Vale do Anhangabaú, cruzamento das Avenidas 23 de Maio com 9 de Julho: mesmo filme de inundação todo ano |
Luís
Alberto Caju
Em todo Verão a mesma cena se repete na
capital paulista: ruas alagadas e motoristas desesperados presos nas
inundações. Após a água baixar, grande quantidade de lixo se acumula no local,
principalmente de garrafas vazias de bebidas, a maioria PET, detrito orgânico e
até colchões e restos de sofás.
A Prefeitura, como sempre, passa o Outono,
Inverno e Primavera sem fazer qualquer trabalho de limpeza nos bueiros e galerias
pluviais. Tão pouco investe em campanhas educativas alertando à população dos
riscos de jogar lixo nas ruas.
Os córregos viraram depósitos de todo tipo de
sujeira. O leito fica raso e não suporta o volume de água quando chegam as
chuvas no Verão. Resultado: ruas e avenidas alagadas, provocando inúmeros
prejuízos, como perda de automóveis, invadidos pela enxurrada; bares e restaurantes
sofrendo a perda de alimentos e móveis.
O curioso é que existem locais na capital
paulista famosos pela fúria das águas nesta época do ano. O Vale do Anhangabaú
é um deles, principalmente no cruzamento das Avenidas 23 de Maio com 9 de
Julho, região central. Ali é comum carros ficarem com água até perto do para brisa.
A Praça da Bandeira tem seu terminal de ônibus transformado num imenso “piscinão”
de água suja.
Na Zona Oeste, na Rua Turiaçu com Avenida
Sumaré, próximo ao estádio do Parque Antarctica, é outro ponto onde a enxurrada
castiga motoristas há décadas. Ali, poucos minutos de forte chuva resultam num
inferno aquático. É comum a força da correnteza arrastar carros. O mesmo
discurso a Prefeitura repete todo ano: “Que está investindo em obras para
resolver o problema”.
Em Santana, a Avenida Voluntários da Pátria e
a paralela Cruzeiro do Sul, perto das estações do Metrô, Santana e Tietê
Portuguesa, viram “rios” quando chove forte no Verão. As Ruas Darzan e Daniel
Piza, travessas da Voluntários e Cruzeiro do Sul alagam, impedindo travessia de
veículos e pedestres.
A situação é grave nas ruas perto da estação
do Metrô Tietê Portuguesa e Avenida Zaki Narchi. Ali é comum a enchente fazer a
água subir mais de 1 metro. Dificultando a saída e chegada de ônibus ao
terminal rodoviário do Tietê.
Do outro lado da Avenida Voluntários da
Pátria, próximo à Avenida do Estado, o mesmo problema se repete. Qualquer
temporal transforma aquela região num mar de água suja. Se o Rio Tamanduateí
transbordar, a situação piora, pois ele provoca inundação até no Parque Dom
Pedro II e ruas da região da 25 de Março.
Esses são alguns dos pontos críticos, alvos de
enchentes há várias décadas, mas que a Prefeitura continua fazendo vistas
grossas. Cabe ao motorista e pedestre ficarem atentos, quando começar chover
forte. Caso esteja nesses locais, é aconselhável sair o mais rápido possível,
para não amargar a triste experiência de sentir a fúria da enchente e sofrer
prejuízos.
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