Agência Brasil |
O incêndio criminoso deixou 242 mortos, maioria jovem, e 636 feridos |
Para aumentar o clima de
impunidade, cada um dos condenados vai cumprir 1/3 da pena
Luís Alberto Alves
Não sou pessimista, mas
não é possível acreditar que a justiça brasileira seja séria. Hoje (10), os
quatro acusados pelo incêndio criminoso da #boate #Kiss, em 27 de janeiro de
2013, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, foram condenados a
77 anos de prisão, somadas de todas as penas, pelas mortes de 242 pessoas e ferimentos
em outras 636.
´É um tapa na nossa cara! O
cumprimento dessas penas se daria em regime fechado e, por ser superior a 15
anos, seria executada de forma provisória. No
entanto, o juiz #Faccini Neto
recebeu a comunicação de que o Tribunal de Justiça concedeu
um habeas courpus preventivo em favor de um dos réus, o
que fez suspender a execução da pena dos quatro.
Nenhum deles foi preso. Saíram do Fórum como se nada tivesse acontecido. Se
fosse na Europa ou Estados Unidos, provavelmente teria pego prisão perpétua ou
mais de 100 anos de cadeia.
Para aumentar o clima de
impunidade, cada um dos condenados vai cumprir 1/3 da pena. #Elissandro
Spohr, sócio da #boate, que pegou 22 anos e seis meses de prisão, vai
ficar 7,3 anos atrás das grades, o outro sócio #Mauro Hoffmann,
condenado a 19 anos e seis meses, ficará 6,3 anos e #Marcelo de Jesus,
vocalista da banda e #Luciano Bonilha, auxiliar da banda, ambos com
penas de 18 anos, cumprirão apenas 6 anos de cadeia. O restante será em regime
semi-aberto, mesmo com todos sendo condenados por homicídio simples com dolo
eventual, ou seja, intenção de matar.
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