Radiografia da Notícia
Pagamento por aproximação cresce 29,3% no período e já representa 73% das compras presenciais com cartões no Brasil
Redação/Hourpress
Os pagamentos com cartões de crédito, débito e pré-pagos movimentaram R$ 1,1
trilhão no terceiro trimestre de 2025, registrando crescimento de 10,5%. O resultado
representa o melhor terceiro trimestre da série histórica, de acordo com balanço da
Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento.
Na comparação entre as modalidades, o destaque ficou, por mais um trimestre, com
o cartão de crédito: R$ 794,7 bilhões, crescimento de 15,2%. O segundo maior
volume transacionado foi com cartão de débito, que movimentou R$ 248 bilhões
(0%). Já o cartão pré-pago somou R$ 98 bilhões (+3,9%).
No caso do cartão de crédito, 57,1% de todo o valor movimentado estão
relacionados a transações à vista, enquanto 42,7% correspondem a compras
parceladas sem juros. Em relação à quantidade de parcelas, a maior parte das
transações a prazo no cartão (64,5%) é feita em até seis vezes sem juros, enquanto
33,6% são de sete a 12 parcelas e apenas 1,9% diz respeito a prazos acima de 12
vezes.
Quantidade de transações
No terceiro trimestre, o uso dos cartões atingiu 12,1 bilhões de transações, valor
5,5% maior em relação ao terceiro trimestre de 2024. Isso significa que os
brasileiros fizeram, em média, 131 milhões de pagamentos por dia.
O cartão de crédito foi a modalidade mais usada, com 5,5 bilhões de transações
(alta de 9,8%), seguido pelo cartão de débito, com 4,2 bilhões (alta de 0,9%), e pelo
cartão pré-pago, com 2,4 bilhões (alta de 4,4%).
Pagamentos por aproximação em alta
Os pagamentos por aproximação via sistema de cartões movimentaram R$ 485,9
bilhões no terceiro trimestre do ano, o que representa um crescimento de 29,3%
em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com dados da Abecs,
em apenas cinco anos, o pagamento por aproximação passou de 3,9% para 72,8%
de representatividade nas compras presenciais com cartões no Brasil, sendo assim
a inovação em meios de pagamento que mais cresceu nos últimos anos. Até o final
de 2026, estima-se que os pagamentos por aproximação correspondam a mais de
80% das transações presenciais.
Gastos no exterior
Entre julho e setembro de 2025, os gastos de brasileiros no exterior, utilizando
cartões como meio de pagamento, totalizaram US$ 4,8 bilhões (R$ 26,3 bilhões),
registrando uma expansão de 16,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Estados Unidos e Europa representaram, juntos, 76,8% do total das despesas no
exterior, somando R$ 20,1 bilhões. Esse valor corresponde a um crescimento de
9,1% em relação ao mesmo período de 2024.
Os demais destinos também apresentaram crescimento: América (sem EUA) com
R$ 3,3 bilhões (+5,9%), Ásia com R$ 1,2 bilhão (+32,8%), Oceania com R$ 1,3
bilhão (+558,4%) e África com R$ 176,2 milhões (+22,7%).
Já os estrangeiros, segundo dados do Banco Central, gastaram US$ 1,3 bilhão (R$
7,2 bilhões) com cartões no Brasil, alta de 5,8% em relação ao mesmo período do
ano anterior.
Compras não presenciais
O uso dos meios eletrônicos de pagamento pela internet e outros canais remotos,
como aplicativos e carteiras digitais, movimentou R$ 292,8 bilhões no terceiro
trimestre, com crescimento de 19,4%. O destaque foi para o cartão de débito, que
tem registrado crescimento acima da média nos últimos anos. A modalidade
continua ganhando cada vez mais espaço nas transações online, com aumento de
26,2% no terceiro trimestre.
Em comparação com o período pré-pandemia, o uso do cartão de débito em
compras não presenciais subiu 471,1% (entre o terceiro trimestre de 2019 e o
terceiro trimestre de 2025), enquanto o cartão de crédito avançou 210,5% no
mesmo período.
Livrarias e profissionais liberais em alta
No terceiro trimestre de 2025, o segmento do varejo que registrou maior
crescimento em valor transacionado com cartões foi o de livraria e afins, com 83,6%
Em segundo lugar aparece o setor de alimentação, com alta de 22,6%, seguido por
eletrônicos e eletrodomésticos, com 21,1%. Roupas, sapatos e acessórios tiveram
alta de 17,6%, e autopeças, 15,1%.

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