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Cineasta Spike Lee |
Luís
Alberto Alves
O desabafo do cineasta Spike Lee a respeito da
falta de diretores negros indicados ao Oscar 2015 soou como bomba no meio
artístico de Hollywood. Mesmo assim, os Estados Unidos dão chance para artistas
de pele escura aparecerem nos filmes, não apenas como empregados e bandidos,
mas em papeis bons.
O Brasil, com 50% da
população composta de negros, é segregacionista também no mercado de cinema
(que praticamente inexiste no país) e televisão. Os artistas não brancos
aparecem em novelas como bandidos, palhaços, empregados domésticos, corruptos e
as mulheres ganham destaque nas figuras de prostitutas, faxineiras ou criminosas.
São poucos os artistas na direção de filmes,
novelas ou minisséries. Até nos telejornais os negros são figuras raras. Para
quem não conhece o Brasil, ao andar pelas nossas ruas e avenidas tomará um
susto, porque dificilmente encontrará as louras e homens de olhos azuis ou
verdes que são figuras marcadas nas tramas televisivas deste país.
Curioso é que os
negros somam apenas 11% da população norte-americana, porém, mesmo de forma
precária, estão presentes em todos os veículos de comunicação. Se Spike Lee
ficou nervoso pela falta de indicado negros ao Oscar, imagino assistindo às
novelas, minisséries e telejornais de nossas redes de televisão.
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