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Em boa parte das chacinas há policiais envolvidos |
Por dia morrem no Brasil 28 jovens, 10,5 mil
no ano. Esses dados do Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância) são
preocupantes. Dos adolescentes que perdem a vida por causas externas, 36% são
assassinados. As vítimas, na maioria, são pobres, homens, jovens e moram na
periferia. Pior: os negros morrem quase quatro vezes mais do que os brancos.
Pelas estatísticas do Unicef, caso não ocorram mudanças, entre 2013 e 2019
aproximadamente 42 mil adolescentes morrerão no Brasil.
A tática da Polícia Militar, principalmente em
São Paulo, é atirar primeiro e perguntar depois. Despreparados, essa tropa de
extermínio visualiza o negro e pobre como ameaça ao sistema. Qualquer blitz nos
bairros afastados da região central da cidade, onde esteja reunido grande
número de jovens, com rara exceção, vai acabar em tiroteio.
Nem o decreto proibindo o socorro de Feridos
pelos agentes, deixando o serviço a cargo do Samu (Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência) ou Resgate do Corpo de Bombeiros evitou a redução dos óbitos.
Existe a comunicação, mas o local atingido é mortal. Quando os paramédicos
chegam é outra pessoa a engrossar a lista de vítimas da violência policial.
Não precisamos ter amplo conhecimento para
entender os efeitos futuros desse genocídio de jovens: vai aumentar mais ainda
a população idosa e redução na faixa etária dos 14 aos 20 anos. Em pouco tempo
o vácuo aumentará, caso prossiga a política de extermínio autorizada pelos
governos de várias regiões do Brasil, nós seremos um país de velhos, sem
direito a sonhar com o futuro.
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