Postagem em destaque

Empresários revelam lições do esporte aplicadas nos negócios

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Lélio Vieira, três vezes campeão do Rally Internacional do Sertões, Célio Vinícius, sete vezes campeão...

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Qual o melhor momento para comprar um carro elétrico?

Divulgação GWM


 Radiografia da Notícia

Especialista parceiro do Klubi aponta momento para planejar a compra com antecedência e acompanhar o amadurecimento deste mercado

De acordo com a Agência Internacional de Energia, 14% dos veículos vendidos neste ano são elétricos

Por outro lado, o mercado ainda precisa de adaptação para fazer a transição dos veículos a combustão para os movidos a bateria

Redação/Hourpress

Pouco a pouco vemos os carros elétricos dominando as ruas. Até o final da década, eles devem representar 86% do mercado, segundo relatório do Rocky Mountain Institute (RMI). De acordo com a Agência Internacional de Energia, 14% dos veículos vendidos neste ano são elétricos. 

Por outro lado, o mercado ainda precisa de adaptação para fazer a transição dos veículos a combustão para os movidos a bateria. No Brasil, existem cerca de 3 mil eletropostos, mas uma estimativa da ABVE aponta que até 2025 este número deve chegar a 10 mil. 

O preço desses veículos também está oscilando muito no momento. Modelos das marcas Caoa Chery e Jac chegaram ao mercado custando R$150 mil no último ano e hoje são oferecidos por cerca de R$100 mil. A última novidade no mercado é o BYD Dolphin Mini, que desembarca no Brasil custando a partir de R$115 mil. Para o fundador da Eletricar, Matheus Afonso, “Este é um segmento que vem crescendo muito e sua tecnologia ainda está se adaptando. Neste momento, o preço desses veículos fica cada vez mais acessível e já vale bastante a pena. Para quem deseja ter um elétrico nos próximos anos, vale analisar esse mercado e começar a planejar a compra”, explicou Mateus.

Matheus agora é criador de conteúdo Klubi, única fintech autorizada pelo Banco Central a operar com consórcios no país, e publica conteúdos com dicas sobre carros elétricos. O Klubi atualmente tem como carro-chefe o consórcio automotivo de R$50 mil a R$200 mil, com planos de até 100 meses. Para o CEO, Eduardo Rocha, os consórcios se destacam para motoristas que querem comprar um veículo de forma planejada e são uma ótima alternativa para evitar os financiamentos, que chegam a cobrar 30% ao ano do consumidor. No consórcio de um elétrico, o interessado pode até mesmo oferecer o valor do seu carro a combustão como um lance para acelerar seu plano de dirigir um veículo movido à bateria”, finalizou o executivo.

Avalie e escolha o fone de ouvido ideal para sua rotina

    Divulgação


Radiografia da Notícia

Bluetooth, cancelamento de ruído e tempo de bateria são algumas características que fazem a diferença na hora de optar por um produto de áudio ou marca

Seja para acompanhar músicas durante o treino, participar de videochamadas no trabalho ou mergulhar em um podcast

A partir do Bluetooth 5.0 s a conexão sem fio está mais aprimorada

Redação/Hourpress

No emaranhado de opções de fones de ouvido disponíveis no mercado, encontrar o par ideal que se alinha com a rotina pode ser uma verdadeira jornada. Seja para acompanhar músicas durante o treino, participar de videochamadas no trabalho ou mergulhar em um podcast durante o trajeto diário, as escolhas tecnológicas por trás de um fone podem fazer toda a diferença na experiência do usuário. Com isso, a Lity, marca de eletrônicos e acessórios compatíveis com dispositivos de última geração, traz dicas para auxiliar nessa busca pelo acessório ideal.

"Na era da convergência digital, a escolha dos fones de ouvido certos é mais que uma simples decisão de compra, é uma questão de maximizar a eficiência e o prazer em nossas atividades diárias. Tecnologias como Bluetooth, cancelamento de ruído e longa duração da bateria se tornaram critérios indispensáveis para uma experiência auditiva única", comenta Brian Moro, Gerente de Produto da Lity.

Confira abaixo algumas características-chave que devem ser consideradas:

  1. Bluetooth:

A partir do Bluetooth 5.0 s a conexão sem fio está mais aprimorada, proporcionando uma experiência de áudio estável e de baixa latência. Com as versões mais recentes do Bluetooth, os fones de ouvido podem se conectar facilmente a dispositivos compatíveis, garantindo uma transmissão de áudio confiável e de alta qualidade. Além de oferecer melhorias na eficiência energética, prolongando a vida útil e o tempo de uso dos fones de ouvido para que seja possível desfrutar de músicas e chamadas de áudio por mais tempo.

  1. Tempo de Bateria:

A vida útil da bateria é de extrema importância, afinal, o dia a dia é muito corrido. Quanto mais longa for a duração, melhor, especialmente para aqueles que estão em constante deslocamento e não têm tempo para recargas frequentes. A Lity conta com modelos que duram até 48 horas contínuas e levam apenas 30 minutos para carregarem por completo.

  1. Cancelamento de Ruído Ativo (ANC) e Cancelamento de Ruído Ambiente (ENC):

Essas tecnologias são essenciais para bloquear ruídos externos e proporcionar uma experiência auditiva imersiva. O ANC reduz ativamente o ruído de fundo - a Lity tem em seu portfólio fones de ouvido com Cancelamento de Ruído Inteligente que captam o ruído externo e cancelam esse ruído para que o usuário não os ouça, enquanto o ENC melhora a qualidade do som durante chamadas telefônicas, filtrando o ruído ambiente. Assim, durante as chamadas, por exemplo, o consumidor pode ter sons mais limpos e sem interferências, o que faz total diferença, principalmente, em locais públicos ou com muito barulho.

  1. Controles Touch Intuitivos:

Já os controles touch permitem uma experiência de uso sem complicações. Com apenas um toque ou deslize nos fones de ouvido, os usuários podem controlar facilmente várias funções, como reproduzir/pausar músicas, ajustar o volume e atender chamadas telefônicas. Esses controles eliminam a necessidade de botões físicos, proporcionando uma aparência elegante e moderna aos dispositivos.

  1. Design Funcional:

Além das especificações técnicas, o design de um fone de ouvido pode fazer toda diferença para o usuário. Um modelo funcional não apenas complementa o estilo pessoal, mas também melhora a usabilidade em diferentes cenários.

Por exemplo, consideremos o modelo T11 da Lity. Enquanto muitos fones Bluetooth podem ser excelentes em desempenho, o T11 também se destaca por seu design cuidadosamente projetado. Ele foi desenvolvido para se ajustar confortavelmente aos ouvidos, evitando escorregar mesmo durante atividades físicas intensas ou movimentos rápidos do dia a dia graças às suas hastes de silicone.

Escolher um fone de ouvido com um design funcional proporciona conforto prolongado e aumenta a versatilidade em diversas situações. Este exemplo ilustra a importância de priorizar produtos que não apenas impressionam em termos de desempenho técnico, mas também atendem às necessidades práticas e ao estilo de vida do consumidor moderno. Assim como vemos com os headphones que são usados em academias, mas também durante reuniões, momentos de entretenimento etc.

Ao buscar o fone de ouvido ideal, é importante considerar não apenas as especificações, mas também como o design se adapta ao cotidiano, garantindo uma experiência auditiva positiva em qualquer lugar e a qualquer momento.

Monjauro: entenda como age o princípio ativo do emagrecedor americano

    Ceub/Divulgação


Radiografia da Notícia

Especialista em Farmacologia do Ceub compara benefícios do medicamento e faz recomendações para cada tipo de tratamento

* O  medicamento americano Mounjaro virou trend nas redes sociais após celebridades relatarem o uso para o emagrecimento rápido

Esses hormônios são responsáveis por estimular receptores que aumentam a produção de insulina

Redação/Hourpress

“Primo-irmão” do Ozempic (semaglutida), o medicamento americano Mounjaro virou trend nas redes sociais após celebridades relatarem o uso para o emagrecimento rápido. A droga, produzida pela farmacêutica Eli Lilly e aprovada pela Anvisa em 2023 para tratamento do diabetes tipo 2 no Brasil, atua de forma semelhante ao Ozempic em casos de diabetes tipo 2, obesidade e sobrepeso. Danilo Avelar, doutor em Farmacologia e professor de Enfermagem do Centro Universitário de Brasília (Ceub), esclarece dúvidas sobre o medicamento, seu princípio ativo e efeitos colaterais.
 
Confira entrevista, na íntegra:
 
Qual é o principal mecanismo de ação do Mounjaro (tirzepatida)?
DA: O Mounjaro atua como um análogo do GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon) e GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose). Esses hormônios são responsáveis por estimular receptores que aumentam a produção de insulina em resposta à glicose. Além disso, o medicamento retarda o esvaziamento gástrico, prolongando a sensação de saciedade e contribuindo para o controle glicêmico. 
 
Quais são os principais achados clínicos sobre a eficácia do Mounjaro no controle da glicemia e na perda de peso?
DA: Estudos clínicos mostraram que o Mounjaro proporciona melhora substancial no controle da glicemia em indivíduos com diabetes tipo 2 e redução expressiva no peso corporal em pacientes com sobrepeso e obesidade. Isso porque, ao combinar ação sobre o GLP-1 e o GIP, retarda a digestão de carboidratos, resultando em uma sensação prolongada de saciedade. A diminuição significativa na ingestão calórica leva à perda de peso. Comparativamente a outros medicamentos, o Mounjaro se destaca pela eficácia em ambas as áreas.  
 
Existe alguma evidência de que o Mounjaro possa ajudar na prevenção de outras condições além do diabetes tipo 2, como o Alzheimer?
DA: Além de seu papel no controle glicêmico e na redução de peso, há estudos em andamento sobre o potencial do Mounjaro em beneficiar condições como doenças cardiovasculares, metabólicas e neurodegenerativas, como o Alzheimer. A regulação da glicemia e os efeitos positivos sobre o metabolismo celular podem contribuir para esses benefícios adicionais. 
 
Para quais perfis de pacientes o Mounjaro é mais indicado? Quem deve evitar esse medicamento?
DA: O Mounjaro é especialmente indicado para pacientes com diabetes tipo 2 que não alcançaram controle adequado com outras terapias, bem como para indivíduos com sobrepeso e obesidade que buscam uma redução de peso significativa. Gestantes, pessoas com alergia a análogos do GLP-1, indivíduos com histórico de pressão arterial muito baixa e aqueles com tendência a náuseas severas devem evitar o uso do medicamento devido aos possíveis efeitos adversos.
 
Qual é o regime de administração do Mounjaro e como ele contribui para uma melhor adesão ao tratamento pelos pacientes?
DA: O Mounjaro é administrado por via subcutânea, geralmente em uma dose inicial baixa que é ajustada conforme a resposta do paciente ao tratamento. Esse regime de administração oferece conveniência e flexibilidade aos pacientes, o que pode melhorar significativamente a adesão ao tratamento. 
 
Quais são os efeitos colaterais mais comuns associados ao uso do Mounjaro e como eles podem ser gerenciados?
DA: Os efeitos colaterais mais frequentes incluem distúrbios gastrointestinais, como náuseas, vômitos, diarreia e desconforto abdominal. Esses sintomas podem ser gerenciados com ajustes na dieta, como aumento na ingestão de fibras e líquidos, além de orientação médica para minimizar o impacto dos efeitos adversos. 
 
Existem precauções específicas que os pacientes devem tomar ao iniciar o tratamento com Mounjaro?
DA: É importante que os pacientes compreendam os potenciais efeitos colaterais do Mounjaro, como distúrbios gastrointestinais e mudanças na pressão arterial. O uso do medicamento deve ser acompanhado de perto por profissionais de saúde, especialmente no ajuste da dosagem inicial e na monitorização contínua dos efeitos terapêuticos e adversos.


Senado aprova reformulação do Ensino Médio

    EBC


Radiografia da Notícia

* O texto amplia a carga horária mínima total destinada à formação geral básica, das atuais 1,8 mil horas, a carga será ampliada para 2,4 mil horas

A carga horária mínima anual do Ensino Médio passa de 800 para 1 mil horas distribuídas em 200 dias letivos

O texto aprovado prevê a inclusão da língua espanhola como componente curricular obrigatório, além do inglês

Agência Brasil

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (19) a proposta que reformula o Ensino Médio no País. O substitutivo apresentado pela senadora Dorinha Seabra (União-TO) já havia sido aprovado na manhã de hoje (19) na Comissão de Educação, e voltará para análise da Câmara dos Deputados. 

O texto amplia a carga horária mínima total destinada à formação geral básica, das atuais 1,8 mil horas, a carga será ampliada para 2,4 mil horas. Nos cursos técnicos e profissionais, a formação geral básica poderá ter carga horária mínima de 2,2 mil horas até 2028. As 200 horas restantes deverão ser implantadas até 2029.

A carga horária mínima anual do Ensino Médio passa de 800 para 1 mil horas distribuídas em 200 dias letivos. Essa carga poderá ser ampliada, de forma progressiva, para 1.400 horas, respeitando uma distribuição de 70% para formação geral básica e 30% para os itinerários formativos.

“Nós queremos e precisamos que a educação pública brasileira garanta o direito a cada jovem, a cada criança, o direito de aprender, e que essa formação seja robusta, que permita a continuidade, quer seja na formação técnico-profissional, quer seja na área acadêmica”, disse a senadora Dorinha. 

O texto aprovado prevê a inclusão da língua espanhola como componente curricular obrigatório, além do inglês. Outros idiomas poderão ser ofertados em localidades com influências de países cujas línguas oficiais sejam outras.

20 anos sem Brizola: político segue referência para luta democrática

    Arquivo pessoal família Brisola


Radiografia da Notícia

Político gaúcho chegou a usar ondas do rádio para evitar golpe em 1961

O Palácio Piratini, meus patrícios, está aqui transformado em uma cidadela que há de ser heroica (...)”

Momentos como esse terão destaque em um documentário de Sílvio Tendler

Agência Brasil 

O momento era de tensão total. Naquele 28 de agosto de 1961, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, foi correndo para o porão do Palácio Piratini e fez um pronunciamento para uma rádio que a equipe montou de improviso. “Hoje, nesta minha alocução, tenho os fatos mais graves a revelar. O Palácio Piratini, meus patrícios, está aqui transformado em uma cidadela que há de ser heroica (...)”. Ele pedia resistência até o fim.  Aquele seria um dos momentos que faria com que Brizola (1922 - 2004), que morreu há 20 anos, entrasse para a história brasileira. Segundo pesquisadores, ele foi responsável por evitar, via uma rede de rádios, que o golpe militar ocorresse naquele ano. 

Momentos como esse terão destaque em um documentário de Sílvio Tendler, que deve ser lançado no segundo semestre deste ano. Aquele episódio ocorreu depois da renúncia de Jânio Quadros. Como João Goulart, o vice-presidente, estava em missão diplomática fora do País, a cúpula militar posicionou-se para impedir a transmissão de posse para o vice. Houve um impasse e quem assumiu o país foi o presidente da Câmara, Paschoal Ranieri Mazzilli.  

Brasília (DF) 20/06/2024 - 20 anos da morte de Leonel Brisola.
Foto: Família Brisola/Arquivo Pessoal
20 anos da morte de Leonel Brisola- Família Brisola/Arquivo Pessoal

Leitura de país

De acordo com o neto de Brizola, Leonel Brizola Neto, que cedeu as imagens para o filme e que busca divulgar o legado do avô com uma associação cultural, o então governador tinha a noção da ameaça de uma ruptura democrática. 

“Ele tinha uma leitura do que estava acontecendo. Naquela época, não havia a facilidade das informações que nós temos hoje. Ele entendeu e começou a organizar (a resistência). Todos os atos do Brizola foram sempre dentro da legalidade democrática”, argumenta o neto. 

Em nome dessa legalidade, Brizola passou a utilizar a Rádio Guaíba, através de um ato governamental, para defender a posse do vice. Para o professor de história Adriano de Freixo, da Universidade Federal Fluminense, Brizola foi a figura central da resistência. 

Freixo ressalta que houve de fato uma tentativa de golpe em 1961, orquestrada pelos que executaram o golpe de 1964. 

“Quando Brizola montou a rede da legalidade, com seus discursos sendo transmitidos para todo o Brasil, ele também consegue apoio militar, do Exército no Rio Grande do Sul e da Brigada Militar gaúcha, dispostos a ir para o confronto. Isso faz, inclusive, com que outras lideranças civis se animassem a resistir”, afirmou o professor. 

A “rede da legalidade”, como ficou conhecida, congregou mais de 100 rádios pelo Brasil, que passaram a retransmitir discursos pela manutenção da democracia e da legalidade.

Brizola passou a denunciar que aviões militares brasileiros teriam ordem para atirar contra o palácio do governo gaúcho. Segundo os pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, como conseguiu adesão de praças da própria Força Aérea boicotaram as aeronaves para que não decolassem.

 Frustração

O professor Adriano de Freixo avalia que Brizola estava disposto, inclusive, a partir para o confronto, se fosse necessário. “Como ele mesmo disse em alguns depoimentos, a ideia dele era marchar para o Rio de Janeiro e dissolver o Congresso, já que parlamentares tinham sido coniventes com tentativa de golpe e garantir a posse do Jango”, afirma o professor. Foi uma decepção para Brizola ter conhecimento de que Jango concordou com uma solução conciliatória e assumiu um regime parlamentarista provisoriamente. 

A frustração de Brizola com o presidente deu-se diante de um contexto político. Pesquisadores do período entendem que havia expressivo apoio popular à posse de Jango em 1961. De acordo com o sociólogo Yago Junho, que também pesquisa a trajetória de Brizola, o então governador do Rio Grande do Sul ganhou a opinião pública porque compreendeu a importância do processo de comunicação. 

“A batalha política é a batalha das comunicações. Mais de 70% da população apoiava a posse do Jango e o Brizola, em relação a esse apoio popular, queria efetivamente promover mudanças. Acabou prevalecendo a conciliação e a conciliação só serviu para adiar o golpe por três anos”, analisa o sociólogo. Os pesquisadores avaliam que Brizola foi hábil, mas não contava que Jango iria curvar-se às condições dos militares. 

Legados

Brasília (DF) 20/06/2024 - 20 anos da morte de Leonel Brisola.
Foto: Família Brisola/Arquivo Pessoal
20 anos da morte de Leonel Brisola. Foto: Família Brisola/Arquivo Pessoal - Família Brisola/Arquivo Pessoal

Os pesquisadores da trajetória de Leonel Brizola entendem que a infância pobre no Rio Grande do Sul foi fator decisivo para as escolhas políticas do homem que foi governador de dois estados, o que ele nasceu, e o Rio de Janeiro.  Yago Junho analisa que Brizola defendeu o trabalhismo e os direitos da Consolidação das Leis do Trabalho. 

O historiador Adriano de Freixo vê Brizola como uma das figuras públicas mais importantes da segunda metade do século passado. 

“Ele construiu uma carreira política muito profícua. Ele defendeu melhor distribuição de riquezas, com propostas como a realização da reforma agrária, educação integral nas escolas e defesa do país diante de pressões estrangeiras”, diz 

Os pesquisadores assinalam que Brizola acreditava que a educação seria a forma de gerar uma construção de uma sociedade menos desigual, tanto na gestão do Rio Grande do Sul (1959 - 1963) como do Rio de Janeiro (1983 - 1987 e 1991 - 1994).

“Essa preocupação do Brizola com uma educação de qualidade, com uma escola de tempo integral, é algo que hoje continua no âmbito de investigadores educacionais do Brasil”, afirma o historiador Adriano de Freixo. Sobre a escola em tempo integral, defendida pelo político gaúcho, o pesquisador avalia que foi uma ideia que acabou sendo combatida por diferentes setores. “Essa é uma questão central no pensamento do Brizola”.

O resultado foi que houve redução do analfabetismo com a construção de mais de seis mil escolas. “O pai dele foi assassinado. A mãe alfabetizou os filhos. Ele foi depois, com 14 anos, estudar sozinho numa escola técnica em Viamão, que é perto de Porto Alegre. “Conseguiu entrar na universidade como engenheiro”, afirma Leonel Brizola Neto.  No Rio de Janeiro, ele implementou a ideia do antropólogo Darcy Ribeiro e criou os Centros Integrados de Educação Pública (Ciep) para fazer valer a educação integral.

Contra o “atraso”

Além da educação, outra marca de Brizola foi a defesa enfática da reforma agrária. “Entendo que essa é uma questão central para aquela esquerda trabalhista do início dos anos 60: o latifúndio tinha que ser combatido. Você não consegue combater e superar o subdesenvolvimento se não superar a questão agrária”, sublinha o historiador Adriano de Freixo. O pesquisador explica que, além da necessidade de se combater as pressões internacionais, seria necessário modernizar o capitalismo brasileiro, numa defesa de uma sociedade menos desigual. “O latifúndio seria uma das causas do atraso nacional”.

O sociólogo Yago Junho crê que Brizola “pagou um preço muito alto” pelas ideias que defendia. “O final da vida dele num ostracismo tem a ver com uma incompreensão sobre o legado político dele”. Uma das acusações dos opositores é que teria havido uma política ineficaz de segurança pública e que a criminalidade aumentou. O resultado foi, segundo avalia, um final de vida no ostracismo. 

Brasília (DF) 20/06/2024 - 20 anos da morte de Leonel Brisola.
Foto: Família Brisola/Arquivo Pessoal
20 anos da morte de Leonel Brisola. Foto: Família Brisola/Arquivo Pessoal - Família Brisola/Arquivo Pessoal

Visibilidade

Na defesa do legado do avô, Leonel, além do documentário, quer dar mais visibilidade às histórias do político. “A gente está agora em um outro processo para tentar digitalizar todos eles e jogar na internet para as pessoas olharem e pesquisarem”. 

Leonel lembra não só do político, mas também do homem disciplinador que cobrava pontualidade, e que se divertia contando suas histórias nas festas de família. “Lembro dele me ensinando a fazer orçamento doméstico. E também plantando bananeira (ponta-cabeça no chão) em casa. Ele era um homem muito forte”, recordou o neto.


Após voto de Toffoli, STF continua sem decisão sobre porte de maconha

    EBC


Radiografia da Notícia

Placar está em 5 a 3 pela descriminalização; julgamento foi suspenso

Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade

O ministro  fez um histórico sobre os perigos do uso de entorpecentes para saúde e discordou da política de combate às drogas no Brasil

Agência Brasil 

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quinta-feira (20) para manter a constitucionalidade da Lei de Drogas, norma que definiu penas alternativas a usuários de drogas. Com o voto do ministro, o placar do julgamento continua sendo de cinco votos a favor e três contra a descriminalização. 

O Supremo retomou hoje (21) o julgamento da constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

Em seu voto, único proferido na sessão de hoje, Toffoli abriu uma nova corrente sobre a questão. O ministro  fez um histórico sobre os perigos do uso de entorpecentes para saúde e discordou da política de combate às drogas no Brasil, que, segundo ele, trata o usuário como criminoso. Contudo, Toffoli sugeriu ao Congresso e o Executivo federal prazo de 18 meses para fixação de critérios objetivos para diferenciar usuários e traficantes. 

"Estou convicto de que tratar o usuário como um tóxico delinquente não é a melhor política pública de um estado social democrático de direito", afirmou

Após o voto do ministro, o julgamento foi suspenso e será retomado na terça-feira (25). Os próximos votos serão proferidos pelos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia. 

Os demais votos foram proferidos ao longo do julgamento, que começou em 2015. 

Como fica 

Pela manifestação dos ministros que já votaram, o porte de maconha continua como comportamento ilícito, mas as punições definidas contra os usuários passam a ter natureza administrativa, e não criminal. Dessa forma, deixam de valer a possibilidade de registro de reincidência penal e de cumprimento de prestação de serviços comunitários. 

A Corte também vai definir a quantidade de maconha que deve caracterizar uso pessoal, e não tráfico de drogas. Pelos votos já proferidos, a medida deve ficar entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis.

Não é legalização

Durante a sessão, o presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, disse que a Corte não está legalizando a maconha. O ministro esclareceu que a Corte mantém o porte como comportamento ilícito, conforme definido pela Lei de Drogas. 

"Que fique esclarecido a toda a população que o consumo de maconha continua a ser considerado ilícito porque esta é a vontade do legislador", afirmou.

Votos 

O julgamento começou em 2015, quando o relator, ministro Gilmar Mendes, votou pela descriminalização do porte de qualquer tipo de droga. No entanto, após os votos que foram proferidos pelos demais ministros, Mendes restringiu a liberação somente para a maconha, com fixação de medidas para diferencial consumo próprio e tráfico de drogas.

No mesmo ano, votou pela descriminalização somente do porte de maconha, deixando para o Congresso a fixação dos parâmetros.

Em seguida, Luís Roberto Barroso entendeu que a posse de 25 gramas não caracteriza tráfico ou o cultivo de seis plantas fêmeas de cannabis.

Após pedidos de vista que suspenderam o julgamento, em agosto do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes propôs a quantia de 60 gramas ou seis plantas fêmeas. A descriminalização também foi aceita pelo voto para ministra Rosa Weber, que está aposentada.

Em março deste ano, os ministros Cristiano Zanin, André Mendonça e Nunes Marques defenderam a fixação de uma quantidade para diferenciar usuários e traficantes, mas mantiveram a conduta criminalizada, conforme a Lei de Drogas.

No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime. O acusado foi detido com três gramas de maconha.

Nesse caso, a condenação foi mantida porque os ministros entenderam que o acusado estava em uma circunstância que caracterizava tráfico.


Revolta e incerteza marcam volta de alagamentos em Eldorado do Sul

 EBC


Radiografia da Notícia

Água voltou a inundar casas de dois bairros da cidade gaúcha

A inundação atingiu os bairros da Cidade Verde e Vila da Paz, trazendo revolta e incerteza para os moradores

Revoltada com essa situação, a dona de casa Inês da Silva, de 47 anos, tentava limpar a casa que voltou a ser invadida pela água

Agência Brasil 

A água voltou a alagar ruas inteiras em Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul, nessa quinta-feira (20). A inundação atingiu os bairros da Cidade Verde e Vila da Paz, trazendo revolta e incerteza para os moradores do pequeno município de 40 mil habitantes devastado pelas chuvas de maio. A prefeitura estima que 97% da área urbana e 80% da área total do município ficou submersa na maior catástrofe ambiental da história gaúcha.

Em algumas das ruas de Eldorado ainda é possível ver, mais de 45 dias após a enchente, montanhas de entulhos, carros arrastados pelas águas abandonados no meio da rua e até casas inteiras de madeira que foram deslocadas com a força da correnteza.

Porto Alegre (RS), 20/06/2024 - Rua alagada pela enchente no município de Eldorado do Sul. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
 Rua alagada pela enchente no município de Eldorado do Sul. Foto:  Bruno Peres/Agência Brasil

Revoltada com essa situação, a dona de casa Inês da Silva, de 47 anos, tentava limpar a casa que voltou a ser invadida pela água. “No início da semana eu vim aqui e fiquei feliz que a água não estava mais na frente da minha casa, mas agora começou de novo”, lamentou.

Dos 40 mil moradores, mais de 30 mil foram atingidos pela enchente do mês passado que, em alguns pontos, chegou ao primeiro andar das casas. Após 28 dias com alagamentos, a população tentava limpar as residências para recomeçar a vida, mas novo aviso de alerta nessa quarta-feira (19) pediu para as famílias das áreas mais vulneráveis deixarem novamente suas casas.

Inês da Silva vive sozinha com três filhos, sendo a mais nova de apenas 6 anos. “Nosso psicológico está abalado. Eu já não durmo de noite mais direito. Quando a gente quer descansar, a cabeça da gente vem com tudo. É nosso lar, né? É a única casa que a gente tem. Aí, quando a gente quer voltar para as nossas casas, acontece isso aí de novo”, desabafou.

A dona de casa disse que hoje vive de aluguel, mas que não pode pagar por muito mais tempo. Ela lembrou que sua filha pegou pneumonia no abrigo e que chegou a passar fome e sede nos primeiros dias após a enchente. Para ela, a saída deve ser uma indenização para os atingidos.

“Não somos obrigados a morar no lugar que eles querem. Ou faz esse dique [para segurar as enchentes] ou a gente vai embora daqui com a indenização. Queremos uma indenização para a gente escolher um lugar onde a gente ache digno de morar. Eles indenizam nós e acabam com essa cidade, porque a cidade, na verdade, já acabou, né?”, afirmou.

Eldorado do Sul ainda tem 5,4 mil pessoas desalojadas e outras 557 em abrigos da cidade ou de municípios vizinhos.

Eldorado do Sul (RS), 22/05/2024 – CHUVAS-RS - DESTRUIÇÃO - Conforme as águas vão baixando, moradores de Eldorado do Sul tendo contato com os estragos causados pelas enchentes. - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Eldorado do Sul:estragos causados pelas enchentes. - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O pescador artesanal Luiz Antônio Ceccon de Albuquerque, de 53 anos, está no principal abrigo da cidade com a esposa. Eles viviam no bairro da Picada, às margens do Rio Jacuí, uma das regiões mais vulneráveis às cheias. Ele contou que tinha voltado para sua residência há apenas 15 dias depois das chuvas de maio, mas decidiu abandonar novamente a casa por medo de a água subir demais.

“Conseguimos a doação de cama, de colchão e ficamos ali. O fogão estava funcionando. Ganhávamos a cesta básica e estávamos fazendo comida. Aí ontem surgiu esse alerta aí da Defesa Civil. É bem impactante. Eu vou ser bem sincero, eu já chorei várias vezes”, confessou.

Luiz espera poder regressar para sua casa e retomar a atividade de pesca. Ele defende que o Poder Público tem que olhar mais para a população pobre. “Acho que eles deveriam dar uma olhada para nós. Eu sei o que eles querem. Eles querem que a gente saia da ilha, que a gente abandone as nossas casas”, destacou.

Futuro de Eldorado

O local que Luiz vivia, às margens do Rio Jacuí, dificilmente terá condições de se manter depois da última enchente, segundo avalia o vice-prefeito de Eldorado do Sul, Ricardo Alves. A principal aposta da prefeitura para segurança dos moradores é a construção de um dique em volta do centro urbano da cidade, o que excluiria as comunidades das chamadas ilhas, no leito do Rio.

O projeto para construção do dique já existe há 12 anos, mas agora, com a enchente, o vice-prefeito acredita que ela deve sair do papel. “Como todas as grandes obras do país, infelizmente elas demoram em sair do papel. Só que agora ela ganhou, devido a essa notoriedade que deu ao Eldorado do Sul à nível nacional, parece que o projeto felizmente virou prioridade. Pena ter sido as duras penas da sociedade”, disse.

Porto Alegre (RS), 20/06/2024 - Limpeza de locais atingidos pela enchente no município de Eldorado do Sul. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Limpeza de locais atingidos pela enchente no município de Eldorado do Sul. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Segundo o vice-prefeito, a obra é estimada em R$ 460 milhões de recursos da União e gestão do governo do estado do Rio Grande do Sul (RS). Ricardo informou que falta apenas o projeto de execução e que o governador Eduardo Leite (PSDB) prometeu realizar a licitação ainda esse ano.

“A gente não quer abandonar a cidade, a gente quer que ela continue crescendo, e a população continue apostando nela. Mas para isso, a gente precisa muito desse sistema de contenção de cheias”, disse, acrescentando que cerca de 1,5 mil residências não vão mais poder ficar onde estão.

Outras duas obras que a prefeitura aposta para evitar novas catástrofes é a elevação das rodovias que cortam a cidade, uma vez que elas retêm a água e contribuem para os alagamentos, e a dragagem dos rios que estão assoreados e não escoam como poderiam.

“Se pelo menos duas medidas dessas três medidas não forem executadas, Eldorado pode vir a sofrer novamente no futuro e deixar uma incerteza sobre o que vai acontecer com a cidade”, completou Ricardo.


domingo, 16 de junho de 2024

Estudo aponta solução arquitetônica para habitação para vítimas de desastres naturais

     EBC


Radiografia da Notícia

* Estudante de Arquitetura do CEUB desenvolveu moradias temporárias e definitivas que podem se adaptar aos diferentes climas do Brasil

* Propõe modelos habitacionais voltados a vítimas de desastres, adequados a diferentes climas brasileiros

Após a etapa da pesquisa qualitativa, as soluções propostas consideraram adaptações aos diferentes climas com critérios

Redação/Houpress

Muito comum no Brasil, regiões de risco são caracterizadas por condições inadequadas de moradia e maior probabilidade a desastres ambientais. A partir da alta demanda de habitação temporária no país e grande incidência de mudanças climáticas, a estudante de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Brasília (Ceub), Luísa Mello (28), propõe modelos habitacionais voltados a vítimas de desastres, adequados a diferentes climas brasileiros - conciliando a rapidez construtiva com demandas nas diferentes condições. 
 
“Além do conforto estabelecido para as diferentes zonas bioclimáticas brasileiras, a pesquisa buscou se atentar à garantia do direito à moradia adequada, sobretudo no que diz respeito à habitabilidade, acessibilidade e adequação cultural”, afirma Luísa. Para realizar o estudo, do tipo exploratório, foram analisados 77 livros científicos. “Com base nessa revisão de literatura, o que se pretendeu foi formar uma base teórica sólida para o desenvolvimento do modelo habitacional de caráter evolutivo, que se adequasse a diferentes contextos climáticos e que trouxesse a garantia de uma moradia adequada,” destaca a pesquisadora.
 
Após a etapa da pesquisa qualitativa, as soluções propostas consideraram adaptações aos diferentes climas com critérios de área de ventilação e estratégias de condicionamento passivo para o verão ou para o inverno. O modelo habitacional considerou três diferentes contextos bioclimáticos identificados no Brasil: clima quente e seco, clima quente e úmido e clima frio e úmido. De acordo com Luísa Mello, a intenção é que os modelos desenvolvidos sirvam como um módulo embrião no contexto do abrigo temporário, podendo ampliar-se para atender às vítimas de desastres naturais de forma permanente.

Desastres
 
A pesquisa de iniciação científica foi orientada pela professora de Arquitetura e Urbanismo do Ceub Ludmila Correia, e usou como base as premissas do projeto "Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil - BRA 012/17". O projeto é voltado ao desenvolvimento de um protótipo de habitação emergencial para situações pós-desastres, desenvolvido pelo Instituto Avaliação a partir de Edital da Secretaria da Defesa Civil Nacional (SEDEC/MDR), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
 
A docente destaca o caráter inovador do projeto, a partir da necessidade de flexibilização dos modelos de casas para os diferentes climas brasileiros. “Um ponto muito positivo neste trabalho é o fato de não ser apenas um modelo de habitação temporária, especificamente. São habitações que vão ser instaladas em modo provisório, mas vão se adaptar a situações definitivas”, explica Ludmila Correia.
 
Detalhes da pesquisa

Uma vez que os acampamentos para desabrigados comumente se alongam por anos, o projeto partiu do pressuposto da flexibilidade do modelo habitacional, se adequando a diferentes modos de morar e permitindo ao usuário a escolha de elementos que conferem personalidade e identidade aos espaços.
 
Para adequar os modelos habitacionais aos grupos climáticos, a estudante de Arquitetura optou por utilizar o sistema construtivo de paredes e cobertura em Wood Frame da marca Tecverde, material certificado pelo Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat com desempenho térmico favorável em todos os cenários estudados. A proposta inclui esquadrias com áreas de ventilação diferentes, estratégias bioclimáticas de condicionamento térmico passivo, além da orientação solar adequada dos cômodos.
 
Considerando a quantidade de vítimas de desastres naturais que devem ser atendidas com medidas urgentes e céleres, foi fundamental conciliar a rapidez construtiva com as variadas demandas que podem existir entre diferentes famílias. “Espero que a pesquisa possa contribuir no âmbito social dando esse subsídio para as respostas habitacionais às vítimas de desastres naturais, principalmente no que diz respeito ao conforto higrotérmico dessas habitações,” completa.
 
Desastres naturais no Brasil

Os desastres naturais são divididos em cinco tipos pela classificação e codificação brasileira de desastres: geológico, hidrológico, meteorológico, climatológico e biológico. De acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), com base em dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do Ministério do Desenvolvimento Regional (S2ID/MDR), ocorreram mais de 50 mil desastres naturais no Brasil entre 2013 e 2022. O estudo indica que esses desastres impactaram cerca de 340 milhões de pessoas.

Acúmulo de Milhas com Assinatura de Carros? É possível!

Joel Super


 Radiografia da Notícia

Os assinantes podem transformar os pagamentos mensais de suas assinaturas de carro em pontos e milhas aéreas,

Ao utilizar cartões de crédito vinculados a programas de pontos, como Esfera do Santander e Livelo

Por exemplo, uma assinatura mensal de R$ 3.100 pode gerar até 70.000 pontos em quatro anos

Redação/Hourpress

Em celebração ao Dia do Turista no dia 13 de junho, a byecar, maior plataforma de assinatura de carros do Brasil, está destacando uma oportunidade única para os viajantes brasileiros: a possibilidade de acumular milhas aéreas através da assinatura de carros com suas locadoras parceiras.

Os assinantes podem transformar os pagamentos mensais de suas assinaturas de carro em pontos e milhas aéreas, proporcionando oportunidades de viagens internacionais sem custo adicional. Ao utilizar cartões de crédito vinculados a programas de pontos, como Esfera do Santander e Livelo, os clientes acumulam pontos que podem ser convertidos em milhas nos principais programas de fidelidade de companhias aéreas.

 Como Funciona?

A byecar explica que os clientes que pagam suas assinaturas com cartões de crédito participantes de programas de pontos podem acumular pontos a cada pagamento mensal. Esses pontos podem ser transferidos para programas de milhas, como LATAM Pass, Smiles e TudoAzul, especialmente durante promoções de transferência bonificada que multiplicam o valor dos pontos.

Por exemplo, uma assinatura mensal de R$ 3.100 pode gerar até 70.000 pontos em quatro anos. Durante promoções, esses pontos podem ser dobrados, resultando em 140.000 milhas, suficientes para várias viagens internacionais.

 Passo a Passo para Acumular Milhas

  • Escolha um Cartão de Crédito que Pontue: Use cartões de crédito que ofereçam programas de pontos robustos, como Esfera ou Livelo.
  • Pague sua Assinatura com o Cartão de Crédito: Converta sua assinatura de carro em pontos de fidelidade sem custo adicional.
  • Aproveite Promoções de Transferência: Transfira seus pontos para milhas durante promoções que multiplicam os valores.
  • Planeje Suas Viagens: Utilize as milhas acumuladas para emitir passagens aéreas e aproveite viagens internacionais com menor custo.

 Vantagens Adicionais

Além de transformar a assinatura de carro em milhas, os assinantes podem maximizar o acúmulo de pontos em suas compras diárias. Programas como Livelo e Esfera oferecem parcerias com diversas lojas, permitindo que compras cotidianas, como supermercado, farmácia e eletrônicos, também gerem pontos adicionais.

Por exemplo, ao fazer compras em lojas parceiras como Carrefour, Amazon, Drogaria São Paulo e Magazine Luiza, os clientes acumulam pontos que podem ser convertidos em milhas. E o melhor: essas compras podem ser pagas com pix, boleto ou cartão de crédito, aumentando ainda mais a flexibilidade e os benefícios.

 

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Prefeitura de São Paulo reconhece Hospital das Clínicas como Complexo de Saúde

HC/FMUSP


 Radiografia da Notícia

* Aos 80 anos, maior complexo de saúde da América Latina receberá benefícios para se expandir e atender melhor a população

O reconhecimento de um complexo de saúde por iniciativa da Prefeitura é previsto na nova redação do Plano Diretor Estratégico (Lei 17.975/2023

O Hospital das Clínicas completa 80 anos em 2024

 Redação/Hourpress


O prefeito Ricardo Nunes assinou, nesta quarta-feira (12), o decreto que reconhece o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), na região de Pinheiros, como um complexo de saúde, educação em saúde e pesquisa em saúde.
 

O reconhecimento de um complexo de saúde por iniciativa da Prefeitura é previsto na nova redação do Plano Diretor Estratégico (Lei 17.975/2023) e considera os critérios estabelecidos pela Lei de Zoneamento parcialmente revisada (Lei nº 18.081/2024). O Hospital das Clínicas se junta a outros quatro complexos de saúde reconhecidos na cidade. São eles: Unifesp/Hospital São Paulo, Hospital Albert Einstein, Santa Casa de Misericórdia e Hospital Sírio Libanês.
 ‏ ‎‌‍
Para a decisão, o Município levou em consideração a relevância do complexo para a cidade. Por dia, passam pelo complexo um contingente de 50 mil pessoas, incluindo pacientes, familiares, funcionários e colaboradores terceirizados. O Hospital das Clínicas completa 80 anos em 2024.


Novas
 ‏ ‎‌‍
A partir de agora, o complexo poderá usufruir de diversos benefícios previstos na Revisão Parcial da Lei de Zoneamento para se expandir e, assim, atender melhor a população.
 ‏ ‎‌‍
Por exemplo, a edificação poderá receber atividades, não relacionadas necessariamente à área médica, para suprir e complementar as suas necessidades de expansão.
 ‏ ‎‌‍
Outra novidade é que, para novas construções e reformas com ampliação da área construída, o complexo passar a ser beneficiado com um coeficiente de aproveitamento igual a 6. Isso quer dizer que os empreendimentos poderão construir até 6 vezes a área do terreno onde se situam.


ZEU
 ‏ ‎‌‍
O incentivo ocorre, pois de acordo com a lei de zoneamento revisada, um complexo de saúde reconhecido pelo Município recebe parâmetros de ocupação (coeficiente de aproveitamento, gabarito e taxa de ocupação máxima) estabelecidos para uma Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU) majorados em até 50%.
 ‏ ‎‌‍
Como o coeficiente de aproveitamento de uma ZEU é igual a 4, o valor passa a ser de 6. Não há limite para gabarito (altura das edificações). A taxa de ocupação máxima também é ampliada, porém, não pode exceder 85% a área do lote, ou seja, as edificações podem ocupar até 85% do terreno.
 ‏ ‎‌‍
Para a construção dessa área adicional, no entanto, o empreendimento precisará pagar a outorga onerosa ao Município. Os recursos arrecadados com essa contrapartida financeira são destinados para atender os objetivos do Plano Diretor Estratégico (PDE) para a cidade.
 ‏ ‎‌‍
Vale destacar ainda que, conforme o Plano Diretor vigente, imóveis contidos em faixa envoltória de 150 metros do complexo de saúde também serão contemplados com condições especiais de uso e ocupação do solo. Todavia, para utilizar os incentivos, os empreendimentos deverão comprovar ao Munícipio que possuem o uso voltado para saúde, educação em saúde ou pesquisa em saúde.