Luís
Alberto Alves
Considero a absurda a proposta do deputado
tucano estadual Coronel Telhada, sugerindo a divisão do Brasil por causa da
derrota do presidenciável Aécio Neves. Estamos num regime democrático. O eleitor
tem o direito de votar no candidato que esteja afinado com sua ideologia. A
ditadura acabou em 1985.
É muito perigoso este tipo de comentário, num
discurso repleto de ódio à população do Norte e Nordeste do País. Nas redes
sociais após o resultado declarando a presidente Dilma Rousseff (PT) reeleita,
estouram vários comentários racistas, xingando pessoas daquela região
brasileira, que tiveram grande importância na vitória da petista.
Ninguém gosta de perder, mas partir para esse
discurso é muito perigoso. É como se oposição fosse inimiga. Precisamos da
união de todos para lutarmos, cada vez mais, por uma nação, onde as diferenças
sociais e econômicas sejam reduzidas significativamente. Plantar sementes de
ódio não resolverá nada.
Não sou ingênuo a ponto de crer que nossa
elite goste de negros, pobres e nordestinos. A maior parte é preconceituosa. Se
pudesse procuraria por todos meios revogar a Lei Áurea para que a escravidão
voltasse e ninguém recebesse salário para trabalhar, mas chibatadas.
Infelizmente esse
pensamento de exclusão ainda existe nas regiões Sul e Sudeste. Usam o velho
argumento de que a preguiça seria amiga inseparável dos habitantes do Norte e
Nordeste. Mentira: são pessoas trabalhadoras. É só verificar nas empresas de
limpeza, nas cozinhas dos apartamentos luxuosos e nas obras da construção
civil. Muitos deixaram suas famílias para trás na busca por futuro melhor aqui
no Sudeste.
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