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terça-feira, 21 de outubro de 2025

Gravidez na adolescência deve ser debatida nas igrejas, diz ministro

    Pixabay


Radiografia da Notícia

No Brasil, 12% dos nascidos vivos têm mães adolescentes

Agência Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou, nesta terça-feira (21), que não é possível reduzir a desigualdade no Brasil e na América Latina sem reduzir os casos de gravidez na adolescência. Para ele, é preciso colocar esse tema no mais alto nível de discussão política e também levantar o debate nas escolas e nos espaços religiosos.

“Não tem como enfrentar esse tema sem promover um profundo diálogo com as lideranças religiosas que estão em nossos territórios”, disse Padilha durante evento promovido pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), em Brasília.

De acordo com ele, o Ministério da Saúde está trabalhando na reorganização da atenção primária, para que os profissionais saiam da estrutura da Unidade Básica de Saúde (UBS) para conhecer os territórios onde atuam. Segundo o ministro, essa organização do serviço ficou prejudicada após a pandemia de covid-19.

Brasília (DF), 30/09/2025 – O ministro Alexandre Padilha (Saúde), durante entrevista para falar sobre os casos de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, agora concentradas no estado de São Paulo, devem transcender os limites do estado.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que não é possível reduzir a desigualdade no Brasil e na América Latina sem reduzir os casos de gravidez na adolescência. Foto: José Cruz/Arquivo Agência Brasil

“Não tem como enfrentar a gravidez na adolescência no Brasil se a gente não conseguir entrar nas igrejas que estão nos nossos territórios, sobretudo aquelas que tentam esconder o protagonismo, o papel e a importância das mulheres”, disse.

“Os principais espaços de convivência e, talvez, de acolhimento das comunidades onde estão as populações mais vulneráveis são os espaços das igrejas, nas mais variadas denominações e matrizes religiosas”, afirmou, ao acrescentar, da mesma forma, a importância da discussão do tema da gravidez na adolescência nas escolas.

O evento Futuro Sustentável – Prevenção da Gravidez na Adolescência na América Latina e Caribe é um encontro regional que reúne governos, organismos internacionais e especialistas para fortalecer a cooperação e as políticas públicas voltadas à redução da gravidez na adolescência.

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Segundo a UNFPA, as taxas de gravidez na adolescência têm caído na América Latina e o Caribe, mas a região ainda apresenta a segunda taxa de fecundidade adolescente mais alta do mundo, atrás apenas da África Subsaariana. A cada 20 segundos, uma adolescente se torna mãe na região — cerca de 1,6 milhão de nascimentos por ano.

O órgão das Nações Unidas reforça ainda que a gravidez na adolescência está fortemente associada à pobreza, evasão escolar e desigualdade de gênero. No Brasil, 12% dos nascidos vivos têm mães adolescentes.

“Não se pode falar em gravidez desejada ou planejada na adolescência. É, no limite, algo que aconteceu por não ter tido acesso às tecnologias, à informação e, muitas vezes, não ter tido acesso a direitos básicos, que é o da proteção do próprio corpo, da proteção contra a violência, que é, muitas vezes, o principal motivo dessa gravidez na adolescência”, reforçou o ministro Alexandre Padilha, citando os impactos que isso traz para a vida da mulher e também dos filhos, como econômicos, educacionais, da dignidade de moradia e acesso à cultura e lazer.

Para Padilha, o tema deve estar no nível mais alto dos espaços governamentais e da sociedade pois, em geral, os adolescentes não tem espaço para pressionar a sociedade sobre suas demandas.

“Às vezes, outros temas das mulheres chegam pela força do movimento, pela pauta, pela história [...]. [Os temas da adolescência] não chegam porque, às vezes, não interessa a toda a indústria farmacêutica, como a saúde da mulher, como o tema do câncer, do câncer de mama, de tecnologias que significam alto custo”, disse.

Ainda segundo ele, o tema será pautado pelo Brasil na reunião dos ministros do Mercosul. Neste semestre, o governo brasileiro está na presidência do bloco sul-americano.

Acesso facilitado

Entre outros temas debatidos no evento, Padilha comentou sobre a importância de reorganizar as tecnologias assistenciais para criar espaços seguros de escuta e promover o acesso à saúde aos adolescentes. No Brasil, ele destacou a iniciativa da caderneta digital do adolescente e a incorporação do implante contraceptivo popularmente conhecido como Implanon pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Achar que a gente vai atingir essas pessoas na nossa forma tradicional de organizar os serviços de saúde é não reconhecer que a gente está em um século absolutamente diferente, sobretudo essa geração que está muito à frente de cada um de nós”, disse.

O ministro contou que, em projeto piloto, foi identificado que o Implanon é a melhor tecnologia para a população adolescente. Para isso, o ministério está trabalhando para garantir o acesso mais amplo possível, inclusive para que enfermeiros possam fazer o procedimento na atenção primária.

Para Padilha, é possível pensar em programas para a América Latina, de transferência de tecnologia e assistência técnica, para que haja uma oferta sustentável e acessível aos programas de saúde de todos os países, como foi com a cooperação em vacinação.

“Toda vez que a América Latina se reúne e na nossa diversidade encontra aquilo que nós temos em comum, nós conseguimos construir políticas públicas mais fortes e que mudam com mais força e rapidez a realidade da nossa região”, afirmou o ministro.


PF faz operação contra importação clandestina de remédio emagrecedor

 Radiografia da Notícia

Caso envolve servidor da Anvisa que desviou fármacos apreendidos

Agência Brasil

Agentes da Polícia Federal realizaram nesta terça-feira (21) uma operação contra a importação e a receptação de remédios para emagrecer de procedência desconhecida que eram usados em clínicas médicas.

Os policiais federais cumpriram três mandados de busca e apreensão em uma clínica médica e residências de investigados, localizadas nas cidades do Rio de Janeiro e São Gonçalo, na região metropolitana da capital fluminense.

As investigações tiveram como ponto de partida a prisão de um servidor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que havia furtado cerca de 100 canetas emagrecedoras apreendidas pela agência reguladora, que colabora com a PF no inquérito.

A Polícia Federal identificou aumento expressivo de apreensões de remédios para emagrecimento na fiscalização aeroportuária. Importados clandestinamente, esses fármacos são desviados para comercialização em clínicas médicas. 

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A importação clandestina de remédios desse tipo representa um risco para a saúde pública, porque é impossível verificar sua real procedência e garantir procedimentos regulares de armazenamento e transporte.

Os investigados vão responder pelos crimes de Importação e venda de medicamento de procedência ignorada, bem como receptação qualificada.

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Projeto mira saúde financeira de 2 milhões de brasileiros que moram nos EUA

   Pixabay


Radiografia da Notícia

A motivação do novo canal surge da experiência pessoal de Wicz

Redação/Hourpress

Após um ano vivendo nos Estados Unidos e a conquista do green card, o economista Charles Wicz (conhecido por milhões de brasileiros como o Economista Sincero) acaba de anunciar seu novo projeto com foco internacional: o canal “América Sem Enrolação. Reconhecido por diversas vezes como Top Influencer ANBIMA, Wicz, que acumula mais de 1,4 milhão de inscritos em seu canal principal no YouTube, agora mira a saúde da vida financeira dos mais de 2 milhões de brasileiros que residem em solo norte-americano.

 

A motivação do novo canal surge da experiência pessoal de Wicz. "Quando cheguei, percebi como é difícil entender o sistema americano: construir crédito, escolher cartões, investir, lidar com seguros e impostos. Eu vivi tudo isso na pele". Essa imersão, que incluiu a cobertura das eleições americanas em Washington, levou o economista a transformar seus próprios desafios em conteúdo prático, profundo e acessível para a comunidade imigrante.

 

O “América Sem Enrolação” nasce com a proposta de ser uma ponte entre o conhecimento técnico e a experiência de vida, com vídeos mensais a partir de outubro. O projeto irá conectar especialistas e brasileiros que vivem nos EUA, trazendo análises aprofundadas e suporte em áreas cruciais para o imigrante, como finanças, imigração, contabilidade, crédito e seguros.


Rede

 

"É por isso que esse projeto é diferente, porque vem de quem passou pelos mesmos caminhos e entende as dores reais do brasileiro aqui. A meta é clara, ajudar brasileiros a prosperar financeiramente em dólar e conquistar estabilidade e liberdade na América, sem jargões ou enrolação", afirmou Wicz.

 

Além do conteúdo em vídeo, Wicz e sua equipe iniciarão uma rede de serviços financeiros voltada à comunidade brasileira nos EUA. O objetivo é oferecer orientação transparente, confiável e ética, combatendo a desconfiança que muitos imigrantes têm de serem enganados. "Muitos brasileiros que chegam aqui têm medo de pedir ajuda porque já ouviram histórias de golpes. A gente quer mudar isso", explica o economista, ressaltando que o suporte virá de profissionais que vivem nos EUA e têm conhecimento real do mercado local.

 

O lançamento marca o início de uma nova fase na trajetória de Charles Wicz, agora com um olhar internacional e a credibilidade de quem construiu uma das maiores audiências de finanças do país.

Comissão aprova projeto que obriga plano de saúde a cobrir cirurgia de redução de mama

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Adultização infantil prejudica desenvolvimento emocional

    Divulgação


Radiografia da Notícia

Comportamento também pode desencadear consequências biológicas e sociais que só aparecem na adolescência ou vida adulta 

Redação/Hourpress

Fenômeno que ocorre quando crianças e adolescentes são expostos a comportamentos e responsabilidades típicas do mundo adulto, muitas vezes de forma precoce e inapropriada para a faixa etária, a adultização infantil tem preocupado especialistas.
 

O termo ganhou força, recentemente, após o influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, publicar um vídeo - atualmente com 50 milhões de visualizações - em que denuncia produtores de conteúdo que exploram crianças e adolescentes nas redes sociais, além de cobrar as plataformas que monetizam este tipo de conteúdo.
 

Para a psicóloga Camila Grasseli, professora do Centro Universitário UniBH –integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima - o problema vai muito além da sexualização precoce. “Usamos o termo adultização para falar das crianças que estão rompendo etapas. Muitas vezes, isso aparece nas roupas, calçados, no uso de maquiagem pelas meninas, mas também no abandono progressivo do brincar”, afirmou.


Adulto


Segundo Camila, comportamentos que parecem inofensivos — como colocar uma filha de 11 anos para cuidar dos irmãos ou buscar sozinha encomendas dos pais na portaria do prédio — podem ser os primeiros sinais de uma inversão perigosa de papéis. “Muitos responsáveis incentivam esses atos sem perceber. Os pais acham que estão promovendo autonomia, mas, quando colocam uma criança de oito anos para realizar tarefas sozinha ou deixam um pré-adolescente assumir cuidados que caberiam a um adulto, isso pode marcar o início da adultização.”
 

A especialista lembra ainda que a infância é um período essencial para o desenvolvimento emocional, social e ético do indivíduo. “É na infância que a criança vive, de forma lúdica, aquilo que encontrará no mundo adulto. Ela precisa desse tempo e dessa fase para entender o que é certo, errado, ético e moral”, pontua.

 

Consequências emocionais 

 

Quando expostas precocemente a experiências e símbolos adultos, as crianças, segundo Grasseli, não têm maturidade neurológica para lidar com as consequências. “O cérebro é o último órgão a amadurecer e só completa esse processo por volta dos 20 anos. Se ofereço vivências adultas a alguém com 12, estou impondo algo biologicamente impossível”, explicou.
 

A sexualização precoce, conforme aponta a professora do UniBH, é o extremo mais grave. Camila destaca que a exposição a conteúdos e comportamentos adultos pode resultar, mais tarde, na interpretação dessas vivências como abusivas, agressivas ou traumáticas. Ela cita ainda impactos físicos: “Estamos observando, geração após geração, a antecipação da menstruação em meninas, às vezes aos nove anos. O corpo passa a responder a estímulos que vêm dessas experiências adultizadas”, disse.
 

Grasseli também chama atenção para o uso indiscriminado das redes sociais como um dos principais vetores da adultização. “As crianças foram retiradas do convívio com colegas da mesma faixa etária e passaram a se relacionar com as imagens das redes. Esses conteúdos estão ligados ao consumo, muitas vezes ao consumo adulto. A indústria, por sua vez, acompanha o movimento e cria versões adultas de roupas, maquiagens e acessórios voltados ao público infantil. Sem regulamentação e proteção, essas crianças ficam completamente vulneráveis.”

 

Alerta 

 

Embora muitas crianças achem “legal” se parecerem com adultos, o impacto emocional do comportamento ‘adultizado’ pode surgir em forma de irritabilidade, agressividade, insônia ou depressão. Nesses casos, pode haver necessidade de psicoterapia, acompanhamento médico e, em alguns quadros, intervenção psiquiátrica. “A criança raramente vai dizer que está sofrendo. Ela gosta da sensação de parecer adulta, mas não está pronta para lidar com as responsabilidades ou consequências”, advertiu a psicóloga.
 

Camila Grasseli afirma que, ao identificar sinais de adultização, é possível reverter o quadro — mas os adultos precisam assumir seu papel. “Nem sempre o que deve ser feito será bem recebido pela criança, mas é necessário.”
 

De acordo com a psicóloga, cabe aos pais oferecer limites, acolhimento e, principalmente, suporte educacional. “Infância não é um ensaio para a vida adulta. É uma fase que precisa ser protegida e conduzida com presença, escuta e responsabilidade. Quando pulamos etapas do desenvolvimento, a criança pode até parecer madura, mas, por dentro, ela ainda não dispõe dos recursos emocionais necessários para sustentar esse papel. Isso gera sofrimento e impactos que muitas vezes só aparecem anos depois”.