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A Justiça está babando atrás da Odebrecht |
Luís
Alberto Alves
O mar de lama da corrupção envolvendo a
empreiteira Odebrecht começou aparecer no Exterior. A diplomacia dos Estados
Unidos monitorou os negócios da empresa
e apontou suspeitas de corrupção em obras espalhadas mundo afora no
período 2007/2010, época do governo Lula.
As suspeitas recaem sobre construções no
Equador, Panamá e cidades norte-americanas. Em 2009, a embaixada dos Estados
Unidos relatou a Washington que um escândalo estava próximo de explodir,
envolvendo o presidente Ricardo Martinelli. Ele teria recebido muito dinheiro
para sua campanha eleitoral.
O mesmo estilo de conseguir fechar contratos
em outros países aconteceu em Angola, neste caso com a paraestatal do setor de
petróleo Sonangol e a Damer, para construção de usina capaz de produzir não
apenas etanol para exportação, mas para gerar 140 megawatts de eletricidade por
ano.
Nesta rápida de exposição de fatos é possível
constatar que corrupção era algo comum na Odebrecht para saciar a fome de novas
obras tanto no Brasil quanto no Exterior, contribuindo no faturamento de
bilhões ao ano e pagamento de 160 mil funcionários.
Para complicar mais a vida da empreiteira, o
juiz Sergio Moro intimou os advogados do presidente Marcelo Odebrecht a dar
explicações sobre anotações encontradas pela Polícia Federal nos telefones
celulares dele sugerindo que deu instruções para tentar obstruir as
investigações da Operação Lava Jato antes da prisão.
Numa das falas, ele sugere que dois executivos
de seu grupo sob investigação, Márcio Faria e Rogério Araújo, destruam todas as
provas sobre o suposto estilo de agir da empresa pagando propina para conseguir
obras da Petrobras. Enfim, a chapa da Odebrecht está muito quente e será muito
difícil jogar água para esfriar a temperatura.
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