Lance que iria originar o pênalti que premiaria o esforço da Holanda contra o México |
Luís
Alberto Alves
A partida entre Holanda e México, disputada no
sábado (28) mostrou exemplos que devemos seguir em nossa luta diária pela
sobrevivência. Após marcar o primeiro gol, o técnico mexicano tirou o atacante
Giovani Santos e colocou outro atleta para fortalecer o meio de campo e segurar
o resultado que o levaria para as quartas de final.
Para muitos torcedores, a laranja mecânica do
futebol iria para casa mais cedo. Mas os craques holandeses não se abateram.
Prosseguiram na batalha para reverter o resultado negativo. O goleiro Ochoa,
grande muralha deste Mundial, passou a sofrer intensos ataques. Todos pela
ponta direita. Aos 42 minutos do segundo tempo, o meia-atacante Robben sofre
pênalti e a partida empata.
Este resultado levaria o jogo para uma
desgastante prorrogação, debaixo de forte calor. A Holanda aumentou a dose. Aos
46 minutos veio o segundo gol, num chute violento indefensável para Ochoa. Os
mexicanos perderam a vaga que estava nas mãos. Aceitaram o resultado e
recuaram.
Quantas vezes em nossa vida não tomamos
atitudes iguais ao da equipe do México? Por medo ou falta audácia nos
conformamos com as migalhas caídas da mesa, quando deveríamos lutar para sentar
e compartilhar do banquete que ali está sendo servido. É a derrotista máxima de
que é melhor um pombo na mão do que dois voando. Nem sempre o que ficou em
nossas mãos é bom.
Nas empresas não é novidade encontrar
funcionários frustrados, mesmo ungidos de grande talento. Não têm coragem de
sair dali e apostar no seu sonho. “Como arquiteto posso fazer belos
empreendimentos residenciais, mas aqui tenho salário e a certeza que
dificilmente serei demitido. Prefiro não arriscar, afinal de contas ninguém
vive de sonhos”, assume o empregado que poderia fazer a diferença neste mercado.
Poucas pessoas apostam no próprio potencial.
Preferem o comodismo ou mesmo a sombra de algo que aparentemente passa
segurança. O mercado financeiro é repleto de bancários que saíram dos bancos de
faculdade, mas que continuaram na categoria, por receio de quebrar a cara na
disputa por um lugar ao sol.
Em qualquer profissão existe dificuldade. Só o
capacitado vai transpor a barreira. O primeiro passo é apostar na sua força
interior. Ir à luta sem qualquer medo. Enfrentará obstáculo, porém conseguirá
concretizar o objetivo. Quanto ao medroso, ficará no mesmo lugar de sempre,
comendo das migalhas caídas da mesa. Se o México fosse audacioso, teria
despachado a forte equipe da Holanda. Quem sabe na próxima Copa do Mundo eles
aprendem a lição de que a melhor a defesa é ataque, assim como na vida.
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