Luís Alberto Alves
Diz um ditado
popular que o que é ruim poderá ficar pior. Aplico essa máxima à política. Após
analisar a decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo
Lewandowski, de aceitar o destaque na votação de cassação da presidente
afastada Dilma Rousseff, sem retirar seus direitos políticos por oito anos.
Ela poderá voltar a
se candidatar a presidente da República em 2018 ou disputar uma vaga no Senado
ou mesmo ao governo do Rio Grande do Sul. Lewandowski abriu a brecha para
outros políticos corruptos exigirem o mesmo tratamento na Câmara dos Deputados
ou mesmo no Senado.
De quebra,
beneficiou o mafioso Eduardo Cunha (PMDB/RJ), na alça de mira de perder o cargo
e ficar distante das urnas durante oito anos. A resposta veio rápida. Cunha
exigirá o mesmo. Não se conformará de perder a boquinha de bandido de colarinho
branco na Câmara.
Por causa de ações
deste tipo, a política brasileira fica cada vez mais parecida com vaso
sanitário entupido de boteco de esquina nas ruas decadentes das grandes
cidades. Agora a briga recomeça no STF. Ali, esse nó deverá ser desatado, para
restar alguma credibilidade no processo democrático deste país, corrupto deste
a invasão portuguesa em 1500.
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