O encontro de Marilyn Monroe ocorreu lentamente até chegar a noite fatal |
Luís
Alberto Alves
Imagino a cara de Napoleão Bonaparte, general
vencedor de tantas batalhas, quando se deparou com aquela mulher de beleza
sinistra e olhar aterrorizante. Provavelmente tentou dialogar ou mesmo jogar
alguma bravata para escapar do seu abraço.
O mesmo digo em relação a Hitler. Mas esse foi
covarde. Saiu à procura do colo dessa macabra força feminina. Esqueceu-se dos
sonhos de implantação do Terceiro Reich em todo o mundo. O outro ditador, Josef
Stálin, assassino de milhões de soviéticos, após o regime sangrento implantado
na então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 1917, acabou torturado
por essa mulher, até chegar ao fim, abandonado por todos.
O delegado carniceiro, capacho da Ditadura
Militar brasileira, Sérgio Paranhos Fleury, terror dos presos políticos nas
décadas de 1960 e 1970, não teve valentia de atemorizá-la. Pelo contrário, ela
correu atrás desse policial imundo e o asfixiou enchendo os seus pulmões de
água do mar. Sentiu na pele o desespero de tentar respirar e o ar fugir das
narinas.
A fome dela é insaciável. Pega qualquer um,
não importa a classe social, cor, opção sexual, condição financeira, anônimo ou
famoso. Imagino a cara de espanto do Beatle John Lennon. No auge do sucesso
esbravejou a mentira de que sua banda seria mais famosa do que Jesus Cristo.
Não teve tempo de qualquer diálogo.
E a arrogante Marilyn Monroe, linda de corpo e
rosto. Desejo sexual de milhões de homens na década de 1950. Neste caso o
encontro lento, ocorreu aos poucos. Marylin, apesar do grande sucesso e fortuna
acumulada através dos seus filmes e também pelas camas de famosos onde dormia,
era infeliz. A aproximação aconteceu a conta gotas e recebeu o golpe certeiro
enquanto dormia.
Elvis Presley, o grande ícone do Rock, driblou
o encontro com essa mulher sinistra até a década de 1970. Porém, antes passou a
flertar e ter encontros esporádicos com essa dama macabra. Quando veio a grande
noite, na suntuosa mansão de Memphis, hoje transformada em museu, retratando as
conquistas proporcionadas pelas canções que imortalizou, Elvis já dormia nos
braços dela.
O que dizer do arquiteto do golpe militar de
1964, general Golbery do Couto e Silva. A cabeça pensante das Forças Armadas. A
peça importante no tabuleiro do regime de terror implantado no Brasil e que
chegou ao fim em 1985. Talvez tentou jogar uma conversa fiada, ludibriar ou
mesmo ameaçar. Não teve jeito. No primeiro abraço caiu no chão.
O asqueroso Al Capone, facínora responsável
pelo terror semeado em Chicago, nos Estados Unidos, na década de 1930. Era
temido por qualquer polícia daquela época. Tanta valentia não serviu para
correr do beijo e abraço desta mulher terrível, que desde o começo do mundo
semeia pânico no ser humano.
Posso citar inúmeras personalidades,
arrogantes quando vivas, que não conseguiram escapar dos tentáculos da morte. O
único que tripudiou sobre ela foi Jesus Cristo, após voltar à vida três dias
após a crucificação. Os outros homens e mulheres, nenhum teve força para
impedir a chegada desta mulher que faz qualquer um adormecer eternamente,
usando diversos artifícios para consolidar seus objetivos.
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