Luís
Alberto Alves
O acidente com
ônibus da União Litoral anteontem (8/6) na Rodovia Mogi/Bertioga, entre as cidades de
Biritiba-Mirim e Bertioga, SP, mostra que está podre a frota de ônibus
fretados. A maioria, caindo aos pedaços, carece de revisão mecânica. Pior:
parte desses veículos fica nas mãos de motoristas sem qualquer noção de
responsabilidade e de direção defensiva.
Ao ler o depoimento
de uma testemunha que presenciou o acidente, e quase teve o carro jogado fora
da estrada, na descida da serra, é visível perceber que o ônibus estava acima
da velocidade. Não precisa ser experiente para saber que ninguém desce trecho
de serra acima de 40 km/h.
Agora, as
autoridades de trânsito vão realizar blitz nestas empresas para tentar explicar
à população que fazem algo de bom. Encenação. Por que não fizeram antes? É mais
fácil fechar a porta com os cacos que restaram da madeira. Assim é que funciona
o Brasil. Ninguém toma qualquer atitude antes de ocorrer a tragédia.
Numa viagem ao Rio
de Janeiro em 2015, um ônibus da empresa 1001 fez em 50 minutos o trajeto entre
o terminal rodoviário do Tietê, na capital paulista, e São José dos Campos.
Sentando na poltrona próximo à janela, via as ultrapassagens, algumas delas até
pelo acostamento. Felizmente na parada antes da Serra das Araras, avisei ao
irresponsável que eu tinha carteira de habilitação letra “D”.
Até o Rio de Janeiro
ele entrou nos eixos. Infelizmente nem sempre é assim. Com os 17 estudantes
universitários que morreram não houve tempo para comunicar ao irresponsável que
ele não estava transportando candidatos à morte precoce. As autoridades
precisam ser mais rigorosas e punir rigorosamente empresas de ônibus que agem
de forma irresponsável, sem cuidar da manutenção de seus veículos.
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