No segundo turno, eleitores caem no voto de cabresto |
Luís Alberto Alves
Caso Marina Silva
(PSB) resolva apoiar (isto está bem claro) o tucano Aécio Neves neste segundo
turno, ficarão órfãos os simpatizantes que descarregaram 22,18 milhões de votos
em sua chapa. Detalhe: a ambientalista era a terceira opção para quem se cansou
do PSDB e PT e desejava renovação, ar puro na política. A cúpula do PSB pretende
bater o martelo de olho nos cargos e ministérios que possam “sugar”.
Infelizmente a
vontade do eleitor é desprezada na segunda etapa das eleições, quando apenas
dois candidatos disputarão a vaga de presidente ou mesmo governador. Curioso é
que os políticos imaginam que sejam bobas as pessoas que votaram neles no
primeiro turno. Apelam para o tenebroso cabresto, forçando novos votos nas
candidaturas que resolveram apoiar.
Quando 22,18 milhões
de brasileiros resolveram escolher Marina Silva, como opção política,
categoricamente deixaram de lado Dilma Rousseff e Aécio Neves. Agora chega o
segundo turno e, por causa dos acordos de gabinetes, tentam empurrar goela
abaixo o apoio a Aécio Neves.
Não é assim a visão
da população. Ela sofre na pele o descaso do governo e até das gestões tucanas.
Sonharam, esse é o termo correto, e apostaram suas fichas em Marina Silva, para
fugir do dualismo PSDB e PT. Porém se decepcionaram. De olho nos ministérios e
inúmeros cargos, o PSB deixa de lado a opinião dos seus eleitores. O saldo verde
da conta corrente soa melhor. Afinal, ninguém sobrevive de ideologia.
Principalmente no Brasil.
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