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A lama invadiu a cidade mineira de Mariana |
Luís
Alberto Alves
A multa de R$ 250 milhões
aplicada à mineradora Samarco, responsabilizada pelo rompimento das duas barragens
na região de Mariana (MG), é pouca. O mar de lama provocou danos materiais,
ambientais e humanos que devem atingir perto de R$ 1 bilhão. O estrago deixou
cerca de 800 mil pessoas sem água em Minas Gerais.
Desde Mariana, onde começou o acidente, até o
Espírito Santo, a lama e rejeitos de mineração já atingiram 14 cidades, além de
desaparecidos e extinção de município, como o de Bento Rodrigues, que após a
tragédia foi banido do mapa.
O mais assustador nesta
história é a fiscalização precária. Como regra brasileira, o estrago só é
reparado depois que aconteceu. Não há prevenção. Funcionários das barragens
provavelmente devem ter observado anormalidade no funcionamento e alertado a
empresa. Mas o aviso deve ter caído no esquecimento.
Como abutres, políticos financiados pela
empresa, que tem entre seus acionistas principais, a gigante Vale, logo
entrarão em campo, para argumentarem que multa tão alta poderá inviabilizar a
mineradora. Mas e os estragos provocados? As vidas perdidas? A destruição das
cidades? A contaminação ambiental? Qual o preço justo deste prejuízo? Só o
futuro dirá!
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