vai olhar nas redes sociais como é o
comportamento do futuro funcionário.
Religião
O item religião é outro tema bem
abordado nas redes sociais. Alguns sem qualquer conhecimento profundo do tema
escrevem absurdos, que um aluno iniciante de teologia teria profundo ataque de
riso. Há dois tipos de internautas neste quesito: o religioso fervoroso que
vende de forma quase perfeita o seu peixe, apostando que sua crença é a melhor
de todas e o desiludido, que classifica a fé como alienação.
Os debates ficam quentes e às
vezes surgem discussões por causa de assuntos sem qualquer importância. Na vida
profissional isto também conta pontos. Principalmente quando o candidato vai
procurar emprego numa firma onde o proprietário coloca muita fé na sua crença.
O pretendente à vaga pode sair bem em diversos pontos dos testes e entrevista e
perder vaga por causa de um comentário que fez em relação a determinada
religião, classificando seus seguidores de idiotas ou fanáticos. Como se vê,
inocência tem hora.
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