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Book rosa é eufemismo para prostituição de luxo |
Luís
Alberto Alves
Ainda provoca polêmica o book rosa, artifício usado
por algumas agências de modelos especificando que determinadas garotas não só
ajudam melhorar o visual dos estandes de exposições como podem contribuir
sexualmente com alguns eventos por causa da beleza de rosto e corpo.
Em diversos sites, atrizes e modelos
criticaram as supostas alucinações do autor da novela Verdades Secretas Walcyr
Carrasco. Nem todas estão mergulhadas na tina do dinheiro fácil obtido através
de relações sexuais nas camas de luxuosos hotéis ou resorts, pagos por
esportistas e empresários.
Porém no jornalismo é fácil ter acesso a
informação que muitas garotas guardam a sete chaves. Não precisa ser crítico de
arte para detectar a falta de talento em diversas atrizes de novelas. Algumas
não conseguem nem chorar ou mesmo sorrir. Matam o papel que ganham, em boa
parte conquistado deitadas com diretores responsáveis por colocá-las nessas
tramas.
Muitos anos atrás a então bela Vera Fisher
concedeu entrevista a uma revista e disse: “para chegar onde estou, com
destaque nessas novelas, precisei dormir com muita gente graúda. Não me
envergonho disso ao contrário de várias santinhas, tão safadas quanto a mim,
que recusam assumir que fizeram o mesmo”.
Tenho mais de 50 anos de idade e 30 de
profissão. Sei como funciona a cabeça de diversas modelos. Para atingir a fama
numa novela ou mesmo filme, muitas delas aceitam se relacionar sexualmente com
alguém que abra as portas na televisão e cinema. Algumas delas chegam a se
oferecer para participar das festas promovidas por pagodeiros, sertanejos e
jogadores de futebol.
O book rosa está presente, também, em algumas
empresas, principalmente nos cargos de relevância. Para sair da recepção,
infelizmente determinadas funcionárias aceitam, de bom tom, dormir com o chefe
que irá cacifar a promoção junto ao RH. Isto acontece há várias décadas.
Como nossa sociedade é hipócrita, tenta negar
o óbvio: a existência da prostituição de luxo, muito bem utilizada por atrizes
e modelos. Ganham rios de dinheiro e satisfaz o ego. Apesar de o Brasil viver
eterna má distribuição de renda, existe empresários influentes que não sentem
remorsos de gastar fortunas para bancar meninas freqüentadoras de reality
shows, assistentes de palco de programas de televisão, novelas ou mesmo
minissérie.
O prazer mórbido dessa casta é tragar
profundamente o legítimo charuto cubano ou aspirar profundamente a carreira de
cocaína pura, trazida dos berços dos cartéis das drogas, e dizer em alto e bom
som: “essa eu comi! É bonita, mas é ruim de cama. É outra que entrou para meu
álbum de comilanças!” Ou seja, as garotas do book rosa servem como mercadorias
descartáveis visando apenas saciar prazer de alguns representantes de nossa
corrupta elite.
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