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Na crise, o povo é a maior vítima |
Luís
Alberto Alves
O ano de 2015 chega ao fim.
Quantas lutas! Estes 365 dias mais parecem ônibus sem freios numa descida. O
pesadelo começou em janeiro, quando caiu a máscara da segunda gestão Dilma
Rousseff (PT). O ditado popular diz que os números não mentem, porém os
mentirosos inventam números.
Aquele país apresentado durante a campanha
eleitoral de 2014 é irreal. Mas a vontade de permanecer mais quatro anos no
poder, deixou de lado a verdade. Aliás, a maioria dos políticos despreza a
realidade dos fatos. Mentir para continuar desfrutando das benesses do elefante
Estado vale qualquer sacrifício.
Em dezembro passado, o
desemprego atingia a taxa de 4,3%. Em outubro chegou a 8,7%. Temos quase 10
milhões de brasileiros sem trabalho. Pior: no final do ano, quando muitos serão
cobrados pelos familiares para compra dos famosos presentes. De onde tirar o
coelho do chapéu?
A economia é igual à água em importância para
o nosso organismo. Ninguém sobrevive sem este líquido. As finanças do país
secaram. O dinheiro sumiu do bolso de quem continua no mercado. Um quilo de
quiabo custa hoje cerca de R$ 13. Mil gramas de carne, dependendo do corte,
passam dos R$ 30. O preço do combustível disparou. O litro do etanol,
dependendo da região do Brasil, chega a R$ 3,00.
O negócio é tão crítico que o próprio governo
federal anunciou que não pagará neste mês contas de água, luz e telefone, por
causa do enxugamento de R$ 10 bilhões no orçamento fiscal. Caros leitores,
quando leio uma notícia dessas só posso crer no seguinte: nossa nação faliu!
O ano de 2015 é parecido com aquele quando
perdemos alguém muito querido da família. Ficamos torcendo para chegar o
próximo. Na virada da meia-noite, os fogos estourando, torcemos para o tempo
passar rápido e logo a dor desaparecer do coração. Permanecer bem lá atrás na
estrada do tempo.
Não posso prever como será
2016, mas os respingos de 2015 deixarão fortes marcas, principalmente do
desemprego e inflação. Duas bolas de ferros acorrentadas nos pés de milhões de
brasileiros. Culpa de um governo que resolveu brincar de economia. Investiu
muito em ideologia, procurando pelo em ovo, deixando no plano inferior reformas
importantes, para manter o país funcionando. Nada ocorreu. Agora é correr para
o prejuízo ser pequeno. Do contrário, 2016 repetirá o amargo de 2015.
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