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Claudia Raia vai precisar usar o personagem de feiticeira, na novela global Alto Astral, para se explicar na Receita Federal |
Luís
Alberto Alves
“Quem
tem rabo de palha não pula fogueira”, diz o ditado popular. Traduzindo: se
você é culpado de algo, não faça papel de acusador. Alguns artistas, ferozes
críticos do PT e do governo Dilma Rousseff, foram pegos com a boca na botija
quando o assunto é manter contas bancárias na Suíça.
Não invenção de blogueiros petistas (eu não me
enquadro neste quesito, pois minha metralhadora de palavras é apontada para
todos os lados, o meu compromisso é com minha consciência e Deus). Ali estão os
nomes de Claudia Raia (grande fã de Collor de Mello nas eleições para
presidente em 1989), o ex-marido Edson Celulari, Maitê Proença, Marília Pêra,
Jô Soares entre outros.
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A "certinha" Maitê Proença também fez depósito na Suíça |
E agora como fica? Qual a moral para continuar
os ferozes ataques de quem perdeu a moral para criticar? Não sou defensor do
governo Dilma. Aliás, sua gestão acumula toneladas de erros, por causa do forte
temperamento da nossa presidente, que se julga acima do bem e do mal.
A lista traz nomes de empresários de
comunicação, donos de concessão de emissoras de televisão, caso da família
Saad, da Rede Bandeirantes, mais conhecida como Band TV, Octávio Frias de
Oliveira e Carlos Caldeira, ambos proprietários do Grupo Folha de S.Paulo e até
do apresentador Carlos Massa, o Ratinho, do SBT, e algoz do PT.
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A atriz Marília Pêra é grande crítica da corrupção no governo Dilma, mas depositou dinheiro na Suíça |
Calculo que mais nomes surgirão, quando a CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) do HSBC na Suíça abrir toda a caixa preta e
revelar quais brasileiros depositaram dinheiro naquele paraíso fiscal, sem
deixar o Leão da Receita Federal dar sua mordida legal.
Infelizmente a elite do nosso País adora
vomitar regras, mas vivem imoralidades em todos os sentidos. Os que mais
criticam os abusos sexuais nos atuais relacionamentos são os mais pervertidos.
Sem citar nomes, conheço casos de “senhoras”, esposas de magnatas, que adoram fazer
sexo com mecânicos sujos de graxas ou mesmo com o jardineiro, após ficar de
uniforme molhado de suor.
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Até o humorista e apresentador Jô Soares foi pego com dinheiro depositado no paraíso fiscal da Suíça |
No quesito respeito financeiro, a grande
maioria dos milionários nacionais tira nota zero em honestidade. Exigem a volta
de regime totalitário, pois as informações não chegam ao grande público, visto
que subornam jornais e telejornais, por meio de grandes verbas publicitárias, para
esconderem a sujeira onde estão acostumados a rolar.
A tática da extrema-direita é sentar em cima
do próprio rabo, após defecar. Julgam-se os paladinos da Justiça. Igualzinho o
filho do ministro da Justiça, na ditadura Médici, em 1973, Alfredo Buzaid,
acusado de estuprar a garotinha Ana Lydia em Brasília, na companhia de outros
filhinhos de papai.
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O língua nervosa Ratinho é outro expert em descer a lenha na presidente Dilma Rousseff |
Ou que dizer da jovem Claudia Lessin
Rodrigues, estuprada numa festinha de bacana no Rio de Janeiro, na segunda
metade da década de 1970, onde um dos assassinos, Michel Frank, tinha papai burguês
bem relacionado na alta sociedade carioca, ajudando-o fugir das garras da
Justiça.
É essa escória sem qualquer escrúpulo que
resolveu ir às ruas, semeando o ódio contra uma presidente eleita
democraticamente, para tirá-la do poder a qualquer custo. São pessoas que não
gostam de ver pobres fazendo compras em supermercados, viajando de avião,
consumindo calçados, roupas, produtos eletrônicos e ganhando salários decentes.
É a ala da sociedade brasileira acostumada a
abocanhar todo o bolo, deixando para o restante da população as migalhas. Nunca
se preocuparam em dividir. Apenas em tirar. Explorar o trabalhador com jornadas
semelhantes à escravidão. Além, claro, de serem avessos a qualquer vento
soprado pela democracia. Quando ganham, mesmo sob fraude, é correto; mas se
perderem dentro das regras eleitorais, não concordam. E tentam virar a mesa de
qualquer jeito.
Em 1964, o presidente João Goulart (PTB) não
tentou reagir para evitar grave conflito, deixando meia dúzia de militares
sanguinários assumirem o poder. Atualmente isso não acontece. Primeiro porque
as Forças Armadas reconhecem o erro e o fardo pesado que tiveram de carregar
por aquela terrível “quartelada”.
Sabem que foi o governo Dilma que se preocupou
em reaparelhar, principalmente a Força Aérea Brasileira, com aviões novos, e
investir na Marinha na construção de submarinos mais potentes. Algo esquecido
pelos presidentes da era FHC para baixo. Quem tem dívida na Justiça, é melhor
ficar calado. Evita possíveis acertos junto ao Judiciário.