Luís Alberto Alves/Hourpress
Hoje (5), o juiz Sergio Moro
decretou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já condenado a 12
anos de reclusão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Porto Alegre.
Para os inocentes de plantão, o Brasil agora entra no eixo, por que um corrupto
vai para a cadeia, discurso semelhante quando a polícia prende um drogado com
uma bituca de maconha.
Não vejo assim. Lula cometeu vários erros, alguns deles
gravíssimos. Mas só ele é bandido? Por que ficam de fora o exministro e amigo
de Michel Temer, o homem da mala dos R$ 51 milhões, Geddel Vieira Lima; o
senador playboy Aécio Neves, que mesmo com todas as evidências de crime
cometido, o STF (Supremo Tribunal Federal) ignorou e o manteve livre, o
ministro Moreira Franco, também pego pela operação Lava Jato, os presidentes do
Senado, Eunício Oliveira, seu ex-colega de Casa e partido José Sarney, Jader
Barbalho, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia?
A lista de bandidos de
colarinho branco é enorme, a maioria no PMDB, PSDB, DEM, PP, PTB, PDT entre outros.
Porém, para esses criminosos, o STF é manso. Vai empurrando com a barriga, como
se diz no linguajar popular, até o delito caducar e os pilantras saírem livres.
Mesmo com a chuva de denúncias e provas, o presidente da República, Michel
Temer, permanece no cargo. Será que nos Estados Unidos, Canadá ou outras nações
sérias da Europa este absurdo acabaria tolerado?
Infelizmente vivemos sob uma
república de bandidos, a começar do presidente Temer, acusado em depoimentos,
principalmente do seu “parca”, o exdeputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), de
receber propinas e liderar a bandidagem que se escondeu atrás de um mandato no
Congresso Nacional. Para Justiça reinar é preciso mandar para a cadeia o
restante dos políticos que contribuíram para a ruína deste país. Prender o ex-presidente
Lula é jogo de cena para agradar a elite corrupta, que mama nas tetas da vaca
Brasil desde 1500.
Pior, é que uma minoria de
malucos sairá às ruas comemorando, como se isto fosse melhorar o País. Vamos
torcer para que a linha dura das Forças Armadas continue inerte nos quartéis.
Do contrário, teremos o retorno do triste filme que começou no dia 1 de abril
de 1964 e só terminou em 1985, deixando rastros de mortos e desaparecidos e
terror.
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