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Filhinhos de papai, que mataram a jovem Mônica Granuzo, no Rio de Janeiro, em 1985, são exemplo da justiça parcial |
Luís
Alberto Alves
Diante do verdadeiro depósito de lixo descoberto pela Operação Lava
Jato, a Justiça brasileira ainda pega leve com ricos corruptos. As delações
premiadas são criticadas. Advogados acusam o juiz federal Sérgio Moro de
promover caça às bruxas, ao condenar ou manter em prisão preventiva ilibados
empresários do ramo da construção civil, acusados de corrupção envolvendo
pagamento de propinas a Petrobras.
Por muito menos, nos Estados Unidos um
explorador de pirâmide financeira, Bernard Madoff, pegou mais de 70 anos de
cadeia. Ressalva: na ótica da justiça norte-americana ninguém sai da cadeia
antes do cumprimento total da pena. No Brasil, o poder econômico fala mais alto
e os representantes desta elite corrupta escapam do frio do cárcere.
O Código Penal, criado e reformado por
deputados representantes de ricos, é recheado de brechas. Facilita a vida dos
bandidos de colarinho branco. Quanto ao pobre, esse sofre todo o rigor da Lei.
Mesmo que tenha furtado um frasco de xampu num supermercado. É detido e vai
mofar na cadeia. Nem direito a sursis tem. É país do manda quem é rico. Essa
realidade ainda existe, apesar de estarmos no século 21.
Imaginei que a chegada do PT ao poder iria
provocar mudanças. Piorou: cederam e foram comer nas mãos dos corruptos que
tanto criticaram na época de oposição. Se querer estragar o prazer de ninguém,
deixei de acreditar em nossa Justiça há muitos anos. Ela não funciona para os
filhinhos de papai. Só para os desvalidos e abandonados pela vida.
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