Luís Alberto Alves
A Polícia tem dois
pesos para atuar. Quando o bairro é de rico, por ali o patrulhamento é
constante. Qualquer tentativa de assalto às mansões, em fração de segundos, o
local fica repleto de soldados, seja de carros ou motos. Afinal de contas o
capital precisa de proteção.
Na periferia, onde
prolifera a miséria e a desigualdade de social e econômica é gritante, o
tratamento é diferente. Dependendo da ocorrência, a PM demora para chegar ou
até mesmo nem vai. Motivo: população pobre. Não é em vão que maior número de
mortos em tiroteio ocorre nesta região.
Quando assunto é
sindicalismo, a mesma regra é aplicada. Manifestação legítima por aumento de
salários e melhores condições de trabalho são interpretadas como subversivas.
Caso a gritaria esteja acontecendo na porta da matriz dos patrões, a polícia
vai aparecer para proteger o capital.
Se algum dirigente
sindical fizer algum gesto relacionado a violência, a repressão virá rápido por
meio de golpes de cassetetes, torções nos braços e enfiado no camburão. Mesmo em
pleno século 21, prossegue o tratamento desigual quando a voz que grita não pertence
à burguesia.
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