Luís
Alberto Alves
Na época de frio, é
quando constatamos o quanto nossa sociedade é hipócrita. Derramam palavras de autoajuda
nas redes sociais, mas vira as costas aos necessitados, aos que foram
abandonados ou desistiram da vida. Pelas ruas e avenidas não é novidade
encontrar mendigos, tremendo de frio ou enrolados em trapos.
Neste momento, é
preciso olhar para os nossos guarda roupas e tirar de lá as peças que não
usamos mais, apesar do bom estado. Muitos preferem deixa-las virar refeição de
traças. Não aceitam entregar aos necessitados. Quanto mais ricos, maior é a
avareza.
Devemos ser
solidários. Ninguém é dono do futuro. Hoje está por cima da carne seca e
amanhã? Na década de 1950, só malucos poderiam prever a decadência do império
Matarazzo no final dos anos de 1970, assim como de outras famílias bilionárias,
que hoje só figuram nos livros de história.
Para os arrogantes,
o negócio é fechar os olhos, boca e ouvidos, sem qualquer interesse pela dor
alheia. Só vale sua casa cheia de comida, roupa e todo luxo que o dinheiro pode
comprar. O miserável, na triste visão dessa parcela da sociedade, aguente o
impacto e barulho do rojão que soltou.
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