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Empresários revelam lições do esporte aplicadas nos negócios

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Lélio Vieira, três vezes campeão do Rally Internacional do Sertões, Célio Vinícius, sete vezes campeão...

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Empresários revelam lições do esporte aplicadas nos negócios

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Radiografia da Notícia

Lélio Vieira, três vezes campeão do Rally Internacional do Sertões, Célio Vinícius, sete vezes campeão mundial em jet ski e Fernando Souza, tricampeão brasileiro das 500 milhas de Interlagos concordam com algumas habilidades contribuem para o alto rendimento

* Muitos profissionais esportivos de ponta acreditam que são posturas como determinação, comprometimento e sacrifícios que mais importam

Essa habilidade de análise rápida e execução precisa é vital nos negócios, especialmente em um país como o Brasil

Redação/Hourpress

Algumas habilidades de empresários bem-sucedidos se assemelham a de atletas profissionais. Nas duas áreas é fundamental, por exemplo, saber tomar decisões rápidas e assertivas, além de manter a resiliência diante de desafios. Uma pesquisa divulgada pela Elixirr revela que desenvolver uma mentalidade vencedora e resiliente é vital para o alto desempenho, tanto na sala de reuniões quanto no campo esportivo. Enquanto as exigências físicas de atletas de elite são, na maioria das vezes, as qualidades reverenciadas, muitos profissionais esportivos de ponta acreditam que são posturas como determinação, comprometimento e sacrifícios que mais importam, o mesmo que os líderes empresariais.

Entre os executivos que utilizam técnicas do esporte no dia a dia dos negócios está Lelio Vieira Carneiro Júnior, Chairman da Rafatella Investimentos e um veterano do rally cross country, que iniciou sua trajetória esportiva em 1997 e acumula mais de 20 anos de experiência e títulos, incluindo três de campeão no Rally Internacional dos Sertões e um título na Mitsubishi Cup, além de vencer outras inúmeras competições. A primeira experiência internacional foi no início de 2022, na Argentina, durante a disputa do South American Rally Race, e em 2023 conquistou a primeira vitória em prova internacional, na disputa do SARR Series FIM LA, também em competição no país vizinho.

Com treinos constantes tanto na academia quanto nos simuladores, Lélio destaca como o rally o preparou para os desafios da vida empresarial. "O rally me ensinou a ser resiliente e a tomar decisões ágeis sob pressão. Enfrentamos adversidades em locais inóspitos, onde erros podem ser fatais. Essa habilidade de análise rápida e execução precisa é vital nos negócios, especialmente em um país como o Brasil, que apresenta constantes desafios e instabilidades", afirmou.

Corridas

Essa visão é compartilhada por Fernando Souza, CEO do Grupo Fit, tricampeão das 500 Milhas de Interlagos. O empresário esportista, que treina em academia cinco vezes por semana e compete em corridas de pista regularmente, também vê no esporte uma escola de vida que o prepara para os desafios empresariais. "Disciplina, foco e estratégia são elementos que o esporte me ensinou e que aplico diariamente no meu trabalho. No esporte, assim como nos negócios, é preciso estar sempre preparado para a vitória, mas também saber lidar com as derrotas, utilizando-as como aprendizado para as próximas oportunidades", explica. Para ele, o aprimoramento contínuo é fundamental tanto no esporte quanto na liderança empresarial.

Célio Vinícius, diretor de operações da Cel Energia, acrescenta outra perspectiva a essa conexão entre esporte e negócios. Com uma carreira esportiva impressionante, consagrado heptacampeão mundial em jet ski, bicampeão americano, treze títulos em campeonato brasileiro e campeão europeu, goiano e brasileiro no Motocross Cross Country, entre outros inúmeros títulos, Célio destaca a importância da disciplina e do trabalho em equipe. "Nos esportes, como no mundo dos negócios, não há espaço para o segundo lugar. A disciplina da repetição e do treinamento constante é o que nos leva ao sucesso. No trabalho, isso se traduz em planejamento e execução meticulosa", ressalta. Ele também aponta que, assim como no rally ou em uma competição de ciclismo, ninguém consegue vencer sozinho. “No trabalho, equipes motivadas e bem geridas fazem toda a diferença para o sucesso da empresa”, complementou.

Lélio Júnior, que também desenvolveu habilidades como reflexo rápido e tempo de reação ao longo de sua prática esportiva, acredita que essas capacidades são cruciais para a tomada de decisões rápidas e eficazes no ambiente de negócios. "No rally, precisamos terminar tudo o que começamos, sem deixar nada pela metade. Essa atitude 'acabativa', como costumo chamar, é crucial para alcançar o sucesso nos negócios", conclui. A visão de Lélio é ecoada por Célio, que enfatiza a importância de ter um planejamento robusto e a determinação de seguir em frente, independentemente das dificuldades.

Esses três empresários de alto rendimento demonstram que o esporte é muito mais do que uma atividade física: é uma escola de vida. As lições aprendidas nas competições esportivas, como resiliência, disciplina, foco e trabalho em equipe são diretamente aplicáveis no mundo dos negócios. A pesquisa da Elixirr sublinha essa conexão, mostrando que a prática esportiva não só melhora a saúde física, mas também aprimora as competências necessárias para o sucesso no mundo corporativo.

Revogar ou reformar? Especialistas defendem a Lei da Alienação Parental

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* Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) refletem aumento de casos, com crescimento em número de processos

Conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foram 401 casos de alienação parental em 2014 e chegaram a 5.152 até outubro de 2023

* A lei reconhece a alienação parental como uma violação dos direitos fundamentais das crianças e adolescentes

Redação/Hourpress

 

No dia 26 de agosto, a Lei da Alienação Parental completa 14 anos de existência, marcando mais de uma década de proteção aos direitos das crianças e adolescentes em casos de separação dos pais. Criada para combater práticas que prejudicam a relação da criança com um dos genitores, a lei tem sido fundamental para garantir que menores de idade possam desfrutar de uma convivência familiar saudável, mesmo em meio a divórcios contenciosos.

 

Conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foram 401 casos de alienação parental em 2014 e chegaram a 5.152 até outubro de 2023. O aumento foi maior a partir de 2016, quando houve 2.225 processos, e o pico foi em 2022, com 5.824 ações — variação de 1.456% em relação a 2014.

 

De acordo com a advogada Mérces da Silva Nunes, sócia do escritório Silva Nunes e especialista em Direito de Família e Estratégias Sucessórias, a lei reconhece a alienação parental como uma violação dos direitos fundamentais das crianças e adolescentes, garantindo medidas efetivas para prevenir e corrigir tais situações. Para ela, a Lei da Alienação Parental tem ajudado a identificar e minimizar comportamentos alienadores, que vão desde a desqualificação de um dos genitores até a imposição de obstáculos para o exercício do direito de visita.


Melhor

 

"Os tribunais observam sinais claros de alienação”, explica a especialista. Entre eles, estão a desqualificação do genitor alienado, a interferência na comunicação da criança ou do adolescente com o genitor alienado, e até obstáculos impostos para dificultar ou impedir o direito de visita do outro genitor. “Também é possível identificar pela apresentação de alegações falsas ou exageradas em relação ao outro genitor, rejeição injustificada da criança pelo genitor alienado, lealdade incondicionada da criança ao genitor alienador, narrativas da criança ou do adolescente repetindo as críticas feitas pelo genitor alienador, recusa de afeto do genitor alienado, sem motivo efetivo”. Perceber esses sinais é crucial para a intervenção judicial, que pode incluir desde advertências até a mudança do regime de guarda, visando sempre o melhor interesse da criança.

 

Além das sanções previstas na lei, a mediação familiar tem se mostrado uma ferramenta eficaz na prevenção e resolução de casos de alienação parental. “Ela tende a resolver conflitos, de forma precoce, reduz a hostilidade entre os pais, sempre com o propósito de buscar o melhor interesse da criança. A mediação poderá resultar em acordos mais duradouros e em menor necessidade de intervenção judicial”, disse Mérces.

 

Entretanto, o tema ainda enfrenta desafios, como o recente movimento que busca a revogação da Lei da Alienação Parental, pelo PL 1.372/2023. Críticos argumentam que a lei pode ser manipulada para desqualificar denúncias legítimas de abuso, o que tem gerado debates intensos sobre sua eficácia e aplicação. Entretanto, a advogada entende que a revogação da lei poderia enfraquecer a capacidade dos tribunais de combater a alienação parental, prejudicando pais que já enfrentam dificuldades para provar a prática e garantir seus direitos de convivência.


Mal

 

“Em vez de revogar a lei, seria mais sensato revisar e aprimorar o texto legislativo. Uma reformulação poderia corrigir ambiguidades e garantir que ela continue protegendo os direitos das crianças sem ser mal utilizada em litígios complexos", sugeriu Mérces.

 

Na mesma linha, a advogada Amanda Helito, sócia do PHR Advogados e especialista em Direito de Família, acredita que a revogação representaria um grande retrocesso em termos de garantia de direitos a crianças e adolescentes. “A revogação de uma lei que tem o fim de garantir a efetividade de direitos a pessoa vulneráveis apenas poderia ocorrer após um debate mais técnico e profundo das críticas que recebe e uma palpável apuração dos reais benefícios que essa lei vem trazendo para milhares de crianças, o que até agora não ocorreu”, defendeu.

 

Outra crença popular considerada equivocada é a de que o tema consiste em uma questão de gênero, como se apenas mulheres fossem acusadas da sua prática, o que não procede. “Não são raras as vezes em que a alienação parental é praticada por homens, como forma de abuso psicológico”, explica Amanda.

 

Novidades para a Lei da Alienação Parental


Em maio de 2022, foi promulgada a Lei 14.340, que introduziu como inovação o fortalecimento da abordagem multidisciplinar em processos judiciais relacionados à proteção de crianças e adolescentes. Ainda que recente, a lei vem sendo implementada pelos tribunais, magistrados, além de representantes do Ministério Público.

“A ideia é a de que profissionais especializados de diversas áreas de atuação, não apenas jurídica, sejam envolvidos nos processos em que existiam acusações de violência contra crianças para que se tenha uma apuração mais técnica e profunda do contexto em que a criança está inserida e suas reais condições emocionais”, finalizou Amanda.

Confraternizações de fim de ano: cuidado com os golpes nos aluguéis de salões de festas

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Especialista em Direito do Consumidor do CEUB dá dicas de como não errar na hora de alugar espaços

* O consumidor deve tomar algumas precauções ao alugar salões de festa

* O primeiro passo para garantir uma contratação segura é conhecer o local pessoalmente e evitar fechar o negócio apenas online

Redação/Hourpress

Faltam quatro meses para dezembro e a agenda de espaços para confraternizações já está quase lotada. Com encontros corporativos e pessoais programados, o mercado de produção de eventos está em alta. Nesse cenário, é fundamental prestar atenção ao contratar um espaço para realizar a festa e evitar problemas futuros. Daniella Torres, professora de Direito do Centro Universitário de Brasília (Ceub) e especialista em Direito do Consumidor, alerta que, especialmente no final do ano, quando a demanda é maior, o consumidor deve tomar algumas precauções ao alugar salões de festa.
 
Daniella Torres destaca que o primeiro passo para garantir uma contratação segura é conhecer o local pessoalmente e evitar fechar o negócio apenas online. “É importante verificar se o local realmente existe, para não correr o risco de contratar algo que não é real”, explica. A professora enfatiza a importância de ter acesso ao contrato de modo antecipado, que deve conter o CNPJ da empresa responsável e todos os detalhes sobre o salão de festas.
 
Com essas informações em mãos, a especialista recomenda que o consumidor faça buscas em sites como ‘Reclame Aqui’, no Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de cada estado, para verificar se há reclamações ou problemas relacionados àquela empresa. “Outra forma de se precaver é buscar informações nos tribunais estaduais, onde qualquer cidadão pode, com um simples cadastro, verificar se há muitas ações judiciais contra a empresa pelo CNPJ”, complementou Daniella.

Festa
 
Quanto ao pagamento, a docente do CEUB alerta que não é recomendado o pagamento totalmente antecipado. “Isso não significa que o consumidor não possa contratar com pagamento à vista, mas é preciso cautela”, destaca. Por exemplo, se a festa está marcada para daqui a três meses e o pagamento é feito integralmente agora, há o risco de o dinheiro não ser usado efetivamente para a festa. Por isso, a recomendação é que o pagamento seja feito em duas partes, 50% no momento da contratação e 50% no dia da festa. Ela explica que os principais golpes relacionados à contratação de salões de festa envolvem o pagamento antecipado, onde, mesmo após o pagamento total, a festa não acontece. A especialista também sugere que, no dia da festa, alguém vá ao local horas antes do início, para confirmar e  garantir que o espaço está sendo preparado corretamente. 
 
“O ideal é que o pagamento final seja realizado no dia da festa, seja no início ou no final, após verificar que tudo está acontecendo conforme o combinado. Nunca se recomenda o pagamento total antecipado, embora seja aceitável dar um sinal para garantir a reserva do salão”, afirma. O pagamento integral antecipado é questionável e deve ser evitado, com preferência por deixar uma parte significativa para ser paga no dia da festa.
 
Caí em um golpe, e agora?
 
Caso o consumidor acabe caindo em um golpe, a professora do CEUB orienta registrar a reclamação nos sites de reclamação, no Procon e buscar a judicialização do caso. Ela diz que tentar um acordo ou conciliação extrajudicial nesses casos, nem sempre é recomendado, pois, como o pagamento foi integral e antecipado e não houve a realização da festa, é necessário entrar com uma ação judicial. 
 
Para judicializar o caso, Torres destaca a importância de buscar o contrato social da empresa para identificar os sócios e pedir o bloqueio de contas, passaporte e carteira de habilitação, já que muitos golpistas desaparecem com o dinheiro, mudando de cidade ou até de país. “Nesses casos, cabe também a solicitação de danos morais, já que a falta de uma festa contratada, seja de aniversário, casamento ou evento corporativo, causa prejuízos significativos ao consumidor”, finalizou.
 
Confira onde consultar a procedência dos espaços: 
 
• Procon: procon.df.gov.br
• Portal do Consumidor: consumidor.gov.br
• Sites dos tribunais estaduais

Entenda como o Pilates pode alavancar a sua saúde

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 Radiografia da Notícia

* Especialista do Cejam destaca alguns dos principais benefícios para a saúde física e mental

* A  atividade é acessível ao público em geral, sem necessariamente precisar de um encaminhamento médico

O Pilates pode ser realizado com o uso de aparelhos ou com o peso do próprio corpo

Redação/Hourpress

O Pilates vem se destacando, não apenas como uma prática eficaz para o condicionamento físico, mas também como uma poderosa ferramenta para o fortalecimento mental. Atletas brasileiros de diversas modalidades esportivas têm relatado melhorias em seus desempenhos graças à prática.

Embora muitos busquem o Pilates por recomendação médica, já que profissionais da saúde têm indicado essa prática como um complemento terapêutico, a atividade é acessível ao público em geral, sem necessariamente precisar de um encaminhamento médico.

"O método, que envolve alongamentos e movimentos de força e resistência, ganhou popularidade principalmente por sua eficácia no tratamento de desvios posturais e na redução de dores na coluna", afirmou Luana de Oliveira Candido, profissional de Educação Física do Cejam - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.

Pessoas

O Pilates pode ser realizado com o uso de aparelhos ou com o peso do próprio corpo. "Apesar disso, é um equívoco considerá-lo uma prática de baixa intensidade ou voltada apenas para pessoas menos condicionadas”, explicou a especialista.

Luana ressalta que ele pode beneficiar indivíduos de todas as idades e condições físicas, sendo particularmente eficaz para aqueles que buscam reorganização postural, aumento de força e mobilidade articular.

Para obter resultados significativos, é aconselhável manter uma frequência regular. Para indivíduos sedentários, a recomendação é de pelo menos três sessões semanais. Já para aqueles que realizam outras atividades físicas, duas sessões por semana podem ser suficientes para complementar o treino principal.

Esportes

"O Pilates ajuda na prevenção de lesões, aumenta a mobilidade e melhora a performance ao ampliar a consciência corporal e respiratória. É útil, ainda, para potencializar esportes de resistência, como maratonas e Triathlon, e atividades que exigem agilidade e manipulação de objetos, como esportes coletivos com bola, skate e surf”, reforçou Luana.

Os benefícios são inúmeros, sendo os principais consciência corporal, equilíbrio e fortalecimento do núcleo central do corpo (Core), composto por músculos que ficam ao redor do tronco. Esses três elementos combinados melhoram a coordenação motora, consciência respiratória, postura e dores pelo corpo. 

No aspecto psicológico, o Pilates ajuda na redução do estresse, melhora a qualidade do sono e impulsiona o aumento da autoestima.

Posso fazer em casa?

A resposta é sim, mas depende! Apesar de ser totalmente possível realizar o Pilates em casa, existem algumas ressalvas. Para que a prática seja segura, é fundamental que o praticante já tenha experiência na modalidade e uma consciência corporal bem desenvolvida. Isso garante não apenas a sua segurança durante os exercícios, mas também a correta sequência dos movimentos.

"Os exercícios mais indicados para serem realizados nesse ambiente são aqueles com os quais o praticante já está familiarizado e se sente seguro. A experiência prévia auxilia na manutenção da postura correta e na percepção de possíveis desajustes durante a atividade", explica a especialista.

Luana sugere que novos movimentos ou atividades mais complexas devem ser reservados para quando houver a supervisão de um profissional.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Esforço mental exacerbado pode causar dor e desconforto, alerta pesquisa

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 Radiografia da Notícia

Especialista em Psicologia do Ceub destaca a importância de reconhecer os desconfortos associados ao esforço mental

Os resultados revelam que quanto maior o esforço mental, maior o desconforto experimentado

* Sentimentos desagradáveis, como frustração, irritação e estresse

Redação/Hourpress

Estudo da Associação Americana de Psicologia aponta que o esforço mental está frequentemente associado a sentimentos desagradáveis, como frustração, irritação e estresse. Ainda que as atividades cognitivamente desafiadoras sejam bem aceitas, podem ser uma experiência estressante. Os resultados revelam que quanto maior o esforço mental, maior o desconforto experimentado. Na visão de Carlos Manoel Rodrigues, professor de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB), os resultados são particularmente relevantes para gestores e geram alerta sobre o modus operandi da vida moderna.
 
Confira entrevista, na íntegra:
 
Como os achados deste estudo podem ser aplicados para melhor compreendermos a base neurológica do esforço mental e o desconforto associado?
CR: A partir deste estudo, algumas frentes se apresentam, como para identificar áreas do cérebro envolvidas na percepção e resposta ao esforço mental, como o córtex pré-frontal, associado ao controle executivo e tomada de decisões. É importante examinar os mecanismos neuroquímicos, como a liberação de dopamina e outros neurotransmissores, que podem mediar a experiência aversiva do esforço mental, bem como investigar a conectividade entre diferentes regiões cerebrais durante tarefas que exigem esforço mental para entender como a coordenação neural contribui para a percepção de desconforto.
 
Quais estratégias os especialistas podem usar para ajudar indivíduos a lidar com os sentimentos desagradáveis associados ao esforço mental?
CR: Baseando-se nos achados do estudo, psicólogos e neuropsicólogos podem utilizar diversas estratégias para ajudar indivíduos a lidar com os sentimentos desagradáveis associados ao esforço mental. Técnicas de treino cognitivo, de regulação emocional e de mindfulness, podem ajudar os indivíduos a gerenciar melhor os sentimentos de desconforto. 
 
A divisão de tarefas complexas em partes menores e mais manejáveis também pode reduzir a carga percebida de esforço. Oferecer feedback positivo durante tarefas difíceis pode ajudar a reduzir o afeto negativo associado ao esforço. A criação de ambientes de apoio que promovam suporte social e encorajamento pode diminuir a percepção de esforço aversivo.
 
De que forma a natureza aversiva do esforço mental pode afetar o desenvolvimento cognitivo a longo prazo e a saúde mental dos indivíduos?
CR: A natureza aversiva do esforço mental pode afetar o desenvolvimento cognitivo a longo prazo e a saúde mental dos indivíduos de várias maneiras. A percepção de esforço como aversivo pode levar à evitação de atividades cognitivamente desafiadoras, limitando o desenvolvimento de habilidades cognitivas ao longo do tempo. Além disso, experiências repetidas de esforço mental aversivo podem contribuir para o desenvolvimento de estresse crônico, ansiedade e burnout, especialmente em contextos acadêmicos ou profissionais exigentes.
 
Qual é o papel das experiências educacionais na formação da tolerância ao esforço mental?
CR: As experiências educacionais precoces desempenham papel importante na formação da tolerância ao esforço mental. Já experiências que incentivam a resolução de problemas e a persistência diante de desafios podem aumentar a tolerância ao esforço mental. Educadores que modelam atitudes em relação ao esforço e oferecem feedback construtivo podem ajudar os alunos a desenvolver uma perspectiva mais positiva em relação ao esforço mental. Ambientes educacionais que proporcionam uma variedade de atividades estimulantes podem aumentar a capacidade dos indivíduos de lidar com o esforço mental.
 
Como a pesquisa pode informar as práticas clínicas, especialmente no tratamento de condições como ansiedade e estresse que podem ser exacerbadas pelo esforço mental?
CR: O estudo pode informar as práticas clínicas de várias maneiras, especialmente no tratamento de condições como ansiedade e estresse que podem ser exacerbadas pelo esforço mental. Usar ferramentas para avaliar e monitorar a carga de trabalho mental e o desconforto em pacientes com ansiedade e estresse pode ser útil. Desenvolver intervenções específicas para ajudar pacientes a gerenciar o esforço mental aversivo, como treinamento de habilidades de enfrentamento e técnicas de redução de estresse, é essencial. 
 
Além disso, é importante considerar a percepção de esforço mental aversivo ao planejar tratamentos, ajustando a intensidade e complexidade das tarefas cognitivas conforme necessário para evitar exacerbações de ansiedade e estresse. Ensinar estratégias de autocuidado e técnicas de recuperação pode ajudar os indivíduos a se recuperarem após períodos de intenso esforço mental, promovendo uma abordagem holística e individualizada ao tratamento.
 
Como ficam, na prática, as condutas a partir dos resultados revelados? E a vida nas redes sociais?
CR: Em termos práticos, podem ser aplicados para compreender como as pessoas lidam com a análise de informações em contextos como redes sociais. A forte correlação entre esforço mental e desconforto sugere que a análise de informações complexas, como a verificação de fatos, a avaliação crítica de conteúdo e a filtragem de desinformação, pode ser percebida como aversiva e, portanto, evitada por muitos usuários.
 
Nas redes sociais, onde o fluxo constante de informações pode ser avassalador, a experiência aversiva do esforço mental pode levar usuários a adotarem comportamentos de consumo de informação mais passivos e menos críticos. Eles podem aceitar conteúdos superficiais ou alinhados a suas crenças preexistentes, evitando o esforço de análise profunda que poderia gerar desconforto. Isso pode contribuir para a disseminação de desinformação e a formação de bolhas de filtro, onde os usuários são expostos apenas a conteúdos que reforçam suas opiniões.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Especialista responde a dúvidas sobre procedimentos estéticos odontológicos

EBC

 

Radiografia da Noticia

Lentes de contato, clareamento, piercings e uso de implante dental estão entre os temas destacados pelo cirurgião-dentista do Cejam

* É natural que a população tenha muitas dúvidas sobre o assunto

São estruturas de espessura mínima, de porcelana ou resina composta, coladas na parte externa dos dentes com o objetivo de corrigir forma e cor dentária

Redação/Hourpress

Com o avanço da tecnologia e das técnicas odontológicas, uma variedade de tratamentos bucais têm surgido, oferecendo melhorias significativas tanto na estética como na funcionalidade dos dentes.

Diante do crescente interesse por lentes de contato dentais, piercings, clareamento e outros métodos, é natural que a população tenha muitas dúvidas sobre o assunto. Pensando nisso, o Dr. Francis Tsurumaki, cirurgião-dentista e gerente de Saúde Bucal do Cejam - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, esclarece as questões mais frequentes em entrevista. Confira abaixo:


O que são as lentes de contato dental?

São estruturas de espessura mínima, de porcelana ou resina composta, coladas na parte externa dos dentes com o objetivo de corrigir forma e cor dentária. Este procedimento é considerado seguro para quem está com a saúde bucal adequada e pode ser realizado com o mínimo desgaste ou nenhum desgaste da estrutura dental, sendo uma alternativa para dentes fraturados, manchados, correção de forma, tamanho e ângulos dos dentes, coadjuvante ao tratamento ortodôntico e nos casos de diastema, que são os espaços entre os dentes.

As lentes de contato dentais de porcelana são mais vantajosas do que as de resina? Qual delas é a mais recomendada pelos especialistas?

Quando consideramos o material utilizado, as lentes de contato dental de porcelana apresentam mais vantagens. Elas possuem maior durabilidade e conferem uma aparência mais natural aos dentes, além de serem mais resistentes a manchas em comparação com as lentes de resina composta. No entanto, elas também têm um custo mais elevado. Ambas as opções possuem vantagens e desvantagens, e a escolha dependerá das necessidades específicas, preferências estéticas e orçamento de cada paciente.

As lentes de contato dentais têm um prazo de durabilidade?

Sim, mas a durabilidade e a necessidade de substituição das lentes podem variar com base em diversos fatores, como os cuidados do paciente, a qualidade dos materiais utilizados e a habilidade do profissional na instalação.

Apesar disso, é possível prolongar a vida útil dessas lentes?

Sim, mas, para isso, o paciente deve manter uma higiene oral adequada, incluindo escovação e uso de fio dental, visitar o cirurgião-dentista regularmente, evitar hábitos prejudiciais, como roer unhas e objetos, limitar a ingestão de alimentos pigmentados que possam manchar os dentes, como café e vinho, e evitar o tabagismo.

As lentes de contato dental podem causar problemas de saúde bucal a longo prazo?

Cada paciente pode reagir de maneira distinta ao tratamento. Dependendo da necessidade de desgaste e adaptação das lentes, podem ocorrer situações como sensibilidade dentária, dores ou até possíveis fraturas na estrutura dental. Por isso, o planejamento e a execução devem ser sempre realizados por um profissional qualificado, que pode lançar mão de alta tecnologia com a utilização de escaneamento e planejamento 3D, permitindo desgastes dentais mínimos.

O que é o clareamento dental?

É um procedimento indicado para pacientes que desejam clarear a cor dos dentes devido ao escurecimento ao longo dos anos e que combina fatores internos e externos, como o consumo de alimentos e bebidas pigmentadas, medicamentos, uso de tabaco e o envelhecimento natural das estruturas.

Há algumas restrições e considerações importantes para garantir um tratamento seguro e eficaz, que englobam adequação do meio bucal, com a realização dos tratamentos para doença cárie e doença periodontal, quando necessários, avaliação das restaurações existentes e dentes com tratamento endodôntico realizado (canal).

O procedimento de clareamento dental é recomendado para todas as faixas etárias ou existem restrições?

O clareamento dental não é recomendado para crianças e adolescentes menores de 16 anos, pois suas estruturas orais ainda estão em desenvolvimento. Além disso, mesmo que não haja evidências conclusivas, aconselha-se que gestantes e lactantes evitem esse procedimento eletivo.

O clareamento dental a laser oferece resultados superiores ao clareamento caseiro?

De fato, o clareamento profissional, realizado no consultório pelo cirurgião-dentista com concentrações mais altas do agente clareador, tende a ser mais rápido e eficaz. No entanto, pode resultar em alta sensibilidade nos dentes após o procedimento. O laser pode ser utilizado para ativação do gel clareador, acelerando o processo de clareamento e potencializando a eficácia do tratamento.

Por outro lado, o clareamento caseiro, feito pelo próprio paciente em casa com moldeiras e um agente clareador de menor concentração fornecido pelo profissional, pode levar mais tempo para mostrar resultados e causar sensibilidade. Apesar disso, oferece a conveniência de ser realizado no conforto do lar.

Uma das estratégias utilizadas pelos profissionais é a junção das duas técnicas.

O tratamento completo precisa ser realizado apenas uma vez na vida do paciente ou é necessário repeti-lo periodicamente?

Importante alinhar as expectativas do paciente sobre os limites do tratamento. Em alguns casos, o clareamento não é capaz de alcançar resultados do “branco” pretendido, especialmente se os pacientes apresentam manchas profundas ou dentes naturalmente escurecidos.

Embora um tratamento de clareamento possa proporcionar resultados satisfatórios, eles não são permanentes. Portanto, são necessárias consultas de manutenção com o cirurgião-dentista, além de cuidados com a alimentação e o estilo de vida para preservar os resultados. A repetição do processo depende muito dos cuidados no dia a dia.

E os piercings dentais que estão voltando à moda? Eles podem afetar a saúde bucal?

Sim, os piercings orais - que incluem acessórios colocados na língua, lábio, bochechas e dentes - podem ter impactos negativos na saúde bucal, pois dificultam a higiene adequada dos dentes e gengivas, favorecendo o acúmulo de placa e tártaro, além de propiciar o surgimento de cáries, gengivite e periodontite.

O contato desses acessórios com as estruturas dentais pode causar desgaste ou abrasão do esmalte, resultando em sensibilidade dentária. Além disso, se mal adaptados, podem causar mau hálito, interferir na oclusão dos dentes e trazer problemas funcionais e desconforto ao mastigar.

Existem situações em que o implante dental é recomendado?

O implante dental é indicado para aqueles pacientes que sofreram perda dentária e não apresentam comorbidades que possam interferir no processo de osseointegração, um processo natural do organismo semelhante à cicatrização, que pode levar de quatro a seis meses para acontecer.

Quais são as vantagens do implante dental?

O implante dental oferece maior estabilidade para as próteses na cavidade oral em comparação com as técnicas convencionais. Isso ocorre porque as próteses são apoiadas ou parafusadas nos implantes, ao contrário de outros modelos que se apoiam na mucosa ou nos dentes, por exemplo. Além disso, os implantes proporcionam benefícios como melhor estética, durabilidade, conforto e facilidade de higienização.

 

Programa Operação Trabalho já emitiu mais de 13 mil certificados de qualificação profissional


EBC


 Radiografia da Notícia

* Ações da Prefeitura de São Paulo voltadas aos participantes da iniciativa têm o objetivo de preparar o grupo para o retorno ao mercado de trabalho ou para o empreendedorismo

São aproximadamente 500 praças beneficiadas com o apoio do programa, em parceria entre as secretarias municipais das Subprefeituras e de Desenvolvimento Econômico e Trabalho

O Programa Operação Trabalho que conta com 16 projetos e aproximadamente 18 mil pessoas

Redação/Hourpress

Nesta terça-feira, 20 de agosto, cerca de 100 beneficiários do POT - Programa Operação Trabalho, da Prefeitura de São Paulo, recebeu certificados em uma cerimônia de formatura nas dependências do Centro POT, unidade leste, em Itaquera. O grupo integra a modalidade Praças Mais Cuidadas que conta com cerca de 1 mil beneficiários atuando em espaços públicos da Capital, em atividades de zeladoria, manutenção e jardinagem. São aproximadamente 500 praças beneficiadas com o apoio do programa, em parceria entre as secretarias municipais das Subprefeituras e de Desenvolvimento Econômico e Trabalho.

 

Os formandos foram capacitados em áreas como economia criativa, cultura e empreendedorismo, em atividades como corte e costura, customização de acessórios e roupas, gestão de pequenos negócios, entre outros, por até três meses no Centro POT. O Programa Operação Trabalho que conta com 16 projetos e aproximadamente 18 mil pessoas, já emitiu mais de 13 mil certificados de qualificação profissional.

 

Os participantes além de exercerem atividades de frentes de trabalho, também cumprem carga horária em cursos de diversas áreas como informática, gastronomia, corte costura, podendo fazer mais de um curso durante a permanência no programa. Também contam com bolsa auxílio que varia entre R$ 988,34 (20 horas semanais) a R$ 1.482,60 (30 horas semanais), de segunda a sexta-feira.


Renda

 

"É uma oportunidade importante, pois a capacitação do POT tem nos ajudado muito. Além disso, temos apoio socioemocional e vivências que nos mostram como ter respeito em nossa comunidade e pensar no futuro", disse Viviane da Cruz de Oliveira, beneficiária do POT Praças Mais Cuidadas, em Ermelino Matarazzo.

 

“O POT é um programa temporário na vida das pessoas que o integram, por isso há um planejamento a fim de preparar os participantes com cursos que possam ser aplicados enquanto estejam na iniciativa. As aulas de gastronomia, por exemplo, têm esse apelo, visando que a pessoa possa fazer uma complementação da renda com receitas práticas como um bolo de pote, produção de salgados e bolos. Seja pelo empreendedorismo ou no mercado formal de trabalho, com o auxílio do Cate, nossa agência de empregos, todo suporte tem o objetivo de ampliar as possibilidades para esse cidadão se reintegrar à sociedade e ampliar os horizontes”, explica a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Eunice Prudente.

 

O programa possui 12 centros de formação, sendo quatro abertos nesse ano. Os espaços distribuídos pela cidade servem também como ponto de apoio para as atividades de frentes de trabalho. As estruturas são equipadas com salas de aulas, cozinhas experimentais e equipes multidisciplinares a fim de amparar os beneficiários em diversas esferas, inclusive socioemocionais.

 

Nos próximos dias 22 e 24 de agosto estão programadas formaturas de mais beneficiários do POT, respectivamente nos programas Praças Mais Cuidadas, na zona norte, e Mães Guardiãs, que atuam na busca ativa escolar, modalidade que auxilia a rede municipal de ensino no combate à evasão escolar.

 

Programa Operação Trabalho – POT


O programa da Prefeitura de São Paulo é voltado à população em vulnerabilidade social, visando estimulá-la à busca de ocupação, bem como a sua reinserção no mercado de trabalho. Atualmente, são 187 mil beneficiários, distribuídos em 16 projetos, que contam com uma bolsa que varia entre R$ 1.482,60 - 30 horas semanais, 6 horas por dia, ou R$ 988,34 - 20 horas semanais, 4 horas diárias. Entre as ocupações em frentes de trabalho estão zeladoria, manutenção e apoio administrativo, ações de busca ativa na rede municipal de ensino, combate à dengue, entre outros.

 

Para participar é necessário seguir critérios como ter mais de 18 anos, morar na cidade de São Paulo, estar desempregado há mais de quatro meses e não receber benefícios como seguro-desemprego, FGTS, entre outros. A renda familiar permitida é de até meio salário-mínimo por pessoa da família.

 

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Pai de primeira viagem? Saiba como embarcar nessa jornada sem medo

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* O momento em que o pai realmente se conecta com o bebê pode ocorrer no nascimento, quando ele visualiza a criança pela primeira vez

* É importante que os pais façam um esforço consciente para estarem presentes durante os meses que antecedem a chegada do bebê

No momento do parto, eles podem acompanhar tudo

Redação/Hourpress

A paternidade é um papel complexo e multifacetado que vai além da simples geração de uma vida. Para muitos homens, assumir essa jornada pela primeira vez pode ser uma experiência assustadora, especialmente porque a forma como os pais percebem e constroem a relação com seus bebês é diferente das mães.

"O pai não vivencia a gestação da mesma forma que a mãe", afirmou Graziela Abdalla, enfermeira e gerente assistencial do Cejam - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”. "No começo, muitos realmente encontram dificuldades para tocar a barriga ou interagir e isso é perfeitamente compreensível. Essas reações são normais e não indicam desinteresse.”

De acordo com Graziela, o momento em que o pai realmente se conecta com o bebê pode ocorrer no nascimento, quando ele visualiza a criança pela primeira vez. Esse processo é conhecido como "engrossment", uma resposta intensa ao contato com o recém-nascido. Nesse contexto, o pai assume um papel protetor, demonstrando mais envolvimento, preocupação e interesse com esse universo.

Deveres

Mesmo com esse processo natural, é importante que os pais façam um esforço consciente para estarem presentes durante os meses que antecedem a chegada do bebê, dividindo as responsabilidades e deveres.

"Durante a gestação, o pai já pode começar a se adaptar, aprendendo sobre seu papel no parto, colaborando na elaboração do plano de parto e adquirindo conhecimentos sobre os cuidados com o bebê e a amamentação", explicou a enfermeira.

No momento do parto, eles podem acompanhar tudo, garantindo que os desejos da gestante sejam respeitados, além de participar auxiliando na utilização dos métodos não farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho de parto. 

“Após o nascimento, a presença e o auxílio do pai tornam o puerpério mais leve, por isso, também é muito importante. Ele tem a oportunidade de participar da amamentação, acolher e fortalecer o vínculo familiar”, ressaltou a profissional.

Nasceu, e agora?

De fato, a chegada de um filho é um momento repleto de emoções intensas, onde a alegria e a expectativa se misturam com tensão, ansiedade e insegurança. Muitas vezes, no entanto, essa combinação de sentimentos pode levar a uma série de questionamentos, especialmente para aqueles que estão vivenciando a paternidade pela primeira vez.

"Perguntas como 'Serei um bom pai?', 'Como posso exercer bem esse papel?', 'Saberei realizar os cuidados?' e 'E se algo de errado acontecer?' são comuns neste período, afinal, é algo novo", afirmou Ligia Kaori Matsumoto, psicóloga do Cejam.

Segundo a especialista, essas dúvidas permeiam a mente de todos os tipos de pais, incluindo aqueles que adotam, os que geram através da barriga solidária, homens trans, pessoas transmasculinas e até mesmo aqueles que, por algum motivo, não residem com os filhos.

Processo

Além das preocupações de cunho emocional, há também desafios práticos a serem enfrentados. “Muitos não sabem como se ajustar às mudanças na dinâmica do relacionamento com o parceiro ou parceira, como equilibrar a nova rotina familiar com as demandas do trabalho ou como lidar com as mudanças financeiras necessárias para prover o sustento deste novo membro da família. É também um processo de autoconhecimento e amadurecimento”, ressaltou Ligia.

Uma estratégia sugerida pela psicóloga é buscar recursos educacionais e de apoio. Participar de aulas preparatórias para o cuidado do bebê e da criança pode fornecer aos pais as ferramentas necessárias para se sentirem mais confiantes e independentes na hora de cuidarem de seus filhos.

“Os grupos de apoio para pais também podem oferecer um espaço seguro para compartilhar experiências, desafios e sucessos com outras pessoas que estão passando pela mesma situação”, finalizou.

Exames de DNA serão crucias nas identificações dos corpos de acidente em Vinhedo (SP)

    EBC


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Neste caso, serão necessários exames de DNA, além da reunião de outros elementos

Uma das primeiras tentativas de identificação, quando possível, é realização do exame de necropapiloscopia

* Tratamentos ortodônticos e até mesmo fotografias da vítima em vida apresentadas pela família

Redação/Hourpress

O trágico acidente aéreo ocorrido no início da tarde da última sexta-feira (9) em Vinhedo, no interior de São Paulo, traz à tona um processo doloroso pelo qual as famílias terão de enfrentar, tendo em vista a natureza do fato: a identificação dos 61 corpos.
 

Segundo explica a médica perita Caroline Daitx (médica legista concursada na polícia científica do Paraná até 2023), nesse momento o trabalho da perícia é fundamental e deve contar com a participação dos familiares. “A identificação de corpos em acidente aéreos é sempre um desafio por conta da carbonização. Neste caso, serão necessários exames de DNA, além da reunião de outros elementos que ajudem na identificação, como exames de arcada dentária, ficha odontológica, fotografias que registrem o sorriso da pessoa, prontuários médicos, entre outros”, detalhou.

 

Uma das primeiras tentativas de identificação, quando possível, é realização do exame de necropapiloscopia, com a coleta das impressões digitais. Caso o exame seja inviabilizado, os peritos realizam o exame odontolegal, onde são analisados e comparados os arcos dentários com a documentação de atendimentos clínicos odontológicos, tratamentos ortodônticos e até mesmo fotografias da vítima em vida apresentadas pela família.


Objetos
 

Ainda segundo Caroline, exames de antropologia forense também podem auxiliar o processo de identificação humana. Nesse caso, o médico-legista e odontolegista realizam uma análise do corpo ou ossos em relação a aspectos físicos, como marcas de nascença, cirurgias, sinais, tatuagens e outras características individualizadoras que possam contribuir para a Identificação. Objetos pessoais encontrados nos destroços também podem auxiliar no processo.
 

Os resultados desses exames saem, em média, entre 48 e 72 horas. “Mas podem demorar mais por conta do volume de amostrar em decorrência do número de vítimas”, alerta Caroline. Caso não haja resultado compatível ou satisfatório, a identificação passa para a última etapa, que é a realização do exame de DNA. Neste caso, são coletados material biológico no corpo da vítima e de um familiar de primeiro grau e essas amostras são encaminhadas para análise.
 


Os efeitos do PLP 68/2024 na tributação dos fundos de pensão

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O PLP 68/2024 aprofunda a discussão acerca da tributação das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC)

A discussão acerca da tributação das atividades dos fundos de pensão não é nova e aguarda enfretamento pelo STF

Volta-se aqui a questão há muito debatida de que as EFPC não exercem atividade lucrativa

Samar Majzoub e Carolina Souza

O Poder Executivo apresentou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Complementar n° 68/2024 (PLP 68/2024), com a proposta de regulamentação da Reforma Tributária na forma como apresentada na Emenda Constitucional nº 132, de 20 de dezembro de 2023, a qual altera o Sistema Tributário Nacional, com a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirá outros cinco tributos: ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS, seguindo o modelo internacional de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que entrará em vigor após o período de transição (2026 a 2032) e do Imposto Seletivo (IS).

O PLP 68/2024 aprofunda a discussão acerca da tributação das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), também conhecidas como fundos de pensão, quando especificamente no inciso XIV do art. 171, equipara as atividades das EFPC aos serviços financeiros em geral.

A discussão acerca da tributação das atividades dos fundos de pensão não é nova e aguarda enfretamento pelo STF – Supremo Tribunal Federal. Todavia o PLP 68/2024, se aprovado da forma como proposto, colocaria uma pá de cal sobre a discussão, já que equipara, em sede de lei complementar, os fundos de pensão às entidades abertas e a coloca no rol de serviços financeiros.

Geração

Volta-se aqui a questão há muito debatida de que as EFPC não exercem atividade lucrativa, posto que nascem como fundações de direito privado, voltadas, apenas ao pagamento dos benefícios contratados. Não há a geração de receita tributável.  Situação diversa ocorre nas Entidades Abertas de Previdência Complementar - EAPC, que são constituídas como sociedades anônimas com fins lucrativos. Dessa forma, não é possível a equiparação pretendida pelo Poder Executivo no que se refere às EFPC, já que elas não prestam serviços financeiros.

Tal equiparação já foi tratada de maneira indevida na Emenda Constitucional 132, de 20 de dezembro 2023, quando para fins de tributação pelo IBS, insere-se a previdência privada fechada no rol dos serviços financeiros, para os quais deverá ser criado, por Lei Complementar, regime específico de tributação. No PLP 68/2024 parece que continuarão a tratar a previdência privada como se não houvesse distinção entre a ofertada pelas entidades abertas e a ofertada pelas entidades fechadas.

No artigo 206, do PLP 68/2024 é especificada a base de cálculo das receitas dos serviços financeiros como: “a) aquelas auferidas com prêmios de seguros, de cosseguros, de resseguros e de retrocessão; e b) as receitas financeiras dos ativos financeiros garantidores de provisões técnicas, na proporção das receitas de que trata a alínea “a” nas operações que não geram créditos de IBS e CBS para os adquirentes e o total das receitas de que trata a alínea “a”, observados critérios estabelecidos no regulamento”.

Base

Para a previdência fechada e aberta é proposta a base de cálculo prevista no artigo 207, do mesmo PLP, qual seja: a) as contribuições para a entidade de previdência complementar; e b) o encargo do fundo decorrente de estruturação, manutenção de planos de previdência e seguro de pessoas com cobertura por sobrevivência. No que tange às contribuições é concedida a possibilidade de dedução das parcelas destinadas à constituição de provisões ou de reservas técnicas e os serviços de intermediação. Ora, essa base de cálculo está completamente descasada das atividades realizadas pelas EFPC, já que as contribuições vertidas por participantes, assistidos, patrocinadores/instituidores dos planos de benefícios destinam-se ao pagamento dos benefícios contratados.

Ainda que se argumente que também são vertidas por esses mesmos atores contribuições destinadas ao custeio das despesas administrativas, não se pode deixar de reforçar que esse custeio não se relaciona ao pagamento de serviços prestados pela EFPC, já que elas não possuem finalidade lucrativa, mas sim o custeio das despesas ordinárias para fazer frente ao pagamento dos benefícios. Mais uma vez retorna-se à ausência de faturamento.

Merece destaque também, o fato de que se pretende novamente por meio do PLP  68/2024 tributar o rendimento das aplicações financeiras realizadas pelas EFPC, uma vez que resta proposto que não integra a base de cálculo dos tributos, os rendimentos auferidos nas aplicações de recursos financeiros destinados ao pagamento de benefícios de aposentadoria, pensão, pecúlio e resgates, restrito, contudo aos rendimentos de aplicações financeiras proporcionados pelos ativos garantidores das provisões técnicas, limitados esses ativos ao montante das referidas provisões. Tal mecanismo de tributação em nada se adequa aos resultados os investimentos auferidos pelo s planos de benefícios administrados pelas EFPC.

Finalidade

Na verdade, no PLP 68/2024 não se tratou devidamente da tributação das EFPC, passando-se ao largo da realidade das atividades realizadas por tais entidades. Parece não ter havido nenhum estudo específico acerca desse segmento, que não deve receber o mesmo tratamento que as EAPC e as seguradoras, ambas com faturamento resultante da prestação de serviços que é facilmente aferível a partir do preço que cobram para administrar os planos abertos e seguros, os quais se consubstanciam em lucro que pode ser objeto de tributação. A mesma equação não se aplica as EFPC sem finalidade lucrativa.

Diante desse cenário, nesse período em que se abrirão as audiências públicas  (algumas já em andamento) para tratar do PLP 68/2024, é de real importância que as EFPC, seus patrocinadores/instituidores e associações vinculadas ao setor empenhem seus esforços para afastar a sanha tributária das  Entidades Fechadas de Previdência Complementar .  
 
Samar Majzoub e Carolina Souza são Advogadas, especialistas em Previdência Privada, do Raeffray Brugioni Advogados.