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Dono da Rede Globo não tem interesse que a presidente Dilma caia agora |
Luís
Alberto Alves
Na semana passada, um dos herdeiros das
Organizações Globo, João Roberto Marinho, visitou Brasília, conversando com
ministros, até com a presidente Dilma Rousseff (PT), depois emendou o papo com
políticos da base aliada e até da oposição. Pauta: a crise atual. Quem conhece
o passado desta empresa jornalística sabe que eles não pulam em galho podre.
De início apoiaram a malhação de Dilma. Tudo
era motivo para noticiar nos jornais da casa. Até mesmo se ela espirrasse. O
avanço da crise, demissões em massa, falências, concordatas e redução da
receita com anúncios nos seus veículos de comunicação fizeram a Vênus Platinada
mudar de opinião, por enquanto.
Astuto igual ao pai, Roberto Marinho, que
durante décadas serviu de capacho dos militares que assumiram o poder no Brasil
em 1964, com direito a sair de braços dados ao lado ditador João Batista
Figueiredo, tentam frear a derrubada rápida de Dilma.
Na década de 1950 tiveram a sede do jornal O
Globo depredada após incentivar a morte do presidente Getúlio Vargas. Ficaram
na moita até 1964. A partir dai entraram na rede golpista. Escolados, sabem que
se Dilma sair agora, o Brasil corre dois riscos: ou mergulha numa ditadura ou desgoverna
de vez nas mãos do incompetente que assumir a direção da nação.
Para a Globo é melhor a presidente Dilma
sangrar lentamente. O jornalismo da família Marinho se encarrega de matá-la aos
poucos, arrastando junto o PT. Após 12 anos no poder não conseguiu ficar imune
aos pratos de lentilhas oferecidos pelos corruptores. Virou farinha do mesmo
saco onde estão os demais partidos políticos.
O avanço das redes sociais retirou muita
influência da Globo. Parte da população, principalmente os mais esclarecidos,
não aceitam mais suas reportagens como atestados de honestidade. Preferem
mentirem sozinhas. O então imbatível Jornal Nacional há muito perdeu a
credibilidade, virando verdadeira chapa azul e amarela tucana.
Mesmo assim, o estouro do escândalo da Fifa e
abertura da CPI da CBF em Brasília podem jogar lama no telhado da Globo. Aliás,
um dos herdeiros é sócio do capo J. Hawilla, réu confesso nos Estados Unidos e
condenado a devolver R$ 400 milhões aos cofres do tesouro americano, por causa
de acusação de propina na transmissão de jogos, dos quais a Globo mantém rígido
monopólio há 40 anos. O ditado popular é sábio: “quem tem rabo de palha não pula
fogueira”.
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