Luís
Alberto Alves
Imagine duas pessoas que se amam. Quando estão
juntos o forte amor de ambos solta faíscas. A todo o momento se acariciam. Não
escolhem lugar para transar: sala, cozinha, banheiro, em cima da mesa de
jantar, no sofá, cadeira ou até mesmo dentro do cinema, aproveitando o
escurinho.
Ah! A conta do celular deste casal é alta, por
causa das inúmeras ligações feitas todos os dias, a qualquer hora. Conversam
para dizer olá!, tudo bem! ou mesmo para ouvir a voz do outro. Na concepção da
palavra é amor em estado bruto, igual petróleo quando sai do fundo do mar ou
mesmo da terra. A cumplicidade deles é visível na troca de olhares.
Tudo isso é lindo e maravilhoso. Porém a falta
de dinheiro suficiente para manter navegando no mar desse relacionamento em
águas calmas vai provocar rachaduras. Por mais romântico que seja o casamento,
ele não agüenta à falta de grana. Os atritos surgirão nos momentos de fazer a
compra do mês ou da semana no supermercado, o pagamento da prestação do
apartamento, do carro ou mesmo do colégio ou faculdade dos filhos.
Infelizmente o mundo gira em torno do
dinheiro, principalmente de grandes quantias. Daquelas suficientes para bancar
viagens às praias lindas do Nordeste ou do Caribe, ou mesmo para passear de
barco a remo no Rio Sena em Paris ou sentir o frio da neve nos Alpes da Suíça.
Sapatos italianos, seda chinesa, perfumes franceses e outros tipos de mimos
passam pelas mãos das notas esverdeadas, símbolo de poder financeiro.
Sem dinheiro, até o prazer sexual desaparece,
visto que orgasmo é resultado de 70% de cuca fresca e 30% de esforço. Pesquisas
revelam que a maioria dos divórcios tem como causa os estragos causados pela
anemia financeira no casamento. Infelizmente nem tudo em nossa vida é regado a
romantismo. A realidade existe para nos acordar, colocarmos os pés no chão.
Para se viver muitos anos juntos e felizes, é recomendável regar a conta
bancária com notas de grande valor monetário. Servirá de barreira para espantar
qualquer crise conjugal.
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