Luís
Alberto Alves
Parece que a vida
política do canalha Eduardo Cunha chegou ao fim. Considerado o rei da Câmara
dos Deputados, há dois anos tinha cacife até para encostar na parede a então
presidente Dilma Rousseff. Empresários interessados na aprovação de projetos de
leis o tratava igual realeza.
Mas nesta vida nunca
devemos ignorar a poder do tempo. Quem imaginaria que 450 deputados votariam
pela cassação de Cunha? Quem apostasse em algo assim poucos meses atrás seria
considerado maluco. Mas o resultado de ontem (12) revelou que o tempo ainda é
capaz de aprontar surpresas, boas ou ruins.
Agora Cunha cairá
nas mãos do temível juiz Sérgio Moro e corre sério risco de tomar chá de
canequinha e tomar banho gelado num banheiro coletivo. Tem a alternativa de
entrar para o clube dos delatores para ganhar tornozeleira eletrônica e fugir
do inferno da cela fechada.
O que virá pela
frente, ninguém é capaz de prever. Não creio que vá aguentar o sofrimento
sozinho, principalmente o ostracismo, o mal de que todo político corre. Deste
caldo indigesto, é bem provável que um pouco espirrará do caldeirão de maldades
e vai respingar no presidente Michel Temer, comparsa de Eduardo Cunha no PMDB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário