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O senador Renan Calheiros (PMDB/AL) está furioso com a Polícia Federal |
Luís Alberto Alves
Justiça
no Brasil só pode valer para preto, prostituta e pobre. Os poderosos ficam fora
da alça de mira do Judiciário. Por causa da operação de busca e apreensão
realizada ontem (14), no curso da Operação Lava Jato, envolvendo três
senadores, entre eles Fernando Collor de Mello (PTB-AL); o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) planeja questionar os mandados de busca
cumpridos pela Polícia Federal e tratar do assunto com o ministro do STF
(Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.
Enquanto a água podre da corrupção só atingia
peixe pequeno, o Congresso Nacional permaneceu em silêncio. Mas quando os
poderosos sentiram o hálito quente da polícia, a situação mudou. Agora, eles
alegam perseguição e até desrespeito. Porém, caso sejam inocentes, esse é o
melhor momento para esclarecer as suspeitas e deixar tudo a pratos limpos. Do
contrário não podem em hipótese alguma usar o guarda-chuva do STF para se
esconder.
A Constituição brasileira deixa bem claro que “todos
são iguais perante a Lei”. Porém, quando o acusado é político ou milionário
essa frase constitucional perde o valor. O peso da Justiça só deve, na opinião
da minoria corrupta e corruptora nacional, cair apenas em cima do pobre, sem
dinheiro para contratar advogados famosos para escapar do frio do cárcere.
Se o Brasil fosse de fato um país sério,
diversos políticos e grã-finos estariam há muito tempo atrás das grades. O
problema é que o dinheiro compra tudo nesta nação, dificultando a ida de
poderosos ao presídio, onde deveria cumprir suas penas, sem nenhuma regalia. O
pau que bate em Francisco precisa acertar também o Chico.
Do contrário
continuaremos a privilegiar a desigualdade social e econômica. Ou então libera
geral sem aplicação da Lei sobre qualquer cidadão brasileiro. Desta forma
estaremos aplicado a democracia plena nesta republiqueta de bananas.
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