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O erro da presidente Dilma Rousseff (PT) foi prometer o impossível |
Luís
Alberto Alves
Como se fala na roça: “chegou a
hora de a onça beber água”! O processo de pedir o impeachment da presidente
Dilma Rousseff (PT) ficou parecido com doente respirando por aparelhos. Desde o
início do ano que a administração dela entrou na UTI (Unidade de Terapia
Intensiva). Principalmente quando aceitou a medicação oferecida pelo ministro
da Fazenda, Joaquim Levy.
Porém, o início do mal
apresentou os primeiros sintomas após sua vitória no segundo turno da sua
reeleição em 2014. Prometeu e assumiu compromissos, principalmente com
trabalhadores, que não teria condições de cumprir. Blefou feio. Acreditou na
ignorância dos eleitores.
O movimento sindical segurou a onda até o
momento em que direitos trabalhistas conquistados às duras penas foram atacados
por Dilma. Exemplo disso é o trâmite para obtenção do Seguro Desemprego. Logo
após vieram mudanças na aposentadoria e diversas pauladas. Elas contribuíram para
a presidente cair em desgraça.
O desemprego explodiu,
aumentando a taxa em mais de 100% num período inferior a um ano. Os juros, para
ganhar simpatia dos banqueiros, estouraram, chegando a quase 15%ao ano. Os
efeitos danosos do ajuste fiscal ajudaram no aumento de falências, concordatas,
recuperação judicial. Atualmente, o Brasil tem cerca de 10 milhões de pessoas
sem trabalho.
A insensibilidade de conversar
com a sociedade civil organizada tornou a presidente Dilma Rousseff refém de um
Congresso Nacional corrupto. A série de escândalos descobertos pela Operação
Lava Jato minou a credibilidade do PT e o restante da base aliada. Ela começou a sentir a solidão do poder.
Nem as denúncias de lavagem de
dinheiro envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB/RJ), na boca do alçapão para perder o cargo, impediram que fosse
formulado o pedido de impeachment de Dilma. Caso consiga se manter no cargo,
terá credibilidade para tentar tirar o Brasil do lodo onde caiu. Do contrário é
apostar em outro aventureiro e talvez mais um ano perdido.
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