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terça-feira, 15 de abril de 2025

Quando o prazer de comprar vira problema de saúde mental

                               Freepik


Radiografia da Notícia

*Esse é o cenário vivido por quem sofre com o transtorno de compra compulsiva

*Agora imagine essa situação acontecendo com frequência


*Esse distúrbio é caracterizado por um impulso incontrolável de fazer compras


Redação/Hourpress


Você já comprou algo por impulso e, pouco tempo depois, se arrependeu?

Agora imagine essa situação acontecendo com frequência, a ponto de

causar endividamento, ansiedade e sofrimento emocional. Esse é o

cenário vivido por quem sofre com o transtorno de compra compulsiva —

uma condição séria e muitas vezes silenciosa que afeta milhares de

pessoas no Brasil.


Também conhecido como oniomania, esse distúrbio é caracterizado por um

impulso incontrolável de fazer compras, mesmo sem necessidade real.

Mais do que um comportamento impulsivo pontual, trata-se de um padrão

repetitivo que compromete o bem-estar emocional e financeiro.


“A pessoa sente uma euforia momentânea ao comprar, como uma

recompensa. Mas logo depois vem a culpa, o arrependimento e, muitas

vezes, o prejuízo financeiro”, explicou a Dra. Maria Fernanda Caliani,

psiquiatra especializada em saúde mental e comportamento. “Esse ciclo

pode estar ligado a quadros de ansiedade, depressão e baixa

autoestima.”


Quais são os principais sinais de alerta?

De acordo com a especialista, é importante ficar atento a alguns

comportamentos, como:


Comprar para aliviar estresse, tristeza ou ansiedade.


Sentir prazer intenso ao adquirir algo, seguido por culpa ou arrependimento.


Acumular produtos sem uso ou totalmente desnecessários.


Dificuldade em controlar os impulsos de compra, mesmo ciente das consequências.


Endividamento ou problemas financeiros recorrentes.


Dopamina


A resposta está em parte no nosso cérebro. Durante a compra, o

organismo libera dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de

prazer. “Esse mecanismo de recompensa pode se tornar viciante. A

pessoa volta a comprar para reviver aquela sensação boa e aliviar

desconfortos emocionais”, descreveu a Dra. Maria Fernanda.


Mas o cérebro não é o único culpado. O ambiente também exerce grande

influência. “A cultura do consumo nas redes sociais, as promoções

relâmpago e os estímulos constantes dos influenciadores acabam sendo

gatilhos para quem já tem dificuldade de autocontrole”, disse.


Tratamento

Lidar com o transtorno de compra compulsiva é possível, e o primeiro

passo é reconhecer o problema. A psiquiatra recomenda algumas

estratégias:


Buscar autoconhecimento: entender o que desencadeia o impulso de comprar.


Criar barreiras: como evitar salvar dados de cartão ou adotar a regra

das 24 horas antes de finalizar uma compra.


Fazer psicoterapia: especialmente a terapia cognitivo-comportamental

(TCC), que ajuda a modificar padrões de pensamento e comportamento.


Contar com acompanhamento médico: em casos mais graves, pode ser

necessário o uso de medicação.


Adotar hábitos alternativos: substituir o ato de comprar por

atividades que promovam bem-estar, como exercícios físicos, arte ou

meditação.


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