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Fernando Collor deixando o governo do Brasil em 1992 |
Luís
Alberto Alves
Desemprego aumentando, número de falência
crescendo, preços chegando às alturas nos supermercados e feiras livres,
operação Lava Jato prendendo e revelando cada vez mais números assustadores da
corrupção na Petrobras. Para complicar, a base de apoio de 360 deputados na
Câmara, no início de 2015, caiu para 16 neste 6 de agosto. Até parece que uma
bomba atômica caiu sobre o governo Dilma Rousseff.
Hoje (6) à noite ela fará pronunciamento à
nação em rede nacional. No mesmo horário está programado nas redes sociais
imenso panelaço em todo o Brasil. Daqui a dez dias tem manifestações nas ruas
de diversas cidades do País. Ontem (5), o trio Renan Calheiros (PMDB/AL), Aécio
Neves (PSDB/MG) e José Serra (PSDB/SP) jantaram para discutir possível
impeachment de Dilma.
Igual lutador de boxe acuado no canto do
ringue recebendo diversos golpes, assim é o governo federal. Não consegue reagir
para agenda positiva e mostrar o pouco de positivo existente nesta gestão.
Parecido com o peru, passou a andar em círculos, caindo a todo o momento nos
efeitos provocados pela Operação Lava Jato.
Por falta de orientação política e até de
comunicação, a presidente Dilma continua insistindo em falar do seu passado
político, quando sentiu as dores da tortura durante a Ditadura Militar. A
população cansou desta conversa. O povo deseja ouvir quais soluções o governo
petista tem a apresentar para tirar o País do lamaçal onde entrou, após
privilegiar banqueiros com altas taxas de juros.
Nas regiões Norte e Nordeste a paralisação de
obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) por causa do escândalo
Petrobras deixou milhares de desempregados. Em algumas cidades, a falta de
trabalho deixou na rua 20 mil pessoas. A mídia golpista, ciente dos erros
cometidos pelo governo, aumenta a carga negativa, vendendo o Brasil como o pior
lugar para se viver.
Caso a presidente Dilma não reaja com medidas
eficazes, de grande impacto econômico e social, restabelecendo parceria junto
ao Congresso Nacional, ouça as sugestões de diversos setores da sociedade e
abaixe um pouco a crista, ela poderá ter o mesmo fim do então presidente Collor
de Mello em 1992. O brasileiro cansou de ouvir discurso vazio. A hora é de
ação. Do contrário o vice Michel Temer assumirá o cargo de presidente do Brasil
ainda neste ano de 2015.
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