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Labirintite e sintomas labirínticos: entenda a diferença

    Pixabay Radiografia da Notícia * Médico explica por que as pessoas geralmente fazem uma associação equivocada dessas condições e destac...

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Brasiliense lança serviço inédito para entregadores de app sem vínculo

     Pixabay


Radiografia da Notícia

O benefício é concedido sem burocracia e sem exigências que não se aplicam a essa categoria

De acordo com a Head de produtos da Trampay, Amanda Carrijo, tem aumentado o número de entregadores

A plataforma fornece orientações e o entregador faz a troca do banco em que recebe a remuneração 

Redação/Hourpress

A Trampay, banco digital com foco em entregadores e motoristas de aplicativo, está ampliando seu portfólio de produtos e serviços voltados ao seu público. A fintech agora oferece aos trabalhadores que atuam para plataformas, mas sem vínculo com o operador logístico, a possibilidade de antecipar 70% de sua renda semanal.

O benefício é concedido sem burocracia e sem exigências que não se aplicam a essa categoria de trabalhadores freelancers. Há incidência de taxa de juros de 2,3%, garantindo mais segurança ao beneficiário e crédito mais acessível, em comparação com os produtos disponíveis no mercado.

De acordo com a Head de produtos da Trampay, Amanda Carrijo, tem aumentado o número de entregadores que optam por atuar para aplicativos de entrega sem vínculo com uma operadora logística, funcionando como freelancers nesse segmento de mercado de trabalho, que encontra dificuldades para obter serviços no sistema financeiro convencional.

Banco

A head da Trampay explica quais são os passos para obter a antecipação:

  1. O entregador baixa e se cadastra no APP Trampay (IOS/Android) e após validação do cadastro, clica em “antecipação de recebíveis”.
  2. Na seção “antecipação de recebíveis”, ele se inscreve na lista de espera.
  3. A plataforma fornece orientações e o entregador faz a troca do banco em que recebe a remuneração dos aplicativos para o banco digital da Trampay, a fim de obter a antecipação.

E, ainda, quais as condições para começar a receber:

  • Ter recebido, do aplicativo para o qual prestou o serviço, pelo menos um repasse no banco da Trampay.
  • A antecipação mínima a ser solicitada é de apenas R$ 10.
  • A cobrança é de 2.3% em cima do valor solicitado. Essa taxa representa um pequeno percentual para que o usuário possa ter acesso antecipado ao seu pagamento sempre que precisar. Confira como ela se aplica em diferentes valores:
  • Para R$100: R$100 x 2,3% = R$2,30 de taxa
  • Para R$60: R$60 x 2,3% = R$1,38 de taxa
  • Para R$30: R$30 x 2,3% = R$0,69 de taxa
    O valor da taxa será refletido no app no momento da solicitação.

O benefício começou a ser oferecido em outubro. “Em 15 dias de teste, foram mais de 70 indicações”, cita Carrijo, ilustrando a rápida adesão. A antecipação média está em R$ 82,95 por entregador, um valor considerado elevado e que surpreendeu positivamente a equipe da Trampay.

Para a head, esses dados iniciais são um indicativo de que o produto está cumprindo seu propósito: proporcionar segurança financeira aos gig workers – aqueles que prestam serviço na Gig Economy, negócios baseados em ferramentas digitais. Carrijo reitera que o novo produto é uma ampliação da antecipação de recebíveis que a fintech já oferecia.

A startup foi fundada em 2020 por Jorge Júnior, CEO da empresa, e Tiago Ribeiro, CPO. Com sede em Brasília, está presente em mais de 500 municípios e em 21 estados do Brasil. No primeiro semestre de 2024, a empresa dobrou sua base de usuários e pretende alcançar 300 mil clientes nos próximos anos. O faturamento também registrou um aumento expressivo, triplicando em comparação ao mesmo período do ano passado. 

“Nosso compromisso é claro: ouvir, aprender e evoluir. Com isso, o feedback de nossos clientes se torna essencial para ajustarmos nossa visão e direcionarmos nossos esforços para atender melhor suas expectativas. Essa abordagem nos permitirá criar uma experiência cada vez mais intuitiva, eficiente e satisfatória, impulsionando a inovação e o valor que entregamos a nossos clientes”, destacou Amanda Carrijo.

Mais detalhes sobre a Trampay em <https://trampay.com/>.

Mitos e verdades sobre o período fértil: saiba mais sobre essa fase do ciclo menstrual

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 Radiografia da Notícia

* Em entrevista, ginecologista do Cejam responde às principais dúvidas acerca do tema

Apesar de parecer um tema complexo, entender o próprio corpo nesse período não precisa ser uma tarefa tão difícil

Os sinais incluem mudanças na secreção cervical, que se tornam mais claros, viscosos e elásticos

Redação/Hourpress

Para quem busca prevenir uma gravidez ou se preparar para conceber uma nova vida, entender as diferentes fases do ciclo menstrual e as mudanças no organismo faz toda a diferença. O período fértil, uma das fases mais cercadas de dúvidas, representa o momento em que a mulher está mais propensa a engravidar. Normalmente, ele ocorre alguns dias antes e depois da fase de ovulação – essa, por sua vez, geralmente, acontece por volta de 14 dias antes do próximo ciclo menstrual.

Apesar de parecer um tema complexo, entender o próprio corpo nesse período não precisa ser uma tarefa tão difícil. Segundo a Dra. Dominique dos Reis, ginecologista do Cejam - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, é justamente a falta de informações corretas que leva ao surgimento de muitas crenças sobre o assunto. Por isso, para ajudar a desmistificá-lo, a especialista responde a alguns dos principais questionamentos sobre o período fértil.

Confira abaixo:

 O corpo dá sinais de que está no período fértil?

VERDADE! Os sinais incluem mudanças na secreção cervical, que se tornam mais claros, viscosos e elásticos, aumento da libido, leve dor ou desconforto na região do abdômen, conhecida como dor de ovulação, e, em alguns casos, sensibilidade nos seios.

Existem fatores que podem influenciar positivamente ou negativamente o período?

VERDADE! Fatores como a saúde em geral, estresse, má alimentação e condições médicas podem afetar a ovulação e, consequentemente, o período fértil.

O estresse, por exemplo, pode causar ciclos irregulares. A alimentação também é importante e merece atenção, já que uma dieta balanceada pode ajudar a regular os hormônios e melhorar a fertilidade.

Toda mulher vai ter período fértil?

MITO! Embora a maioria das mulheres em idade reprodutiva vivenciem o período fértil, algumas podem sofrer com distúrbios que afetam diretamente a ovulação, como por exemplo, a síndrome dos ovários policísticos.

A idade afeta a fertilidade?

VERDADE! A fertilidade geralmente vai diminuindo com a idade, principalmente após os 35 anos, devido à redução na quantidade e qualidade dos óvulos.

É impossível para mulheres com ciclos irregulares identificar os seus períodos férteis?

MITO! Mulheres com ciclos irregulares podem, sim, monitorar sinais físicos, como a temperatura basal do corpo e a consistência do muco cervical. Podem também considerar o uso de testes de ovulação disponíveis em farmácias, para facilitar o processo.

Os aplicativos e calculadoras de fertilidade são realmente eficazes?

VERDADE! Eles podem ajudar, especialmente mulheres com ciclos regulares. Mas é importante combinar essas ferramentas com o monitoramento de sinais físicos e teste de ovulação para maior assertividade.

A mulher só consegue engravidar nesse período?

MITO! Apesar de a chance de engravidar ser muito maior durante o período fértil, ainda é possível engravidar fora dele, embora as chances sejam significativamente menores.

Então, ter relações sexuais durante a menstruação pode diminuir as chances de engravidar?

MITO! Apesar de ser menos provável engravidar durante a menstruação, não é impossível, se a ovulação ocorrer logo após o término do ciclo menstrual.

Por fim, existem boatos de que mulheres têm cheiro diferente quando estão férteis, isso é real?

VERDADE! Algumas pesquisas sugerem que as mulheres realmente podem emitir odores mais atraentes durante o período fértil, influenciados por alterações hormonais.


Pastilhas e sprays de garganta podem "mascarar" doenças graves

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Radiografia da Notícia

* Otorrinolaringologista do Hospital Paulista alerta sobre o uso inadequado de medicamentos de alívio sintomático e os riscos envolvidos

Em busca de alívio, é comum que as pessoas recorram a sprays e pastilhas para a garganta

Antes de usar qualquer medicamento, o primeiro passo é sempre verificar as informações na bula

Redação/Hourpress

Com as recentes mudanças climáticas, que trazem oscilações bruscas de temperatura e aumento da exposição ao ar-condicionado, muitas pessoas têm sofrido com incômodos na garganta. Esses sintomas podem variar desde um simples desconforto até sinais de condições mais graves, como infecções respiratórias.

Em busca de alívio, é comum que as pessoas recorram a sprays e pastilhas para a garganta, disponíveis nas farmácias. Embora esses produtos ofereçam um alívio rápido, surge a dúvida: eles são realmente seguros? Existe um limite para o uso?

Para esclarecer esses pontos, o otorrinolaringologista do Hospital Paulista Dr. Gilberto Ulson Pizarro compartilha importantes orientações sobre o uso responsável desses medicamentos e os cuidados que as pessoas devem tomar ao usá-los.

Uso consciente de sprays e pastilhas

De acordo com o Dr. Pizarro, tanto pastilhas como sprays para garganta têm como objetivo principal aliviar temporariamente os sintomas da dor ou desconforto. Contudo, é essencial entender que esses produtos não devem ser considerados soluções definitivas. Cuidados essenciais ao utilizá-los incluem:

  • Leitura das instruções. Antes de usar qualquer medicamento, o primeiro passo é sempre verificar as informações na bula. Saber a dose recomendada, as contraindicações e os efeitos colaterais ajudam a garantir um uso seguro.
  • Evitar o uso contínuo. O especialista alerta para o perigo do uso excessivo e prolongado desses produtos. Embora possam aliviar os sintomas momentaneamente, o uso recorrente pode ocultar sinais de uma doença mais séria. "Se a dor de garganta persiste por mais de dois ou três dias, é crucial procurar orientação médica, pois isso pode indicar algo mais grave que precisa de tratamento especializado", explica Dr. Pizarro.
  • Atenção às contraindicações. Algumas pessoas podem ser alérgicas a substâncias presentes em certos medicamentos. Por isso, é importante estar atento às contraindicações, especialmente se houver histórico de reações alérgicas. "Em caso de dúvidas, é sempre aconselhável consultar um médico", orienta o otorrinolaringologista.

A importância de um diagnóstico médico

Embora pastilhas e sprays possam aliviar temporariamente o desconforto, Dr. Pizarro destaca a importância de buscar um diagnóstico médico. "A automedicação pode esconder problemas maiores, como infecções bacterianas ou virais, que exigem tratamentos específicos", afirma.

A dor de garganta, quando persistente, deve ser avaliada por um profissional de saúde, que pode identificar a causa e indicar o tratamento adequado. "Cada caso é único, e o tratamento precisa ser personalizado", conclui o otorrinolaringologista.

Portanto, ao lidar com sintomas de dor de garganta, especialmente quando são recorrentes ou prolongados, a melhor prática é sempre buscar a orientação de um especialista para garantir que a recuperação seja segura e eficiente.

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e, durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.  

Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Cinco desafios de gestão de projetos em 2025

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Radiografia da Notícia

O mercado tem avançado em um ritmo acelerado

O que hoje é tendência pode não ser mais amanhã

A área de projetos precisará ser ágil na condução e entrega de resultados

Marcelo Pinto

Assim como em outras áreas, a gestão de projetos desempenha um papel essencial nas organizações. Sua relevância cresce ainda mais no contexto do avanço da transformação digital, que exige das empresas mudanças na forma de operar e desenvolver estratégias. No entanto, mesmo diante dessa realidade, muitas companhias ainda não aplicam esse conceito de forma efetiva.

O mercado tem avançado em um ritmo acelerado. O que hoje é tendência pode não ser mais amanhã. Mesmo assim, muitas empresas permanecem presas a metodologias engessadas e rígidas, o que dificulta a adaptação às constantes transformações. Em 2025, esse cenário dinâmico deve continuar trazendo desafios significativos para a área de gestão de projetos. Aqui estão os cinco principais:

#1 Prazo: este continuará sendo um desafio central. A área de projetos precisará ser ágil na condução e entrega de resultados. O tempo entre a produção e a entrega final deve respeitar rigorosamente os prazos estabelecidos para acompanhar a dinâmica do mercado.

Atenção

#2 Restrição orçamentária: a economia influencia diretamente as operações. No Brasil, em especial, o compromisso com a meta do arcabouço fiscal tem levado o governo a realizar bloqueios orçamentários, afetando as precificações. Dessa forma, a gestão de projetos precisará administrar recursos financeiros com atenção, considerando tanto os cenários nacionais quanto internacionais.

#3 Uso de tecnologia: o desafio aqui não é apenas utilizar tecnologia, mas empregá-la de maneira estratégica. É fundamental escolher ferramentas que estejam alinhadas aos objetivos organizacionais e contribuam para a obtenção dos resultados esperados.

#4 Capacitação da equipe: além de investir em tecnologia, é crucial envolver os colaboradores no processo. Isso exige proximidade com o time para identificar as habilidades de cada integrante e alocá-los de forma adequada, promovendo crescimento e desempenho.

Riscos

#5 Gestão de riscos: avaliar os riscos das operações será ainda mais importante. Em 2025, o mapeamento de riscos deverá ser mais preciso e detalhado, garantindo um acompanhamento eficaz e melhor preparo gerencial.

Esses desafios já fazem parte do dia a dia da gestão de projetos, mas, à medida que o mercado se torna mais dinâmico e globalizado, esses obstáculos tendem a se intensificar. Por isso, mais do que apenas tomar consciência, as organizações devem investir desde já na governança e torná-la um pilar estratégico. Alinhar uma cultura organizacional sólida ao uso de tecnologias que melhorem o controle e o monitoramento das operações será fundamental para alcançar resultados superiores.

Promover mudanças na área de projetos não é uma tarefa simples. Envolve escolhas estratégicas e um olhar atento ao que precisa ser aprimorado. Nesse contexto, contar com uma consultoria especializada pode ser uma estratégia decisiva. Especialistas auxiliam no direcionamento e na implementação de soluções robustas que impulsionam o desempenho do negócio.

O ano de 2025 está cada vez mais próximo. E, ao contrário do que muitos pensam, o sucesso não será dos que mais investirem, mas dos que souberem utilizar seus recursos de forma estratégica. Assim, a área de projetos deve estar alinhada com as tendências de mercado e adotar métodos que viabilizem sua expansão e crescimento. Até porque, para superar os desafios que estão por vir, é essencial estar preparado.

Marcelo Pinto é gerente de projeto da SPS Group.

Entenda como a prevenção combinada pode reduzir os casos de HIV

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Radiografia da Notícia

Infectologista do Cejam destaca que o uso de preservativos, a realização de testes regulares e a utilização de medicamentos como PrEP e PEP podem ser estratégias importantes para a prevenção

Um dos principais desafios encontrados atualmente é a evolução silenciosa do vírus

Esses sintomas incluem febre, cefaleia, alterações na pele e aumento dos gânglios linfáticos

Redação/Hourpress

Mesmo diante de avanços científicos e de intensas campanhas de conscientização, o diálogo em torno do HIV ainda se depara com obstáculos consideráveis no Brasil. O vírus da imunodeficiência humana, que compromete o organismo, tornando o indivíduo mais propenso a infecções e doenças, enfrenta barreiras em torno do diagnóstico precoce e da prevenção.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico HIV e Aids do Ministério da Saúde, entre 2007 e junho de 2023, o país notificou 489.594 casos de infecção por HIV, sendo 41,5% deles concentrados na região Sudeste.

Um dos principais desafios encontrados atualmente é a evolução silenciosa do vírus, que pode permanecer anos no organismo sem apresentar sintomas e, assim, dificultar o diagnóstico precoce.

Semana

"O ideal é que a detecção seja feita de maneira precoce, exatamente quando há essa ausência de sintomas. Começando o tratamento de forma rápida e correta, é possível evitar que o indivíduo tenha complicações de saúde relacionadas à progressão da doença e impedir que ele transmita o vírus para outras pessoas”, afirma o Dr. Paulo Antônio Friggi de Carvalho, infectologista do Hospital Estadual de Franco da Rocha, gerenciado pelo Cejam - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

O especialista explica que os primeiros sinais, quando surgem, aparecem entre a segunda e a oitava semana após a entrada do vírus no corpo. Esses sintomas incluem febre, cefaleia, alterações na pele e aumento dos gânglios linfáticos, que, muitas vezes, acabam sendo confundidos com uma virose. Já em estágios mais avançados, perda de peso, febre persistente, sudorese noturna, diarreia e candidíase oral podem se manifestar, levantando um alerta.

“Para evitar a propagação do HIV, é essencial adotar uma série de cuidados, entre eles o hábito de realizar a testagem regularmente. Esse exame deve ser incorporado à rotina de saúde de todas as pessoas sexualmente ativas. Indivíduos com múltiplas parcerias precisam realizar o teste ao menos uma vez ao ano ou sempre que vivenciem situações de risco”, destacou o médico.

SUS

Os testes rápidos disponíveis nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) apresentam a vantagem de fornecer resultados em até 30 minutos. Além de analisarem casos de HIV, eles também detectam sífilis e hepatites B e C. Todo o atendimento ao paciente abrange acolhimento, aconselhamento e orientação. E, em caso de diagnóstico positivo, o encaminhamento para tratamento, que inclui medicamentos antirretrovirais.

Hoje, o uso do preservativo continua sendo o método de barreira mais seguro para a prevenção do HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O SUS disponibiliza gratuitamente não apenas os testes e preservativos, mas também outros tratamentos preventivos, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP).

“A PrEP consiste no uso contínuo ou sob demanda de medicamentos, e é indicada para pessoas com manifestações frequentes de risco, funcionando como prevenção combinada a outros métodos. Já a PEP é um tratamento de 28 dias que visa prevenir a infecção pelo HIV após uma exposição de risco, podendo ser iniciada até 72 horas após a exposição”, relatou o infectologista.

Vírus

Essas duas estratégias de prevenção estão disponíveis na maioria dos centros de saúde públicos especializados em HIV do país. Além disso, a PEP é oferecida em serviços de urgência e emergência. A PrEP, por sua vez, pode ser acessada também nos serviços de atenção primária à saúde.

“Ao vivenciar qualquer situação de risco, é importante procurar um serviço de saúde mais próximo para realizar a testagem. Se existir tempo hábil, é possível recorrer à PEP. Nesse período, é fundamental evitar novas relações de risco”, apontou o médico.

É importante lembrar que a transmissão do vírus HIV não é restrita apenas à prática de relações sexuais desprotegidas. O contágio ocorre ainda pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados, como agulhas e alicates, e de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação, caso a mãe não esteja em tratamento.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Mortes por PMs aumentaram 84% no estado de São Paulo


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 Radiografia da Notícia

De janeiro a novembro foram registradas 577 vítimas fatais, diz MPSP

O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública

A ocorrência se deu por volta das 2h50, na escadaria de um hotel na Rua Cubatão, na Vila Mariana, Zona Sul da capital paulista

Agência Brasil 

O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% neste ano - de janeiro a novembro desse ano - em comparação ao mesmo período do ano passado, índice passou de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).

O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias Civil e Militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado atualmente. “Discursos de autoridades do estado que validam uma polícia mais letal, enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa, fuga da assunção de suas responsabilidades por parte órgãos que deveriam atuar firmemente no controle externo da atividade policial, descaracterização da política de câmeras corporais”, apontou Silva.

Morte de estudante

Nesta quarta-feira (20), o estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto com um tiro à queima-roupa disparado pelo policial Guilherme Augusto Macedo, durante abordagem policial. A ocorrência se deu por volta das 2h50, na escadaria de um hotel na Rua Cubatão, na Vila Mariana, Zona Sul da capital paulista.

O ouvidor avalia que este é mais um evento trágico no contexto desse novo momento da Segurança Pública no estado de São Paulo. Segundo ele, a PM paulista vinha, até 2022, construindo resultados que apontavam para uma profissionalização, mesmo que vagarosa.

“Reflexos que podíamos aferir nos números de mortes decorrentes de intervenção policial ano a ano menores, na adoção de tecnologias que garantiam segurança jurídica para atuação dos policiais, mas também protegiam a população, uma vez que com o uso das COP’s [câmeras operacionais portáteis] nossos policiais se enquadravam mais nos procedimentos operacionais padrão”, analisou.

Resultado final do Enem dos Concursos será divulgado em 11 de fevereiro

    EBC


Radiografia da Notícia

Acordo judicial incluiu 32,2 mil novos candidatos habilitados

O adiamento está previsto no novo cronograma anunciado pela pasta

De acordo com o MGI, a União firmou acordo judicial para garantir a continuidade do concurso

Agência Brasil

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou, nesta quinta-feira (21), que os resultados finais do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) devem ser divulgados em 11 de fevereiro de 2025.

O adiamento está previsto no novo cronograma anunciado pela pasta. Inicialmente, os resultados seriam divulgados nesta quinta-feira (21)

De acordo com o MGI, a União firmou acordo judicial para garantir a continuidade do concurso, a partir da reabilitação de 32.260 novos candidatos para a correção da prova discursiva. Todos os candidatos já habilitados permanecem no certame.

O acordo evitou a eliminação dos candidatos que deixaram de marcar o gabarito ou a frase no cartão de resposta. A regra está contida no item 9, letra "f", do caderno de provas, diante da possibilidade de se identificar o tipo de prova por outros critérios.

O tratado também garante a correção, em quantidade equivalente a dos candidatos de ampla concorrência, das provas discursivas e redações de candidatos concorrendo a vagas reservadas para negros que atingiram a nota mínima.

Devido ao acordo, houve a necessidade de se estabelecer um novo cronograma para cumprir todas as etapas previstas para o chamado Enem dos Concursos.

Outra situação incluída para garantir a correção de provas é a retificação dos editais dos blocos temáticos de número 4 (Trabalho e Saúde do Servidor) e de número 5 (Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos) para o cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS), que atuarão na gestão de políticas públicas.

O Ministério da Gestão esclarece que a maior parte dos 32,2 mil candidatos que ficaram habilitados para a correção da prova discursiva está relacionada ao número de provas discursivas corrigidas para candidatos de cotas raciais para pessoas negras.

Esta correção do edital incluiu a prova de títulos como etapa classificatória e garante a equivalência com os pesos previstos no edital do Bloco 2 (Tecnologia, Dados e Informação) para o mesmo cargo.

Com o acordo, foi necessário estabelecer um novo cronograma para cumprir todas as etapas previstas no chamado concurso.

Confira abaixo o novo cronograma do CNU:

  • 25/12/2024 – divulgação dos resultados das provas objetivas para os candidatos incluídos;
  • 4 e 5/12/2024 – envio de títulos;
  • de 6/12/2024 a 10/01/2025 – análise de títulos;
  • 9/12/2024 – divulgação das notas preliminares das provas discursivas e redações;
  • 9 e 10/12/2024 – interposição de pedidos de revisão das notas das provas discursiva e redações;
  • 20/12/2024 – divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações;
  • 23/12/2024 – convocação para o procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros;
  • 6 a 10/01/2025 – perícia médica (avaliação biopsicossocial) dos candidatos que se declararem com deficiência;
  • 11 e 12/01/2025 – procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros e indígenas;
  • 15/01/2025 – resultado preliminar da avaliação de títulos;
  • 15 e 16/01/2025 – prazo para entrar com recurso contra resultado preliminar da avaliação de títulos;
  • 17/01/2025 – divulgação dos resultados preliminares da avaliação da veracidade da autodeclaração de candidatos concorrentes às vagas para negros e indígenas e da avaliação biopsicossocial de quem se declarou com deficiência;
  • 17 e 18/01/2025 – prazo para interposição de recursos quanto aos resultados preliminares da avaliação da veracidade da autodeclaração prestada por candidatos concorrentes às vagas reservadas para negros e indígenas e da avaliação biopsicossocial dos candidatos que se declararem com deficiência;
  • 11/02/2025 – divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas da avaliação de títulos;
  • 11/02/2025 previsão de divulgação dos resultados finais.

O acordo judicial foi homologado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) entre membros da União, do Ministério Público Federal (MPF), da Advocacia-Geral da União (AGU), além da Fundação Cesgranrio, contratada como banca examinadora do certame.

O compromisso ocorre após candidatos terem movido ações judiciais questionando a não correção da prova de quem se autodeclarou negra e atingiu nota de corte; e, ainda, falta de prova de título pra cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS), no bloco temático 5, do CNU.

Violência: mulheres negras com pouca renda convivem com agressores

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Radiografia da Notícia

*Dados são da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher Negra

O número é quatro vezes superior à média de mulheres negras que declaram já terem sofrido algum tipo de agressão

O estudo considerou como negras as mulheres autodeclaradas pretas ou pardas

Agência Brasil

Cerca de 85% das mulheres negras que sofreram violência doméstica ou familiar e não possuem renda suficiente para se manter convivem com seus agressores dentro da própria casa. O número é quatro vezes superior à média de mulheres negras que declaram já terem sofrido algum tipo de agressão (21%), independentemente da renda.

Os dados são da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher Negra, feita pelo instituto DataSenado e Nexus, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência e Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher Negra.

O estudo considerou como negras as mulheres autodeclaradas pretas ou pardas. Foram ouvidas por telefone, entre agosto e setembro de 2023, 13.977 brasileiras negras com 16 anos ou mais.

Violência

Entre as mulheres negras que afirmaram não conseguir se sustentar, uma em cada três (32%) já sofreu algum tipo de agressão. Em 24% dos casos, o episódio aconteceu nos últimos 12 meses. Quando perguntadas sobre situações específicas de violência, o número sobe para 31% – revelando que algumas não consideraram, num primeiro momento, aquilo que viveram como abuso doméstico.

Filhos

Além da renda, a pesquisa demonstra que a presença de filhos abaixo dos 18 anos também faz com que as mulheres não consigam sair de um contexto abusivo – 80% das mulheres negras que declararam ter sofrido violência doméstica e têm filhos menores de idade continuam morando com o agressor.

Os dados mostram ainda que, entre as mulheres negras que afirmaram ter sofrido violência familiar, 27% disseram não ter renda nenhuma e 39% não têm renda suficiente para se manter e manter seus dependentes, somando 66% de mulheres vítimas de violência e sem condições financeiras de se sustentar.

Saúde

Nesse mesmo recorte de mulheres sem renda para se manter, os números indicam que somente 30% buscaram algum tipo de assistência em saúde após um episódio grave de violência. O percentual se mantém acima dos 60% em todos os níveis educacionais.

Medidas protetivas

O estudo revela ainda que apenas 27% das mulheres negras que não têm renda individual suficiente para seu sustento buscaram medidas protetivas. Assim como no atendimento médico, em todos os níveis educacionais, a maioria não buscou proteção – percentual variou entre 65% e 78%.

Justiça

Os números também mostram que mulheres com menor escolaridade tendem a procurar mais a Justiça para denunciar a violência do que as com maior escolaridade – 49% das mulheres negras não alfabetizadas e 44% das que possuem ensino fundamental incompleto foram até a delegacia. O percentual cai para 34% entre mulheres com ensino superior completo.

Brasil pede desculpas oficiais pela escravização das pessoas negras

    EBC


Radiografia da Notícia

* Mensagem também ressalta necessidade de combater discriminação racial

Para ela, o reconhecimento é resultado da luta e de ações efetivas de muitos atores do movimento negro

São desafios enormes e, por isso, é importante a gente pensar esse trabalho coletivo

Agência Brasil

O governo federal, em nome do Estado brasileiro, pediu publicamente desculpas à população negra pela escravização das pessoas negras e seus efeitos. A mensagem também ressalta a necessidade de combater a discriminação racial no país. 

“A União manifesta publicamente o pedido de desculpas pela escravização das pessoas negras, bem como de seus efeitos. Reconhece que é necessário envidar esforços para combater a discriminação racial e promover a emancipação das pessoas negras brasileiras. Por fim, compromete-se a potencializar o foco de criação de políticas públicas com essa finalidade”, diz o pedido de desculpas lido pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, em evento nesta quinta-feira (21), em Brasília.  

Durante o evento, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, lembrou a luta da população negra por liberdade, igualdade e conquista de direitos. Para ela, o reconhecimento é resultado da luta e de ações efetivas de muitos atores do movimento negro.

Negra

“Nessa caminhada de luta, que é abolicionista, que a gente lutou e continua lutando por liberdade, a gente vem construindo a cada dia passos muito importantes. Essa memória de mais de 300 anos de escravatura não acaba no 13 de maio, porque o 14 de maio começa com o total abandono da população negra no país”, lembrou.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, fez referência à memória de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. “Além do pedido de desculpas, no ano de 2024, nós tivemos a condenação dos assassinos de minha irmã. Não é normal a cada dia e em cada instante a gente ter que lidar com essas mazelas e essas dores. São desafios enormes e, por isso, é importante a gente pensar esse trabalho coletivo, um trabalho coletivo concreto”, finalizou.

Julgamento de Bolsonaro e demais indiciados pode ocorrer em 2025

   EBC


Radiografia da Notícia

Cabe à PGR decidir se apresenta denúncia ao Supremo pelas acusações

Esse o primeiro passo que o inquérito vai seguir após chegar ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) 

Na oitiva da PF, Mauro Cid negou ter conhecimento sobre o plano golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Agência Brasil

O inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 acusados por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) nos próximos dias.

Esse o primeiro passo que o inquérito vai seguir após chegar ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator da investigação.

Caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, no prazo de 15 dias, decidir se Bolsonaro e os demais indiciados serão denunciados ao Supremo pelas acusações. As defesas dos investigados também deverão se manifestar.

Devido ao recesso de fim de ano na Corte, que começa no dia 19 de dezembro e termina em 1° de fevereiro de 2025, a expectativa é a de que o julgamento da eventual denúncia da procuradoria ocorra somente no ano que vem.

Novas acusações

Mais cedo, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestou depoimento ao Supremo sobre omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal (PF) na oitiva realizada na terça-feira (19).

Após o depoimento, Alexandre de Moraes decidiu manter o acordo e os benefícios de delação premiada de Cid. O ministro entendeu que Mauro Cid esclareceu as omissões e contradições apontadas pela PF.

O novo depoimento foi enviado pelo ministro de volta à PF para complementação das investigações.

Ordens

Na oitiva da PF, Mauro Cid negou ter conhecimento sobre o plano golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e Moraes.

Contudo, de acordo com as investigações da Operação Contragolpe, uma das reuniões da trama golpista foi realizada na casa do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, e teve a participação do ex-ajudante de ordens.

No ano passado, Cid assinou acordo de delação premiada com a PF e se comprometeu a revelar os fatos de que teve conhecimento durante o governo de Bolsonaro, como o caso das vendas de joias sauditas e da fraude nos cartões de vacina do ex-presidente. 
 

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Partidos de esquerda precisam reciclar

 


A editora Abril é outro exemplo de derrocada após dominar o mercado de publicação de revistas por mais de 50 anos e faliu

 

Luís Alberto Alves

 A derrota dos partidos de esquerda nesta eleição precisa servir para reciclagem de propostas. Nos erros existem mecanismos para conquistar a próxima vitória. É preciso humildade e fazer autocrítica. Lamentar não resolverá o problema. É hora de levantar a cabeça e começar a pensar em 2026.

O maior erro que um partido político comete, após chegar ao poder, é se acomodar. Esquecer as suas origens, as batalhas e os aprendizados que o levaram até o patamar atual. Grandes impérios caíram por causa da preguiça que se instalou depois de diversas conquistas.

Foi assim com Alexandre, o grande; com os romanos, os persas, os gregos. Foi assim, na área empresarial, com o poderoso Diários Associados, responsável pela criação da primeira emissora de televisão no Brasil, em 1950, e proprietário de imensa rede de jornais, revistas e numerosa emissoras de rádio.

 

Elite

 

A editora Abril é outro exemplo de derrocada após dominar o mercado de publicação de revistas por mais de 50 anos e faliu. Quando chegou ao auge, se acomodou. Ignorou a chegada de novas tecnologias no segmento de comunicação em massa.

O PT, fundado no início da década de 1980, demorou 23 anos para conquistar a presidência da República. Ralou muito. Foi alvo de chacota, de perseguição da grande mídia, alimentada pelo dinheiro da nossa elite, a mais atrasada do planeta. Permaneceu no comando do Brasil, 16 anos. Primeiro com Lula, reeleito e depois com Dilma Rousseff, sacada da presidência num golpe de estado com aval do Congresso Nacional.

Mas enquanto esteve no comando, de 2003a 2016, primeiro com Lula e depois com Dilma, o PT abaixou a guarda, mesmo quando teve maioria no Congresso Nacional. Em vez de passar o rolo compressor e aprovar e colocar em prática os seus projetos, ficou como jogador de futebol que dribla muito na área em vez de chutar a bola e marcar o gol. Agora colhe os frutos amargos dessa infantilidade.

 

Tiro

 

Em política não existe amadores, nem muito menos compaixão. É a regra dura da sobrevivência. O grande capital, que financia os seus parlamentares, vai jogar pesado para que nenhum projeto que coloque em risco a sua sobrevivência seja aprovado. Resultado disso é a reforma trabalhista de 2017, que foi um tiro de canhão contra as conquistas dos trabalhadores. Sempre será assim, no Brasil e em qualquer lugar deste mundo.

A população pobre se preocupa com três itens para continuar sobrevivendo: segurança, educação e saúde. O que sair disto é chover no molhado. Na periferia, onde mora o grosso do eleitorado, qualquer pessoa precisa sentir segurança, que não será alvo de assalto, de homicídio quando sair para trabalhar. Deseja que a sua família esteja segura. O mesmo se aplica à classe média, porque os milionários têm respaldo dos seus leões de chácaras e carros blindados.

A educação de qualidade para que os filhos deste trabalhador possam ter condições de prestar vestibular e conseguir aprovação. Educação significa boa escolas públicas, com professores ganhando salários dignos e condições ideais para o exercício de sua profissão. Essa educação precisa ser ótima desde a Ensino Infantil ao Ensino Superior. É algo que exige alto investimento dos governantes.

 

Rede

 

Saúde é algo que jamais poderá ficar de fora. Ninguém consegue trabalhar doente. Nenhuma empresa contrata funcionário que esteja com a saúde debilitada. Não é novidade que a saúde pública está sucateada. O SUS se encontra na UTI e parte do Congresso Nacional, sob bençãos do lobby da rede privada, tenta a todo custo destruí-lo. Por outro lado, um país que tenha mão de obra doente nunca será uma nação evoluída.

Mas infelizmente, os partidos de esquerda, incluindo o próprio PT, caíram na armadilha de viajar na “maionese” discutindo projetos de lei de interesse de minorias, como se os objetivos da minoria devessem passar por cima da maioria. Esqueceu a regra básica da votação de assembleia de trabalhadores, onde prevalece o que a maioria aprovou, após ampla discussão. Todas as propostas devem ser discutidas, mas sem esquecer do macro.

Trabalhador, o grosso do eleitorado, não está interessado em conversa de “bicho grilo”. Ele não quer saber se é errado chamar alguém de homem ou mulher, descasado ou solteiro, favela ou comunidade, desempregado ou sem recurso financeiro. Para ele vai interessar sempre ter dinheiro para não passar fome, saúde e boa escola para os seus filhos. O que passar disso é papo de intelectual, que encontra solução para tudo enquanto está bebendo na mesa do boteco.

 

Cabeça

 

A direita não é burra como insinua muitas pessoas. Ela não se divide, como ocorre com a esquerda. Tem foco e luta para concretizar os seus objetivos. Percebeu o vácuo deixado pelos partidos de esquerda na periferia e foi para lá vender o seu peixe embolorado com imagem de bom. Colocou na cabeça dos jovens que ele poderia ser empreendedor trabalhando mais de 12 horas por dia entregando comida ou mercadoria comprada pela internet, ganhando migalhas.

Igual água que tanto bate em pedra dura até que fura, esse discurso encontrou eco. Hoje, o Brasil tem mais de 1 milhão de trabalhadores informais que se encaixam neste perfil, desde ciclistas entregadores a motoristas que pegam as suas corridas em aplicativos. Qual proposta a esquerda vendeu para esse exército de trabalhadores?

Hoje o foco mudou. Tudo gira em torno do digital. É nesta praia que a esquerda precisa fazer as suas discussões. Ícones da década de 60, 70 e 80 não são os mesmos dessa nova classe de trabalhadores. Eles não gastam o seu suado dinheiro comprando CDs, mas baixam as suas canções preferidas na internet. Os seus artistas são outros. São jovens que resolveram descrever a dura realidade de onde vivem, com o seu próprio linguajar, às vezes bruto.

 

Empresa

 

Para nós que passamos dos 60 anos, como é o meu caso, é preciso abrir a visão e constatar que a realidade atual é diferente dos anos de chumbo do regime militar. O discurso é outro. O trabalhador de hoje é imediatista. Não lê jornal de sindicato, mas se informa pelas redes sociais sobre o que acontece no local onde trabalha, quando tem a sorte de ser contratado por uma empresa. É rápido. Deseja que os seus questionamentos sejam contemplados de forma imediata. Não vai perder tempo com longas teses, como era rotina no sindicalismo das décadas de 60 até 90.

Hoje a informação circula rapidamente. É algo instantâneo. É preciso que a esquerda brasileira coloque os seus pés no chão e perceba que o tempo mudou. Invista em lideranças sintonizadas com o momento atual. Deve arquivar os discursos que estiveram na moda no século passado. Estamos em novos tempos. A roda girou. É preciso abrir os ouvidos e saber o que o trabalhador de hoje quer falar. Não querer ser o dono da verdade. É preciso reciclar. Até o sindicalismo precisa adotar outra postura. Não perder tempo com discussão inútil.

Hoje, caso Lula morra, quem a esquerda tem para colocar no seu lugar? Nos diversos partidos de esquerda existentes no Brasil, quais são as lideranças que realmente têm condições de discutir em pé de igualdade com os líderes que a direita tem colocado na arena? Na área da comunicação de massa, qual investimento a esquerda faz para se aproximar da periferia? O próprio Mano Brown já está próximo de ser idoso. Atualmente tem 54 anos. Quem o substituirá?

 

Momento

 

O tempo não espera ninguém. Nem muito menos tem compaixão. Igual veloz carro de corrida, continua seguindo adiante na sua trajetória. O momento é de sentar e criar estratégias de como virar esse jogo. É momento de calçar as sandálias da humildade, deixar de lado o complexo de ser o dono da verdade (ninguém é, porque cada um nós temos as nossas verdades) e sair da zona de conforto. Ir até a periferia e entender os anseios da população.

Conversar com os jovens e ouvir as suas propostas. As suas ideias, os projetos que têm para o futuro que se aproxima todo o dia, porque o dia de ontem já é passado. Ir aos bailes que eles fazem nas ruas, bater papo com as lideranças musicais que fazem sucesso entre essa parcela da juventude. Se aproximar das mulheres que ganham o pão de cada dia vendendo salgadinhos na porta de casa, na porta do metrô, do ponto de ônibus, no rapaz que rala entregando pizzas durante a noite e mercadorias compradas pela internet durante o dia.

Arquivar os discursos de luta de classe, que fizeram a cabeça de muita gente no século passado, mas hoje não encontram mais eco entre a geração que nasceu depois de 1995. Para esse novo eleitor, o importante é o dia de hoje e o de amanhã. Ele está cansado de ouvir falar do passado. A esquerda precisa deixar de lado a mania de querer ser a dona da verdade. Se este leque não se abrir, vai chegar o dia que nem eleição de síndico a esquerda vai vencer.

 Luís Alberto Alves, jornalista, autor dos livros “O flagelo do Desemprego” e “Por que o meio ambiente é tão importante ao trabalhador. Foi assessor sindical durante 15 anos e trabalhou nos principais jornais de São Paulo.

 

 

 

 

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Sinais de fadiga ocular e dicas para amenizar o desconforto


Pixabay


 Radiografia da Notícia

* As denominadas microflutuações de acomodação visual, que são realizadas por meio das contrações de um músculo dentro do olho

O que está diretamente ligado ao aumento de casos de fadiga ocular, que afeta geralmente pessoas com excesso de esforço visual

Não existe outra maneira de descansar a vista a não ser descansando também o corpo

Redação/Hourpress

Nos dias de hoje parece que todo mundo está sempre olhando para uma tela de computador, telefone ou outro dispositivo digital. O que está diretamente ligado ao aumento de casos de fadiga ocular, que afeta geralmente pessoas com excesso de esforço visual para perto, principalmente usando telas com luz artificial (celulares, computador, tablets...) - ou seja, quase todo mundo, não é?

 

Dr. Hallim Feres Neto oftalmologista membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da Prisma Visão, explica que quando os olhos se concentram num ponto por muito tempo, são realizados ajustes imperceptíveis e incontroláveis para obter foco, as denominadas microflutuações de acomodação visual, que são realizadas por meio das contrações de um músculo dentro do olho.

 

“Ao realizar esse esforço contínuo, acontece o estresse das funções oculares e o cansaço. Como resultado, o olho perde a capacidade de promover o foco exato, ocasionando assim os sintomas de fadiga ocular: desconforto, olhos secos, dores de cabeça, visão turva, dor no pescoço e no ombro, espasmos oculares e olhos vermelhos. A fadiga ocular pode piorar com a idade, pois a nossa capacidade de focar para perto piora perto dos 40 anos.” Completa o médico.


Algumas dicas e atitudes simples podem prevenir e amenizar os sintomas comuns da fadiga ocular.

 

1-Alterne a visão de perto com a de longe com a regra 20-20-20 (a cada 20 minutos pare por 20 segundos e olhe para um objeto a 20 pés ou 6 m de distância);

2-Mantenha o ambiente com a iluminação equilibrada;

3-Use colírios lubrificantes;

4- Evite a incidência direta do ar de ventiladores ou aparelhos de ar-condicionado no rosto;

5-Faça exames oftalmológicos periodicamente

6-Não existe outra maneira de descansar a vista a não ser descansando também o corpo. Se o corpo está cansado por atividade excessiva, falta de sono ou estresse físico ou mental, nenhuma dessas medidas serão úteis.

 

O oftalmologista reforça que por ser um problema cada vez mais usual, deve-se avaliar se há necessidade de usar óculos, ou realizar algum tratamento. Consultar um especialista é muito importante em casos de desconforto significativo (conjuntivite, dor de cabeça, mas também fadiga geral).