Apesar da beleza, a atriz Mrylin Monroe era depressiva e dependentes de calmantes |
Luís
Alberto Alves
Atualmente a depressão atinge mais de 350
milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com dados da OMS (Organização
Mundial da Saúde). Mas qual a razão para o ânimo ficar para baixo quando
vivemos numa época de grandes avanços tecnológicos? Diferente do passado,
inúmeras doenças estão sob controle da Medicina. Até o temível câncer, quando
descoberto a tempo pode ser tratado.
Mas para muitos, o avanço da Ciência não
conseguiu curar e cicatrizar as feridas da alma. Chagas existentes naqueles,
que na maioria das vezes estão circulando entre a multidão, mas completamente
desamparados. Sem qualquer confiança no presente e futuro. Mesmo exercendo boa
profissão e ganhando excelente salário, não conseguem encontrar motivos para
continuar vivendo.
Nas mesas de bares é possível identificar o
depressivo, principalmente nos finais de semana. São homens ou mulheres que
escolhem mesas afastadas, bebem vários copos de bebidas sem ninguém ao redor. No
tempo ali permanecido, não puxam conversa ou tentam fazer amizade. Estão
trancadas no mundo de ilusões perdido dentro do coração.
A célebre atriz Marylin Monroe, supercobiçada
pela beleza de rosto e corpo na década de 1950, é exemplo da depressão. Mesmo
no auge da fama não conseguiu sentir o gosto doce da felicidade. Procurou
refúgio nos temíveis comprimidos de calmantes para espantar a dor da solidão. Responsável
por levar milhões de pessoas aos cinemas para assistir aos seus filmes e desejada
por inúmeros homens, Marylin não teve forças para escapar das garras da
depressão e morreu ainda jovem entupida de barbitúricos.
Reféns
Nos pontos de drogas, a maioria dos viciados é
composta de pessoas depressivas. Independente da classe social, cor, sexo ou
religião. Buscam refúgio nos entorpecentes para tentar sentir um pouco de
alegria. O desespero para deixar longe a depressão os leva a cair de braços
abertos na overdose. Todo dependente químico sonha em ficar “ligado” durante horas
e passa consumir maior quantidade de droga, do que o organismo consegue agüentar.
O cérebro e coração não resistem ao ataque e deixam de funcionar, provocando a
morte.
Atualmente pais e mães trabalham fora e deixam
os filhos aos cuidados de babás ou mesmo com vizinhos, quando a condição
econômica não é boa. Ao retornar para casa, cansados, reservam pouco tempo às
crianças e adolescentes. Esgotados, fazem as refeições assistindo à televisão
ignorando os poucos minutos de atenção para aqueles rostinhos ansiosos em
sentir uma carícia ou ouvir alguma palavra de amor.
Para aumentar o problema, as crianças e
adolescentes recebem computadores e celulares, como forma de “cala boca”.
Envolvidos com as amizades virtuais das redes sociais, passam a viver num mundo
fantasioso. Têm inúmeros “amigos”, mas sem qualquer contato físico. Afastados
do convívio social com os pais, logo vão mergulhar nas drogas, na busca da paz
interior e carinho inexistentes dentro de casa.
O depressivo apresenta sinais como: pouco
interesse ou diminuto prazer em fazer qualquer atividade. Sempre está com
astral baixo, mesmo numa grande festa. Quando conversa deixa bem claro a falta
de perspectiva para o futuro. Curioso: mesmo sendo jovem, é comum dizer que
está velho.
Dormir
Às vezes encontra dificuldade para dormir ou
passa a ficar na cama muito tempo. Vive cansado, mesmo quando não realiza
qualquer atividade. Tem falta ou excesso de apetite. Usa comer bastante como
fuga dos problemas, mesmo quando é adolescente ou jovem. Acredita que é um
fracassado. Procura assumir qualquer problema que acontece na família, mesmo
quando não há qualquer envolvimento. Gosta de pegar as dores do mundo.
Numa rodinha de amigos o depressivo é
o mais lento para falar ou mesmo movimentar. Ocorre, também, de ficar bem
agitado, inquieto, andando para todos os lados, revelando que algo de estranho
está acontecendo. Para complicar acredita que morrendo tudo ficaria melhor.
Existem pessoas calmas e outras agitadas, isto
não significa que sejam depressivas. É entre os familiares que é possível
descobrir algo estranho, pois o comportamento sofre mudança radical. Existe o
período de luto, quando se perde o namorado ou namorada, é demitido ou mesmo
reprovado no vestibular. Mas logo passa. Com a depressão é diferente. O período
de tristeza continua. É como o carro atolado na lama.
Estes sinais nunca devem ser ignorados. É
errado deixar o depressivo entregue aos leões. Conversar com médicos ou mesmo
realizar algum tipo de terapia com ajuda de psicanalista são alternativas para
evitar que a depressão se transforme em suicídio. Problemas todas as pessoas
terão, mas existe solução para a maioria deles. Afinal de contas, Deus nunca
colocará uma cruz de peso desproporcional para alguém carregar.
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