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Cuidado em excesso é prejudicial aos filhos |
Luís Alberto Alves
A atual geração de filhos, com raras exceções,
ainda não aprendeu a sair da barra da saia da mãe e da sombra do pai. A vida
financeira depende do casal, inclusive com dinheiro para as famosas baladas.
Mesmo após os 18 anos, poucos sentem disposição para enfrentar o competitivo
mercado de trabalho. A famosa rotina de cobrança existente em qualquer empresa.
Afinal de contas, capitalismo não é sinônimo de beneficência.
Por causa da atual ditadura do politicamente
correto, vários filhos adolescentes se esquivam de ajudar nos serviços
domésticos. Os meninos fogem da lavagem de calças, moletons, camisetas e
camisas. Após o almoço ou jantar passam longe da cozinha, onde a limpeza da
louça vai estourar nas mãos do pai ou mãe, caso sejam de classe média baixa.
Atentos às novidades tecnológicas, pressionam
os pais para compra de celulares recém-lançados, tablets e outros produtos com
símbolo de modernidade século 21. Para manter o status quo junto aos colegas de
escola ou mesmo da rua, roupas de grife precisam estar presentes no
guarda-roupa, mesmo que seja para usar uma vez. Claro, tudo na conta dos pais.
Chegamos à época em que poucos filhos aprendem
a ouvir não. O mundo deles resume ao sim. Como se a vida e Deus atendesse todos
os nossos pedidos sem qualquer cota de sacrifício. A regra é obter conquistas
sem esforço. Muitos pais, neste processo maluco, passam a viver a vida dos seus
filhos. Sofrem por eles.
Para evitar a decepção de ficar
sem um tênis de marca, se esfolam, estourando limite do cheque especial ou
cartão de crédito, entram em dívidas para manter o capricho do filho. Errado!
Este jovem vai crescer achando que a vida tem o dever de lhe dar tudo, às vezes
num piscar de olhos.
Não é assim. As lutas e os sacrifícios fazem
parte do crescimento. Com eles aprendemos onde pisar fundo ou acelerar.
Passamos a medir as consequências dos nossos atos. A importância de agir em
grupo, deixando o egoísmo de lado. Percebendo que precisamos suar a camisa para
nossas conquistas.
Quando os pais vivem essa etapa
pelos filhos agem como alguém que tentam impedir que a criança saiba a
diferença entre limpeza e sujeira, ruindade e bondade. Apesar de amados, nossos
filhos não podem viver numa redoma de vidro. Precisam e devem aprender o peso
da responsabilidade. O preço de cada objeto. Afinal de contas, quando o
dinheiro não sai do próprio bolso, até injeção na testa é bem-vinda.
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