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Veganismo: o que é mito e o que é verdade sobre a prática?

 Radiografia da Notícia No Brasil, 7% da população já se declara vegana ou simpatizante; nutricionista esclarece crenças equivocadas e refor...

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Veganismo: o que é mito e o que é verdade sobre a prática?



 Radiografia da Notícia

No Brasil, 7% da população já se declara vegana ou simpatizante; nutricionista esclarece crenças equivocadas e reforça que uma dieta vegetal bem planejada pode ser completa, acessível e saudável em todas as fases da vida

Redação/Hourpress

Cerca de 7% da população brasileira concorda totalmente ou em parte com a afirmação de que é vegana, segundo levantamento realizado pelo Instituto Datafolha a pedido da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). A mesma pesquisa mostra ainda que 74% dos brasileiros concordam, em algum grau, com a possibilidade de parar de consumir carne, movimento que revela não só maior consciência ambiental e com a causa animal, mas também o crescimento do interesse por estilos alimentares que priorizam vegetais.

 

Apesar do avanço das informações, muitos mitos ainda rondam o veganismo. Para a nutricionista Denise Alves Perez, professora do Centro Universitário UniBH - integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima – boa parte dessas crenças está relacionada à tradição alimentar brasileira, muito sedimentada no consumo de diferentes tipos de carnes, e à ideia — equivocada — de que alimentos de origem animal seriam indispensáveis para a saúde. “Há hábitos muito enraizados e interpretações incorretas que levam as pessoas a acharem que precisam de carnes, ovos ou leite para sobreviver. Mas uma alimentação vegana pode ser muito saudável”, destaca.

 

Segundo a especialista, um dos mitos mais difundidos é o de que quem segue o veganismo não consegue consumir proteínas suficientes. Denise explica que isso não se sustenta — desde que a alimentação seja organizada com disciplina. “Leguminosas como feijão, lentilha, ervilha e principalmente a soja são excelentes fontes proteicas. Portanto, é totalmente possível atingir as necessidades calóricas diárias, que variam conforme peso corporal e nível de atividade física”, diz.

 

A especialista ressalta, porém, que virar vegano não pode ser sinônimo de recorrer a alimentos ultraprocessados vegetais. “Não adianta excluir carne e viver de macarrão instantâneo. O vegano saudável cozinha, planeja e escolhe bem seus alimentos.”

 

Ainda de acordo com Perez, carências de vitamina B12, ferro e cálcio podem ocorrer em uma dieta vegana se não houver acompanhamento profissional. Por isso, exames periódicos e ajustes individuais na alimentação são essenciais. “Cada caso é um caso. Muitos conseguem manter níveis adequados apenas com alimentação; outros precisarão suplementar”, explica.

 

A professora do UniBH também faz questão de pontuar que o veganismo é seguro para qualquer fase da vida, desde que a dieta seja acompanhada por um médico especializado. “Crianças estão em fase de crescimento. Portanto precisam desse acompanhamento. Já as gestantes têm suplementações obrigatórias independentemente do padrão alimentar. Idosos também se beneficiam quando há um cuidado nutricional contínuo”, ressalta Denise.

 

Outra crença infundada sobre o assunto, destacada pela nutricionista, é que veganos têm menos energia ou força. “A proteína vegetal é tão boa quanto a animal. O desempenho físico não está comprometido”, afirma a professora. Em atividades muito intensas, suplementações específicas podem ser consideradas — exatamente como ocorre com praticantes onívoros.

 

Por fim, Alves reforça que, ao contrário do que se imagina, seguir uma dieta vegana pode ser mais econômico do que manter o consumo de carnes e laticínios. “Leguminosas, arroz, cereais, frutas e verduras estão entre os itens mais acessíveis. É possível comer bem e ainda economizar.”

 

O mais importante, segundo Denise, para quem vai iniciar uma alimentação sem qualquer ingrediente de origem animal, é fazer um planejamento alimentar e ter disposição para cozinhar. “Deixar leguminosas de molho, aprender novas receitas e organizar o cardápio semanal são passos essenciais para o sucesso. O vegano precisa estar disposto a se organizar. Cozinhar, aliás, é parte fundamental dessa escolha”, conclui acrescentando que dietas veganas e vegetarianas, quando bem-feitas, oferecem proteção para o coração e ajudam na prevenção de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. “O importante é fazer direito — não ser o ‘vegano do miojo”.

Balanço 3T25: cartões movimentam R$ 1,1 trilhão e aproximação dispara



 Radiografia da Notícia

Pagamento por aproximação cresce 29,3% no período e já representa 73% das compras presenciais com cartões no Brasil

Redação/Hourpress

Os pagamentos com cartões de crédito, débito e pré-pagos movimentaram R$ 1,1

trilhão no terceiro trimestre de 2025, registrando crescimento de 10,5%. O resultado

representa o melhor terceiro trimestre da série histórica, de acordo com balanço da

Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento.


Na comparação entre as modalidades, o destaque ficou, por mais um trimestre, com

o cartão de crédito: R$ 794,7 bilhões, crescimento de 15,2%. O segundo maior

volume transacionado foi com cartão de débito, que movimentou R$ 248 bilhões

(0%). Já o cartão pré-pago somou R$ 98 bilhões (+3,9%).


No caso do cartão de crédito, 57,1% de todo o valor movimentado estão

relacionados a transações à vista, enquanto 42,7% correspondem a compras

parceladas sem juros. Em relação à quantidade de parcelas, a maior parte das

transações a prazo no cartão (64,5%) é feita em até seis vezes sem juros, enquanto

33,6% são de sete a 12 parcelas e apenas 1,9% diz respeito a prazos acima de 12

vezes.


Quantidade de transações


No terceiro trimestre, o uso dos cartões atingiu 12,1 bilhões de transações, valor

5,5% maior em relação ao terceiro trimestre de 2024. Isso significa que os

brasileiros fizeram, em média, 131 milhões de pagamentos por dia.

O cartão de crédito foi a modalidade mais usada, com 5,5 bilhões de transações

(alta de 9,8%), seguido pelo cartão de débito, com 4,2 bilhões (alta de 0,9%), e pelo

cartão pré-pago, com 2,4 bilhões (alta de 4,4%).


Pagamentos por aproximação em alta


Os pagamentos por aproximação via sistema de cartões movimentaram R$ 485,9

bilhões no terceiro trimestre do ano, o que representa um crescimento de 29,3%

em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com dados da Abecs,

em apenas cinco anos, o pagamento por aproximação passou de 3,9% para 72,8%

de representatividade nas compras presenciais com cartões no Brasil, sendo assim

a inovação em meios de pagamento que mais cresceu nos últimos anos. Até o final

de 2026, estima-se que os pagamentos por aproximação correspondam a mais de

80% das transações presenciais.


Gastos no exterior


Entre julho e setembro de 2025, os gastos de brasileiros no exterior, utilizando

cartões como meio de pagamento, totalizaram US$ 4,8 bilhões (R$ 26,3 bilhões),

registrando uma expansão de 16,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Estados Unidos e Europa representaram, juntos, 76,8% do total das despesas no

exterior, somando R$ 20,1 bilhões. Esse valor corresponde a um crescimento de

9,1% em relação ao mesmo período de 2024.


Os demais destinos também apresentaram crescimento: América (sem EUA) com

R$ 3,3 bilhões (+5,9%), Ásia com R$ 1,2 bilhão (+32,8%), Oceania com R$ 1,3

bilhão (+558,4%) e África com R$ 176,2 milhões (+22,7%).

Já os estrangeiros, segundo dados do Banco Central, gastaram US$ 1,3 bilhão (R$

7,2 bilhões) com cartões no Brasil, alta de 5,8% em relação ao mesmo período do

ano anterior.


Compras não presenciais


O uso dos meios eletrônicos de pagamento pela internet e outros canais remotos,

como aplicativos e carteiras digitais, movimentou R$ 292,8 bilhões no terceiro

trimestre, com crescimento de 19,4%. O destaque foi para o cartão de débito, que

tem registrado crescimento acima da média nos últimos anos. A modalidade

continua ganhando cada vez mais espaço nas transações online, com aumento de

26,2% no terceiro trimestre.


Em comparação com o período pré-pandemia, o uso do cartão de débito em

compras não presenciais subiu 471,1% (entre o terceiro trimestre de 2019 e o

terceiro trimestre de 2025), enquanto o cartão de crédito avançou 210,5% no

mesmo período.


Livrarias e profissionais liberais em alta


No terceiro trimestre de 2025, o segmento do varejo que registrou maior

crescimento em valor transacionado com cartões foi o de livraria e afins, com 83,6%

Em segundo lugar aparece o setor de alimentação, com alta de 22,6%, seguido por

eletrônicos e eletrodomésticos, com 21,1%. Roupas, sapatos e acessórios tiveram

alta de 17,6%, e autopeças, 15,1%.

Como fugir das armadilhas da Black Friday

    FreePik


Radiografia da Notícia

Manipulação de preços, venda casada, sites falsos e taxas indevidas estão entre os principais perigos da data


Redação/Hourpress

 

A edição deste ano da Black Friday deve movimentar R$15 bilhões, segundo pesquisa do instituto Datafolha encomendada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Cerca de 42% dos consumidores brasileiros devem realizar compras de produtos ou serviços na ocasião dos descontos sazonais. O gasto médio previsto para essas compras é de R$ 1422 por consumidor, que tende a preferir o cartão de crédito.
 

Além de se consolidar com uma das datas de maior volume de compras do ano, a temporada de descontos também acende um alerta para armadilhas, envolvendo os descontos, taxas abusivas e golpes, principalmente para os consumidores mais vulneráveis a decisões impulsivas.


Segundo Fernando Sette Junior, economista e professor dos cursos de Gestão e Negócios do Centro Universitário UniBH - integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima - o ambiente criado pelas empresas nessa época é estrategicamente planejado para estimular decisões rápidas, nem sempre racionais. “A combinação de aparente escassez, urgência artificial e anúncios agressivos ativa mecanismos emocionais que fazem o consumidor sentir que está diante de uma oportunidade imperdível”, explica. A isso se soma um “desejo reprimido” acumulado ao longo do ano e o fácil acesso ao crédito, que ampliam a sensação de permissão para gastar — muitas vezes mais do que o orçamento permite.
 

Dobro


Entre as práticas mais comuns – para as quais o consumidor deve se atentar - está a manipulação de preços, a famosa “metade do dobro”. Segundo Sette, um sinal claro de fraude é quando o preço de referência do produto aumenta dias antes, apenas para ser reduzido novamente no dia da promoção. Descontos muito superiores à média do mercado, especialmente quando concentrados em apenas um site, também merecem desconfiança.
 

Para escapar das armadilhas, o professor recomenda acompanhar o histórico de preços com antecedência e definir um preço-alvo. “Monitorar valores por semanas ou meses permite identificar rapidamente se a promoção da Black Friday é real ou apenas maquiagem”, afirmou.
 

Ainda segundo o economista, a temporada também atrai criminosos que se aproveitam da pressa do consumidor. Sites falsos que imitam grandes varejistas, perfis fraudulentos nas redes sociais, links de phishing e QR Codes maliciosos estão entre os golpes mais frequentes. “Antes de finalizar uma compra, é fundamental verificar cuidadosamente o endereço do site, checar o CNPJ, consultar avaliações e confirmar a existência de canais de atendimento reais”. Em promoções muito discrepantes, diz Sette, o melhor é desconfiar.
 

O professor também alerta para a importância de cartão virtual, senhas fortes, autenticação em duas etapas e evitar compras em redes Wi-Fi públicas. “Essas medidas reduzem drasticamente o risco de roubo de dados financeiros”, reforçou.


Abusiva
 

Outro ponto de atenção são cobranças acrescentadas no final do processo de compra, sem aviso prévio ou justificativa. Embora taxas como frete e serviços adicionais solicitados pelo cliente possam ser cobradas, valores não destacados claramente configuram prática abusiva.
 

Situações de venda casada também aumentam na Black Friday. Garantias estendidas oferecidas como obrigatórias ou pacotes que impedem a compra do item principal pelo preço anunciado são exemplos comuns. “Se não for possível adquirir o produto sem os adicionais, trata-se de irregularidade prevista pelo Código de Defesa do Consumidor”, alerta o docente do UniBH.

O que fazer em caso de cobrança incorreta?

Se o consumidor perceber taxas indevidas ou valores diferentes do anunciado, deve guardar todos os registros, como prints, e-mails, notas fiscais e comprovantes de pagamento. Com as provas em mãos, o primeiro passo é contatar a loja; se o problema persistir, é possível solicitar chargeback ao banco ou recorrer ao Procon. Em cobranças indevidas sem engano justificável, a lei prevê devolução em dobro. “Os direitos do consumidor durante a Black Friday são os mesmos de qualquer período do ano. Compras online contam com direito de arrependimento de sete dias, e lojas físicas que oferecem política de troca devem cumpri-la mesmo para itens promocionais”, explicou Fernando.
 

Por fim, o especialista reforça que para aproveitar a data sem comprometer o orçamento, é importante ter objetivos claros, lista definida e limite máximo de gasto. “Em um cenário econômico ainda marcado por juros altos, o consumidor deve evitar parcelamentos longos, que reduzem a margem de segurança financeira. O cartão de crédito não pode ser tratado como extensão da renda”, alerta acrescentando que o segredo é transformar a Black Friday em uma oportunidade — e não em um risco: “Quem compra de forma estratégica, informada e planejada faz bons negócios. Já quem age pela emoção acaba pagando caro por um desconto que não existia”.


Dezembro ganha força como mês-chave para contratações

    EBC


Radiografia da Notícia

Embora falte pouco mais de um mês para 2026, pesquisa aponta que mais da metade das companhias pretende ampliar o time ainda este ano

Redação/Hourpress

Enquanto muitas pessoas contam os dias para desacelerar, o mercado de trabalho brasileiro segue em movimento e rápido. A Pesquisa de Expectativa de Emprego do ManpowerGroup aponta que 53% das empresas planejam contratar no último trimestre do ano, desafiando a ideia de que está é uma época de pausa para o RH.
 

“A corrida por novos profissionais nesta reta final de 2025 é um reflexo direto de um cenário mais competitivo e de um planejamento corporativo que não pode esperar até janeiro. Se antes dezembro era sinônimo de processos seletivos esvaziados, hoje ele se tornou uma oportunidade estratégica para garantir que equipes comecem o próximo ciclo completas, produtivas e sem gargalos de última hora”, destacou Christian Pedrosa, fundador e CEO da DigAÍ.

As empresas buscam cada vez mais reduzir o “apagão de talento” do início do ano, quando a concorrência pelos melhores candidatos aumenta, o volume de demandas retorna com força e o tempo de contratação se estende, muitas vezes atrasando metas do primeiro trimestre. Contratar agora significa virar o ano pronto para executar.


Hábil

 

Um fator determinante para que haja tempo hábil é a tecnologia. Plataformas de recrutamento baseadas em inteligência artificial tornaram possível realizar triagens, avaliações e entrevistas em larga escala com mais agilidade, precisão e menor custo, mesmo em períodos tradicionalmente mais atribulados, como o fim do ano.

E se é para facilitar, hoje já dá até para entrevistar candidatos pelo WhatsApp; é o propõe a DigAÍ, que conduz entrevistas em texto e áudio, analisa respostas e gera insights e rankings automáticos para recrutadores, além de oferecer feedback instantâneo aos candidatos. A empresa também desenvolve soluções voltadas à gestão de pessoas, relacionamento com clientes e operações internas.

 

Com o suporte dessas tecnologias, empresas conseguem manter os processos ativos mesmo em períodos menos convencionais, o que pode ser uma vantagem e tanto. Dezembro costuma trazer um perfil de candidatura muito valioso, com profissionais que estão repensando a carreira, dispostos a mudanças e atentos às oportunidades que surgem quando a concorrência diminui.

“O movimento de antecipar as seleções demonstra maturidade de gestão, visão estratégica e a compreensão de que equipes bem estruturadas são o maior impulsionador de resultados, sobretudo no primeiro trimestre, período crítico para metas, lançamentos e consolidação de projetos”, finalizou Pedrosa.

 

Mau uso de produtos de beleza causa doenças nos olhos

    Divulgação


Radiografia da Notícia

Saiba como evitar alergia, irritação, conjuntivite, danos às glândulas lacrimais e outras doenças causadas por produtos de beleza

Redação/Hourpress

Usar maquiagem, produtos para cabelo e pele faz parte do dia a dia da maioria das mulheres, mas é preciso ter cuidado na escolha, uso e manutenção dos produtos. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier e autor de dois estudos sobre os danos causados aos olhos pelo mau uso de cosméticos, não é só a maquiagem que pode comprometer a visão.


O especialista ressalta que uma das substâncias mais prejudiciais aos olhos é o formol. Por isso, economizar na escova progressiva feita com produtos que contêm esta substância pode sair caro. Os danos vão muito além do lacrimejamento e irritação ocular passageira, afirmou.


 Dependendo da concentração e frequência da exposição o risco de opacificação do cristalino e formação da catarata pode aumentar em até 60%. Isso porque, explica, o vapor tem o mesmo efeito da radiação ultravioleta conforme um estudo publicado no Japão. Por isso, a longo prazo, outro problema da exposição ao formol é o maior risco de câncer de pele. 


O médico alerta que a substância é utilizada como conservante de outros produtos de beleza. Pode aparecer nas fórmulas com outras denominações. As principais são: óxido de metileno ou oximetileno, metanal, oximetano, formalina, metil aldeído, aldeído fórmico e metileno glicol.


Riscos da maquiagem


Queiroz Neto afirma que embora muitas maquiagens sejam seguras, o mau uso causa desconforto nos olhos de 15% das brasileiras que se maquiam regularmente. Os problemas mais comuns, são olho seco, vermelhidão. alergia, conjuntivite e blefarite (inflamação nas pálpebras). O médico recomenda consultar um oftalmologista em caso de visão embaçada, inchaço nas pálpebras, coceira, secreção, sensação de areia nos olhos ou aversão à luz. Ele ressalta que as mulheres devem tomar cuidado na seleção, aplicação e remoção do make-up. Os erros mais comuns, comenta, são o armazenamento inadequado, uso de produtos vencidos e o compartilhamento.


Aplicação segura


"Usar lápis ou delineador na borda interna das pálpebras facilita a penetração no olho. Pode resultar em um desequilíbrio do PH da lágrima e desencadear olho seco, alergia, conjuntivite tóxica ou blefarite acompanhada de terçol", afirma. Quem usa lente de contato deve tomar cuidado redobrado e colocar antes da maquiagem para evitar a penetração de resíduos entre a lente e a córnea.


Compartilhar com amigas ou testar produtos no mostruário das lojas é outro hábito perigoso. Isso porque, cada pessoa tem uma flora bacteriana nos olhos e o uso em comum pode causar conjuntivite viral ou bacteriana.


Remoção


O especialista ensina retirar as lentes de contato antes de dormir e remover toda a maquiagem sem friccionar a córnea para que pode tomar um formato irregular e causar astigmatismo, erro de refração que torna a visão desfocada para todas as distâncias. Os demaquilantes, explica, devem ser aplicados com movimentos suaves e retirados completamente para que resíduos de cremes e maquiagem não penetrem nos olhos. Independentemente do tipo de pele, as bordas doas pálpebras devem ser higienizada com xampu infantil para não irrita os olhos e garantir a integridade das glândulas lacrimais.


Como identificar produtos vencidos


O oftalmologista afirma que alteração na cor, cheiro ou textura da maquiagem e outros cosméticos indica produto vencido, mesmo quando o prazo de validade ainda não expirou. Para conservar os produtos de beleza por mais tempo recomenda não compartilhar com as amigas, lavar esponjas e pincéis, armazenar em locais limpos, secos e ventilados.

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Gravidez na adolescência deve ser debatida nas igrejas, diz ministro

    Pixabay


Radiografia da Notícia

No Brasil, 12% dos nascidos vivos têm mães adolescentes

Agência Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou, nesta terça-feira (21), que não é possível reduzir a desigualdade no Brasil e na América Latina sem reduzir os casos de gravidez na adolescência. Para ele, é preciso colocar esse tema no mais alto nível de discussão política e também levantar o debate nas escolas e nos espaços religiosos.

“Não tem como enfrentar esse tema sem promover um profundo diálogo com as lideranças religiosas que estão em nossos territórios”, disse Padilha durante evento promovido pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), em Brasília.

De acordo com ele, o Ministério da Saúde está trabalhando na reorganização da atenção primária, para que os profissionais saiam da estrutura da Unidade Básica de Saúde (UBS) para conhecer os territórios onde atuam. Segundo o ministro, essa organização do serviço ficou prejudicada após a pandemia de covid-19.

Brasília (DF), 30/09/2025 – O ministro Alexandre Padilha (Saúde), durante entrevista para falar sobre os casos de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, agora concentradas no estado de São Paulo, devem transcender os limites do estado.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que não é possível reduzir a desigualdade no Brasil e na América Latina sem reduzir os casos de gravidez na adolescência. Foto: José Cruz/Arquivo Agência Brasil

“Não tem como enfrentar a gravidez na adolescência no Brasil se a gente não conseguir entrar nas igrejas que estão nos nossos territórios, sobretudo aquelas que tentam esconder o protagonismo, o papel e a importância das mulheres”, disse.

“Os principais espaços de convivência e, talvez, de acolhimento das comunidades onde estão as populações mais vulneráveis são os espaços das igrejas, nas mais variadas denominações e matrizes religiosas”, afirmou, ao acrescentar, da mesma forma, a importância da discussão do tema da gravidez na adolescência nas escolas.

O evento Futuro Sustentável – Prevenção da Gravidez na Adolescência na América Latina e Caribe é um encontro regional que reúne governos, organismos internacionais e especialistas para fortalecer a cooperação e as políticas públicas voltadas à redução da gravidez na adolescência.

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Segundo a UNFPA, as taxas de gravidez na adolescência têm caído na América Latina e o Caribe, mas a região ainda apresenta a segunda taxa de fecundidade adolescente mais alta do mundo, atrás apenas da África Subsaariana. A cada 20 segundos, uma adolescente se torna mãe na região — cerca de 1,6 milhão de nascimentos por ano.

O órgão das Nações Unidas reforça ainda que a gravidez na adolescência está fortemente associada à pobreza, evasão escolar e desigualdade de gênero. No Brasil, 12% dos nascidos vivos têm mães adolescentes.

“Não se pode falar em gravidez desejada ou planejada na adolescência. É, no limite, algo que aconteceu por não ter tido acesso às tecnologias, à informação e, muitas vezes, não ter tido acesso a direitos básicos, que é o da proteção do próprio corpo, da proteção contra a violência, que é, muitas vezes, o principal motivo dessa gravidez na adolescência”, reforçou o ministro Alexandre Padilha, citando os impactos que isso traz para a vida da mulher e também dos filhos, como econômicos, educacionais, da dignidade de moradia e acesso à cultura e lazer.

Para Padilha, o tema deve estar no nível mais alto dos espaços governamentais e da sociedade pois, em geral, os adolescentes não tem espaço para pressionar a sociedade sobre suas demandas.

“Às vezes, outros temas das mulheres chegam pela força do movimento, pela pauta, pela história [...]. [Os temas da adolescência] não chegam porque, às vezes, não interessa a toda a indústria farmacêutica, como a saúde da mulher, como o tema do câncer, do câncer de mama, de tecnologias que significam alto custo”, disse.

Ainda segundo ele, o tema será pautado pelo Brasil na reunião dos ministros do Mercosul. Neste semestre, o governo brasileiro está na presidência do bloco sul-americano.

Acesso facilitado

Entre outros temas debatidos no evento, Padilha comentou sobre a importância de reorganizar as tecnologias assistenciais para criar espaços seguros de escuta e promover o acesso à saúde aos adolescentes. No Brasil, ele destacou a iniciativa da caderneta digital do adolescente e a incorporação do implante contraceptivo popularmente conhecido como Implanon pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Achar que a gente vai atingir essas pessoas na nossa forma tradicional de organizar os serviços de saúde é não reconhecer que a gente está em um século absolutamente diferente, sobretudo essa geração que está muito à frente de cada um de nós”, disse.

O ministro contou que, em projeto piloto, foi identificado que o Implanon é a melhor tecnologia para a população adolescente. Para isso, o ministério está trabalhando para garantir o acesso mais amplo possível, inclusive para que enfermeiros possam fazer o procedimento na atenção primária.

Para Padilha, é possível pensar em programas para a América Latina, de transferência de tecnologia e assistência técnica, para que haja uma oferta sustentável e acessível aos programas de saúde de todos os países, como foi com a cooperação em vacinação.

“Toda vez que a América Latina se reúne e na nossa diversidade encontra aquilo que nós temos em comum, nós conseguimos construir políticas públicas mais fortes e que mudam com mais força e rapidez a realidade da nossa região”, afirmou o ministro.


PF faz operação contra importação clandestina de remédio emagrecedor

 Radiografia da Notícia

Caso envolve servidor da Anvisa que desviou fármacos apreendidos

Agência Brasil

Agentes da Polícia Federal realizaram nesta terça-feira (21) uma operação contra a importação e a receptação de remédios para emagrecer de procedência desconhecida que eram usados em clínicas médicas.

Os policiais federais cumpriram três mandados de busca e apreensão em uma clínica médica e residências de investigados, localizadas nas cidades do Rio de Janeiro e São Gonçalo, na região metropolitana da capital fluminense.

As investigações tiveram como ponto de partida a prisão de um servidor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que havia furtado cerca de 100 canetas emagrecedoras apreendidas pela agência reguladora, que colabora com a PF no inquérito.

A Polícia Federal identificou aumento expressivo de apreensões de remédios para emagrecimento na fiscalização aeroportuária. Importados clandestinamente, esses fármacos são desviados para comercialização em clínicas médicas. 

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A importação clandestina de remédios desse tipo representa um risco para a saúde pública, porque é impossível verificar sua real procedência e garantir procedimentos regulares de armazenamento e transporte.

Os investigados vão responder pelos crimes de Importação e venda de medicamento de procedência ignorada, bem como receptação qualificada.

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Projeto mira saúde financeira de 2 milhões de brasileiros que moram nos EUA

   Pixabay


Radiografia da Notícia

A motivação do novo canal surge da experiência pessoal de Wicz

Redação/Hourpress

Após um ano vivendo nos Estados Unidos e a conquista do green card, o economista Charles Wicz (conhecido por milhões de brasileiros como o Economista Sincero) acaba de anunciar seu novo projeto com foco internacional: o canal “América Sem Enrolação. Reconhecido por diversas vezes como Top Influencer ANBIMA, Wicz, que acumula mais de 1,4 milhão de inscritos em seu canal principal no YouTube, agora mira a saúde da vida financeira dos mais de 2 milhões de brasileiros que residem em solo norte-americano.

 

A motivação do novo canal surge da experiência pessoal de Wicz. "Quando cheguei, percebi como é difícil entender o sistema americano: construir crédito, escolher cartões, investir, lidar com seguros e impostos. Eu vivi tudo isso na pele". Essa imersão, que incluiu a cobertura das eleições americanas em Washington, levou o economista a transformar seus próprios desafios em conteúdo prático, profundo e acessível para a comunidade imigrante.

 

O “América Sem Enrolação” nasce com a proposta de ser uma ponte entre o conhecimento técnico e a experiência de vida, com vídeos mensais a partir de outubro. O projeto irá conectar especialistas e brasileiros que vivem nos EUA, trazendo análises aprofundadas e suporte em áreas cruciais para o imigrante, como finanças, imigração, contabilidade, crédito e seguros.


Rede

 

"É por isso que esse projeto é diferente, porque vem de quem passou pelos mesmos caminhos e entende as dores reais do brasileiro aqui. A meta é clara, ajudar brasileiros a prosperar financeiramente em dólar e conquistar estabilidade e liberdade na América, sem jargões ou enrolação", afirmou Wicz.

 

Além do conteúdo em vídeo, Wicz e sua equipe iniciarão uma rede de serviços financeiros voltada à comunidade brasileira nos EUA. O objetivo é oferecer orientação transparente, confiável e ética, combatendo a desconfiança que muitos imigrantes têm de serem enganados. "Muitos brasileiros que chegam aqui têm medo de pedir ajuda porque já ouviram histórias de golpes. A gente quer mudar isso", explica o economista, ressaltando que o suporte virá de profissionais que vivem nos EUA e têm conhecimento real do mercado local.

 

O lançamento marca o início de uma nova fase na trajetória de Charles Wicz, agora com um olhar internacional e a credibilidade de quem construiu uma das maiores audiências de finanças do país.

Comissão aprova projeto que obriga plano de saúde a cobrir cirurgia de redução de mama

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Adultização infantil prejudica desenvolvimento emocional

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Radiografia da Notícia

Comportamento também pode desencadear consequências biológicas e sociais que só aparecem na adolescência ou vida adulta 

Redação/Hourpress

Fenômeno que ocorre quando crianças e adolescentes são expostos a comportamentos e responsabilidades típicas do mundo adulto, muitas vezes de forma precoce e inapropriada para a faixa etária, a adultização infantil tem preocupado especialistas.
 

O termo ganhou força, recentemente, após o influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, publicar um vídeo - atualmente com 50 milhões de visualizações - em que denuncia produtores de conteúdo que exploram crianças e adolescentes nas redes sociais, além de cobrar as plataformas que monetizam este tipo de conteúdo.
 

Para a psicóloga Camila Grasseli, professora do Centro Universitário UniBH –integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima - o problema vai muito além da sexualização precoce. “Usamos o termo adultização para falar das crianças que estão rompendo etapas. Muitas vezes, isso aparece nas roupas, calçados, no uso de maquiagem pelas meninas, mas também no abandono progressivo do brincar”, afirmou.


Adulto


Segundo Camila, comportamentos que parecem inofensivos — como colocar uma filha de 11 anos para cuidar dos irmãos ou buscar sozinha encomendas dos pais na portaria do prédio — podem ser os primeiros sinais de uma inversão perigosa de papéis. “Muitos responsáveis incentivam esses atos sem perceber. Os pais acham que estão promovendo autonomia, mas, quando colocam uma criança de oito anos para realizar tarefas sozinha ou deixam um pré-adolescente assumir cuidados que caberiam a um adulto, isso pode marcar o início da adultização.”
 

A especialista lembra ainda que a infância é um período essencial para o desenvolvimento emocional, social e ético do indivíduo. “É na infância que a criança vive, de forma lúdica, aquilo que encontrará no mundo adulto. Ela precisa desse tempo e dessa fase para entender o que é certo, errado, ético e moral”, pontua.

 

Consequências emocionais 

 

Quando expostas precocemente a experiências e símbolos adultos, as crianças, segundo Grasseli, não têm maturidade neurológica para lidar com as consequências. “O cérebro é o último órgão a amadurecer e só completa esse processo por volta dos 20 anos. Se ofereço vivências adultas a alguém com 12, estou impondo algo biologicamente impossível”, explicou.
 

A sexualização precoce, conforme aponta a professora do UniBH, é o extremo mais grave. Camila destaca que a exposição a conteúdos e comportamentos adultos pode resultar, mais tarde, na interpretação dessas vivências como abusivas, agressivas ou traumáticas. Ela cita ainda impactos físicos: “Estamos observando, geração após geração, a antecipação da menstruação em meninas, às vezes aos nove anos. O corpo passa a responder a estímulos que vêm dessas experiências adultizadas”, disse.
 

Grasseli também chama atenção para o uso indiscriminado das redes sociais como um dos principais vetores da adultização. “As crianças foram retiradas do convívio com colegas da mesma faixa etária e passaram a se relacionar com as imagens das redes. Esses conteúdos estão ligados ao consumo, muitas vezes ao consumo adulto. A indústria, por sua vez, acompanha o movimento e cria versões adultas de roupas, maquiagens e acessórios voltados ao público infantil. Sem regulamentação e proteção, essas crianças ficam completamente vulneráveis.”

 

Alerta 

 

Embora muitas crianças achem “legal” se parecerem com adultos, o impacto emocional do comportamento ‘adultizado’ pode surgir em forma de irritabilidade, agressividade, insônia ou depressão. Nesses casos, pode haver necessidade de psicoterapia, acompanhamento médico e, em alguns quadros, intervenção psiquiátrica. “A criança raramente vai dizer que está sofrendo. Ela gosta da sensação de parecer adulta, mas não está pronta para lidar com as responsabilidades ou consequências”, advertiu a psicóloga.
 

Camila Grasseli afirma que, ao identificar sinais de adultização, é possível reverter o quadro — mas os adultos precisam assumir seu papel. “Nem sempre o que deve ser feito será bem recebido pela criança, mas é necessário.”
 

De acordo com a psicóloga, cabe aos pais oferecer limites, acolhimento e, principalmente, suporte educacional. “Infância não é um ensaio para a vida adulta. É uma fase que precisa ser protegida e conduzida com presença, escuta e responsabilidade. Quando pulamos etapas do desenvolvimento, a criança pode até parecer madura, mas, por dentro, ela ainda não dispõe dos recursos emocionais necessários para sustentar esse papel. Isso gera sofrimento e impactos que muitas vezes só aparecem anos depois”.

 

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Medida provisória amplia oferta de gás de cozinha para famílias de baixa renda

    Joel Rodrigues


Radiografia da Notícia

* Estimativa do governo federal é beneficiar 50 milhões de pessoas com o programa Gás do Povo, que substituirá o Auxílio Gás

Redação/Hourpress/Agência Câmara

A Medida Provisória 1313/25 cria o programa Gás do Povo, para ampliar a oferta de gás de cozinha a famílias de baixa renda. A estimativa do governo federal é beneficiar 50 milhões de pessoas, aproximadamente 15,5 milhões de residências, o triplo do antigo programa, o Auxílio Gás.

O benefício contemplará as famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para quem recebe o Bolsa Família (renda per capita de até R$ 218). Quem hoje recebe o Auxílio Gás continuará recebendo o valor do benefício enquanto a migração de um programa para o outro estiver em andamento.

Uma das novidades do Gás do Povo é a possibilidade de retirada gratuita do botijão de GLP (gás liquefeito de petróleo) diretamente nos revendedores credenciados. No modelo anterior, o benefício era pago em dinheiro.

O Gás do Povo também mantém a possibilidade de repasse em dinheiro, com valores correspondentes a, no mínimo, 50% sobre o preço médio do botijão, mas os beneficiados só poderão escolher uma das modalidades.

Número de botijões
Na modalidade de retirada direta, o número de botijões disponíveis variará conforme a quantidade de pessoas por família beneficiada:

  • famílias com dois integrantes receberão até três botijões por ano;
  • com três integrantes, quatro botijões por ano; e
  • famílias com quatro ou mais integrantes, até seis botijões por ano.

O acesso ao botijão não será cumulativo entre períodos sucessivos e terá validade máxima de seis meses.

A expectativa é que sejam distribuídos, no total, 65 milhões de botijões por ano.

Investimento
O investimento do governo federal para a implementação do Gás do Povo será de R$ 3,57 bilhões em 2025 (já previstos na
Lei Orçamentária Anual – LOA); e de R$ 5,1 bilhões para 2026.

Tramitação
A MP já está em vigor, mas precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal para virar lei.


Profissionais de TI no Brasil são os que menos acreditam que a IA afetará seus planos de carreira

    Pixabay


Radiografia da Noticia

* Mas há uma preocupação emergente e que vem ganhando espaço

Redação/Hourpress


O avanço da utilização da inteligência artificial nas companhias está redefinindo as dinâmicas de trabalho. Enquanto muitas empresas ainda resistem em investir em ferramentas e capacitação em IA, profissionais já estão adotando essas soluções por conta própria. Há funcionários empregando a ferramenta para automação de tarefas rotineiras, resolução criativa de problemas ou como garantia de qualidade na entrega de demandas.
 

Mas há uma preocupação emergente e que vem ganhando espaço nas discussões entre os profissionais de TI: Como a inteligência artificial afetará os planos de carreira a longo prazo?
 

O estudo global Talent Trends Tech 2025, da Michael Page, uma das maiores consultorias especializadas em recrutamento de média e alta gerência, parte do PageGroup, revela que a preocupação dos especialistas em tecnologia do Brasil com sua jornada profissional é menor que a de outros países. Segundo o levantamento, 54% dos respondentes acreditam que o crescimento da IA no ambiente de trabalho irá afetar seus planos de carreira a longo prazo. O percentual reportado é menor do que a média global (63%) e da América Latina (64%).


Mundo
 

A pesquisa também mostra que 74% dos profissionais brasileiros não percebem o uso da inteligência artificial como uma ameaça a segurança no emprego a longo prazo. O número é superior ao dado da América Latina (73%) e do mundo (60%).
 

“A inteligência artificial está transformando rapidamente as funções e demandas do setor de tecnologia. Ela não está apenas substituindo tarefas, também redefinindo papeis e destacando habilidades humanas antes não percebidas”, analisou Juliana França, gerente executiva da Michael Page.
 

Segundo a executiva, as empresas devem investir cada vez mais em ferramentas e capacitação em IA. “Mostrar como a inteligência artificial e a automação serão integradas ao trabalho, e como os colaboradores serão apoiados para se desenvolver, é um grande diferencial competitivo. Os profissionais de TI esperam que as companhias invistam no treinamento contínuo e na implementação inteligente de IA”, disse.

 

Profissionais 
 

Os especialistas em tecnologia no Brasil também afirmam que utilizam inteligência artificial no trabalho. A maioria dos profissionais usam IA em suas funções atuais (68%). O índice é superior ao mesmo percentual (60%) verificado na América do Sul e no mundo.
 

Em questão a frequência de uso, 42% afirmam que utilizam a ferramenta pelo menos uma vez por dia. Entretanto, o número é inferior ao registrado no mundo (44%) e na América Latina (43%).
 

“Embora a inteligência artificial esteja ganhando espaço como recurso indispensável nas empresas, ainda existem dúvidas sobre sua aplicação prática e sobre a capacitação das equipes. Para explorar ao máximo seus benefícios, é fundamental que as empresas estabeleçam diretrizes claras para que a IA seja um reforço aos profissionais, e não um substituto. Nesse cenário as empresas precisam dar o suporte certo para conduzir a jornada de transformação digital”, explicou Juliana França, da Michael Page.

 

Empresas
 

Quando questionados se as empresas que atuam recomendam o uso de inteligência artificial, 53% dos respondentes disseram que as companhias fornecem a utilização de ferramentas de IA. O índice é superior ao dado da América do Sul (51%) e inferior ao índice global (68%).
 

Talent Trends Tech 2025 é um dos levantamentos mais abrangentes sobre o mercado de trabalho global de tecnologia, conduzido entre novembro e dezembro de 2024, em 36 países. Ele conta com a participação de cerca de 5 mil profissionais e líderes de tecnologia no mundo. O objetivo do estudo é oferecer uma perspectiva dupla dos desafios atuais e como transformá-los em ações concretas ao longo de 2025.

Desde 2023, mais de 14 milhões de pessoas saíram da pobreza no Brasil

    Pixabay


Radiografia da Notícia

Número de famílias com ganhos mensais de até R$ 218 por pessoa caiu 25% em dois anos, como aponta estudo do MDS baseado nos dados do Cadastro Único

Redação/Hourpress

Em dois anos, o número de famílias em situação de pobreza no Cadastro Único caiu 25%. Eram 26,1 milhões de domicílios nesta situação em maio de 2023 e 19,56 milhões em julho de 2025. Isso significa que 6,55 milhões de famílias aumentaram o patamar de renda no Brasil acima de R$ 218 mensais por pessoa, no período. Se for considerado o número de indivíduos, 14,17 milhões de pessoas melhoraram de vida.
 

"A prioridade do governo do presidente Lula é tirar as pessoas da fome e da pobreza. A renda é um componente fundamental para as pessoas terem acesso aos alimentos e o resultado é que, combinando desenvolvimento econômico e social, tiramos o Brasil do Mapa da Fome e as pessoas estão saindo da pobreza, seja pelo trabalho ou pelo empreendedorismo", analisou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
 

Os dados foram extraídos do Monitora MDS, ferramenta que traz informações sobre objetivos, metas e resultados alcançados das políticas públicas sociais. O estudo conduzido pela Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad), ainda revelou aumento de renda no extrato superior ao da situação de pobreza.


Melhor
 

Para o secretário de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Rafael Osório, as reduções refletem os avanços dos programas sociais, a melhora no mercado de trabalho e, também, o processo de qualificação do Cadastro Único, que passou a incorporar automaticamente dados sobre a renda formal dos trabalhadores.

“Com a integração das informações com outras bases de dados, já disponíveis ao poder público, reduzimos a dependência da autodeclaração. Este avanço, diminui o esforço das famílias, alivia a carga sobre os municípios na atualização cadastral e qualifica as informações utilizadas pelos programas sociais, contribuindo para uma melhor focalização das políticas públicas”, explicou Rafael Osório.
 

O levantamento mostra uma tendência estável de mudança de faixa de renda para cima. Desde agosto de 2024, as taxas de saída da pobreza e da baixa renda estão em um patamar em torno de 4% e 6%, respectivamente. Atualmente, o Cadastro Único registra 41,6 milhões de famílias, ou 95,3 milhões de pessoas.
 

Unipessoais
 

A mesma tendência geral é percebida entre as famílias unipessoais (com um único indivíduo) de baixa renda. De março de 2023 a julho de 2025, houve uma queda de 39% no registro destas famílias com até meio salário mínimo de renda mensal per capita. Passou de 9,92 milhões para 6,04 milhões. No Bolsa Família, os unipessoais caíram 29%, de 5,49 milhões, para 3,87 milhões.
 

Entre janeiro e julho de 2025, a proporção nacional de inclusão e atualização com entrevista domiciliar saltou de 11,5% para 40,2%, impulsionada pela aplicação da Lei nº 15.077, de dezembro de 2024, que passou a exigir a realização de entrevista domiciliar para o ingresso de famílias unipessoais no Bolsa Família e no BPC, com exceção de indígenas, quilombolas e população em situação de rua.
 

Houve avanços na maioria dos estados, sendo que alguns multiplicaram entre quatro e sete vezes a proporção de novos cadastros e atualizações domiciliares.
 

Faixas de renda
 

As famílias são identificadas no Cadastro Único em três grupos de renda mensal por pessoa: em situação de pobreza (de R$ 0 a R$ 218); em situação de baixa renda (entre R$ 218,01 e meio salário mínimo); e com renda acima de meio salário mínimo.
 

A renda familiar mensal por pessoa é calculada dividindo a renda mensal total da família (soma das rendas individuais) pelo número de pessoas que compõem a família. A renda individual considera o menor valor entre a renda de trabalho do último mês e a média do valor recebido pelo trabalho nos últimos 12 meses, somada a outras rendas (como BPC, aposentadoria, pensão alimentícia e doações).